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O Conhecimento Da Vida Cotidiana

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Por:   •  23/3/2015  •  2.314 Palavras (10 Páginas)  •  1.556 Visualizações

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Seção 1: O conhecimento da vida cotidiana: Base necessária à pratica social.

Vida cotidiana: o centro de atenção de hoje.

1 – Em Marx, a busca do conhecimento sobre a vida cotidiana aparece como preocupação filosófica. Apresente as razões que justificam a necessidade de compreender a vida cotidiana, sobretudo para os assistentes sociais.

A vida cotidiana é também vista como um espaço onde o acaso, o inesperado, o prazer profundo de repente descoberto num dia qualquer, eleva os homens dessa cotidianidade, retornando a ela de forma modificada.

Todos os estudos sobre a vida cotidiana indicam a complexidade, contraditoriedade e ambiguidade de seu conteúdo. A vida de todos os dias não pode ser recusada ou negada como fonte de conhecimento e prática social. É nesta relação – prática social e vida cotidiana – que está a origem motivacional de nosso estudo. Nossa prática social, como assistentes sociais, se faz com a vida de todos os dias dos grupos sociais oprimidos.

Esta reflexão contém uma síntese dos elementos que comportam esta totalidade chamada vida cotidiana em relação à totalidade mais ampla: o mundo moderno capitalista.

2 – A vida cotidiana é o centro de atenção do estado moderno e da produção capitalista. Por quais mecanismos o Estado gere a vida cotidiana?

Conforme Henri Lefebvre, o Estado moderno gere o cotidiano seja direto ou indiretamente. Para ele as relações sociais de dominação e a reprodução destas relações conquistaram a prioridade sobre as relações de produção que elas implicam e, à sua maneira, as contém.

É assim que o Estado moderno assume o papel de gestor da sociedade. Esta gestão repousa sobre o cotidiano tem por base a cotidianidade. Para a produção capitalista o cotidiano é um centro de atenção. Vista sob um certo ângulo, a vida cotidiana é em si o espaço modelado (pelo Estado e pela produção capitalista) para erigir o homem em robô. É assim que a vida cotidiana é para o Estado e para as forças capitalistas, fonte de exploração e espaço a ser controlado, organizado e programado. A partir dos estudos de Lefebvre é possível inferir que, para apreender a vida cotidiana, três perspectivas convergente devem ser consideradas: a busca do real e da realidade, a totalidade e as possibilidades da vida cotidiana enquanto motora de transformações globais. Um dos focos estratégicos da “práxis revolucionária” terá que ser o cotidiano vivido pelas classes e grupos sociais oprimidos.

Seção 2: O que é vida cotidiana?

3 – Caracterize com detalhes o que é vida cotidiana?

Mesmo os sonhos e desejos construído dia a dia, no silêncio e no devaneio, não representa um ato de consciência. O jogo dos sonhos e atividades rotineiras produz insatisfações, angústia, opressão, mais também segurança. Raras são as pessoas que não se deixam intoxicar por esse cotidiano. Raras são as pessoas que rompem ou o suspendem, concentrando todas as suas forças em atividades que as elevem deste mesmo cotidiano e lhes permitam a sensação e a consciência do ser homem total.

O cotidiano é a vida de todos os dias e de todos os homens em qualquer época história que possamos analisar. Em cada época histórica os ritmos e as regularidades da vida cotidiana se distinguem, se tornam diferenciáveis.

4 – Descreva as características da vida cotidiana?

Ainda que todos os homens vivam na vida cotidiana e sejam absorvidos por ela (não é possível desligar-se dela totalmente), ela é a vida do homem por inteiro. Ou seja, os homens colocam em movimento, nela, todas as suas habilidades, capacidades, sentimentos, projetos, paixões, sem que, no entanto, eles vivam e absorvam inteiramente todos esses aspectos. “Por isso, não pode aguçá-los em toda sua intensidade”.

A vida cotidiana não está fora da história, mas no centro dos acontecimentos históricos.

A vida cotidiana é heterogênea. Ela solicita todas as nossas forças e capacidades (do “homem por inteiro” – conforme tratado por Lukács) em diversas direções, mas sem exigir com maior intensidade e com especial destaque qualquer uma dessas forças e habilidades.

A vida cotidiana é a vida do indivíduo que é, ao mesmo tempo, particular e genérico (são seres irrepetíveis que vivem em unicidade – e esse é um fato ontológico central). Isso significa que o irrepetível se converte, cada vez mais, num complexo a partir da sociabilidade dada, mas não perde, jamais, seu momento único.

5 – “O homem é, ai mesmo tempo, singular e genérico.” A questão é afirmar a passagem do homem inteiro para o inteiramente homem. Segundo Agnes Heller, há quatro formas de suspensão da vida cotidiana, de passagem do meramente singular ao humano genérico. Quais são elas e a importância dessa suspensão mesmo temporária?

“Há quatro formas de suspensão da vida cotidiana, de passagem do meramente singular ao humano genérico. São eles o trabalho, a arte, a ciência e a moral”.

Concluímos que a transformação social e a busca do conhecimento se tornam possíveis dentro da visão holística ou interdisciplinar, nas quais a abrangência de significados faz com que o homem possa sair do lugar-comum, da alienação em direção ao posiciona- mento crítico, consciente, participativo, democrático, justo, educativo. Também revela que cabe a psicologia e a arte interpretar essas atividades, subsidiando ao sujeito, escolhas e responsabilidades tanto subjetivas quanto sociais.

6 – “A vida cotidiana se insere na história, se modifica e modifica as relações sociais.” Apresente argumentos dessa afirmação.

A vida cotidiana não está fora da história, mas no centro dos acontecimentos históricos. Os acontecimentos partem e regressam à vida cotidiana Portanto, a vida cotidiana se inscreve em uma história e se desenvolve em uma dada historicidade, sob dadas condições.

O ser social supõe o indivíduo construído a partir de um legado histórico e que vive sob dada sociabilidade. A particularidade está na forma peculiar-específica que o indivíduo processa a sociabilidade, convive e responde frente a ela (consciente ou inconscientemente).

Seção 4: O cotidiano e a prática dos Assistentes Sociais.

7 – Por quais razões justificam a relação vida cotidiana e trabalho dos assistentes sociais?

As atividades fundamentais que marcam a (re) produção da vida cotidiana dos

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