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O Contexto Empresarial

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Por:   •  7/11/2013  •  4.624 Palavras (19 Páginas)  •  142 Visualizações

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 13

2 DESENVOLVIMENTO 14

3 CONCLUSÃO 28

REFERÊNCIAS 29

1 INTRODUÇÃO

Administrar empresas abrange a coordenação de pessoas e outros recursos para se obterem os fins (objetivos) desejados pelo gestor. Por trabalhar com o humano, a gestão é, em sua essência, culturalmente específica. Dessa forma, a administração como atividade sócio-técnica depende da compreensão dos diversos aspectos que se referem ao lado social, educacional, político e cultural. A dependência cultural da administração é reafirmada à medida que essa procura preservar a colaboração total dos membros da empresa, que se faz mediante a influência sobre outras pessoas, pelo manuseio de símbolos que motivam a execução das ações desejadas pelo gestor.

Hofstede (1983), ao estudar a influência dos aspectos étnico-culturais na administração de empresas, evidencia o fato de que a gestão deve se adaptar aos valores culturais de uma nação e mostra a importância crucial da cultura no processo de gestão a partir de quatro dimensões: individualismo versus coletivismo, distância de poder, fuga à incerteza e masculinidade versus feminilidade. Bethlem (1999, p.52) vai além da questão étnica, pois também alerta para a importância dos aspectos geográficos, econômicos, políticos e históricos como condicionados e condicionantes das diferentes culturas dos países.

Dada a importância da cultura para a gestão, é necessário fazer uma análise conjuntural prévia do sistema cultural brasileiro antes que se transfiram para o Brasil os conhecimentos sobre administração provindos do exterior e originados em ambientes culturais distintos. A construção de conhecimento da realidade brasileira não é uma tarefa simples. Bethlem (1999, p.88) supõe que sejam necessários anos de observações no ambiente de negócios brasileiro para que seja formulado um conhecimento da administração adequado à realidade nacional.

2 DESENVOLVIMENTO

Mesmo as sociedades humanas mais primitivas, extinguiram certas formas de administração em face da necessidade de se resolver problemas de interesse comum. A partir da família, da tribo, da igreja, do exército ou do Estado, e acompanhando o desenvolvimento da complexidade da sociedade humana através dos tempos, foram surgindo propostas de administração.

Na Grécia encontramos a influência dos filósofos como Sócrates (470 a.C – 399 a.C), Platão (429 a.C – 347 a.C) e Aristóteles (384 a.C – 322 a.C). Sócrates expõe seu ponto de vista sobre a administração como sendo uma habilidade pessoal separada do conhecimento técnico e da experiência. Platão, discípulo de Sócrates, no entanto, preocupou-se profundamente com os problemas políticos e sociais inerentes ao desenvolvimento social e cultural do povo grego. Em sua obra “A república”, por exemplo, expõe o seu ponto de vista sobre a forma democrática de governo e administração dos negócios públicos e enuncia o princípio da divisão do trabalho, pela primeira vez.

E, por fim, Aristóteles, discípulo de Platão do qual bastante divergiu, foi o criador da lógica. No seu livro “Política” estuda a organização do Estado e distingue três formas de administração pública, a saber: monarquia ou governo de um só, aristocracia ou governo de uma elite, democracia ou governo do povo.

Chiavenato (1983, p. 18) “faz referências às magníficas construções realizadas na Antiguidade no Egito, na Mesopotânia, na Assíria que a indicaram trabalhos de dirigentes capazes de planejar e orientar a execução de obras que ainda podemos observar”. Também através de papiros egípcios foi possível verificar a importância da organização e administração da burocracia pública no Antigo Egito.

A influência da Igreja Católica Romana estabelece diretrizes para a sua atuação doutrinária e os princípios da hierarquia. A igreja tem uma organização hierárquica tão simples e eficiente que pode operar satisfatoriamente sob o comando de uma só cabeça executiva. O conceito de hierarquia vigente na igreja baseia-se em dois princípios fundamentais: serviço hierárquico obrigatório e independência da ordem hierárquica. Encontramos também a influência das Organizações Militares onde podemos constatar que a escala hierárquica é tipicamente um aspecto da organização militar, bem como, o princípio da unidade de comando. Outro indicador da contribuição militar é a centralização de comando e a descentralização da execução, ou seja, planejamento e controle centralizados e execução das operações descentralizadas. Os princípios adotados na guerra foram inspiradores de muitos teóricos da administração.

Orientando pela evolução da história antiga, pode-se situar acontecimentos que permitiram a evolução das antigas civilizações com base em princípios administrativos que são até hoje defendidos e utilizados por grandes teóricos da administração.

Porém foi a partir de 1776, com a invenção da máquina a vapor por James Watt (1736-1819) e a sua conseqüente aplicação à produção, surgiu uma nova concepção de trabalho, que veio modificar completamente a estrutura social e comercial da época, provocando profundas e rápidas mudanças de ordem econômica, política e social que, em um período de aproximadamente um século, foram maiores do que todas as mudanças ocorridas no milênio anterior. É o período chamado Revolução Industrial, que se iniciou na Inglaterra e rapidamente se alastrou por todo o mundo civilizado da época. A Revolução Industrial provocou a substituição do precário artesanato das oficinas pela industrialização, preparando o caminho para o aparecimento das modernas empresas e dos desafios de sua administração (CHIVENATO, 2000, p. 4).

Cumpre ressaltar que, a Revolução Industrial pode ser dividida em duas épocas bem distintas. A primeira Revolução Industrial começa com a introdução da máquina de fiar, do tear hidráulico e posteriormente do tear mecânico, do descaroçador de algodão, provocando a mecanização das oficinas e da agricultura. O trabalho do homem, do animal e da roda d’água é substituído pelo trabalho da máquina, surgindo o sistema fabril onde o antigo artesão transforma-se no operário e a pequena oficina patronal cede lugar à fábrica e à usina.

As novas oportunidades de trabalho provocam migrações e conseqüente urbanização ao redor dos centros industriais. Há uma renovação nos meios de transporte e comunicações surgindo

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