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O Deslocamento do centro dinâmico da economia brasileira, no século XX

Por:   •  14/11/2017  •  Projeto de pesquisa  •  1.254 Palavras (6 Páginas)  •  3.625 Visualizações

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  1. Explique a partir de furtado, o deslocamento do centro dinâmico da economia brasileira, no século XX.

A crise de 1929 que se abateu sobre os Estados Unidos e repercutiu rapidamente na Europa, chegou ao Brasil por meio de uma rápida queda na demanda por café, principal produto exportado e responsável pela maior parte do PIB brasileiro, o que fez acontecer uma grande queda em seus preços e uma reversão no fluxo de capitais. Isso ocasionou uma grave crise na balança de pagamentos brasileira, dado que as exportações caíram e a balança de capital passou a ser negativa.

A forma como o Brasil fez frente a essa crise, furtado chamou de deslocamento do centro dinâmico da economia brasileira, esse período onde a economia brasileira através de medidas internas leva o mercado que era voltado para a demanda externa, típico de país agroexportador, para a demanda interna. Como isso se deu precisamente pelo estimulo interno e especialmente o investimento doméstico, o governo tomou dois tipos de medidas, políticas de manutenção da renda e o deslocamento da demanda. Política de manutenção do nível de renda: com o intuito de evitar a queda mais acentuada na demanda interna e níveis de renda, foi realizado basicamente medidas de defesa do café, com o intuito de defender sua produção o governo passou a comprar o excedente de produto, assim como foi praticado no acordo de Taubaté. Porém, essa foi feita agora como financiamento de credito interno e não mais com financiamento externo. Agora o preço pago pelo café era o preço mínimo para os cafeicultores, esse preço ainda viabilizava a colheita, portanto, o emprego e a renda de muitas pessoas foram assegurados, mantendo também a manutenção do nível de demanda agregada.

Ao se manter a demanda interna ocorreu o problema da balança de pagamentos, que ao mesmo tempo que se financiava a compra do café internamente houve a fuga de capitais e aqueda nas divisas com a redução das exportações, levando a desvalorização da moeda e a impossibilidade de se manter os níveis de importação visto que esses produtos ficaram mais caros, aí que entra a inflação com o produção interna, não suprindo a demanda a desvalorização do café e o investimento se voltando para a produção industrial, uma vez que era mais lucrativo investir no mercado interno do que na agro exportação.

Em resumo, a desvalorização de cambio provocou forte elevação nos preços dos produtos importados. Essa elevação junto com a própria dificuldade em se importarem produtos pelo contingenciamento, tornou os produtos nacionais atraentes. Os produtos nacionais passaram então a substituir os produtos importados no atendimento à demanda, sendo assim esta tal demanda que foi minimamente mantida pela política do estoque e queima e café, acabou por ser deslocada dos produtos importados para os produtos nacionais, entre os quais muitos produtos industriais. A produção nacional passou, assim com a proteção recebida frente aos concorrentes externos e com as vendas propiciadas pela manutenção da demanda, a gerar uma rentabilidade que, dada a queda de rentabilidade do setor cafeeiro, atraia o capital de outros setores e o próprio reinvestimentos dos lucros gerados na atividade industrial esses investimentos passaram comandar o ritmo do crescimento da economia brasileira, se caracterizando o deslocamento o centro dinâmico da economia.

2) Apresente o Plano de Metas, seus resultados e suas consequências.

Em 1956, com a posse de Juscelino Kubitschek, o Brasil entra na chamada fase desenvolvimentista. Empossado no dia 31 de janeiro de 1956, Juscelino quase que de imediato, apresentou a nação o seu Plano de Metas, elaborado com base em estudos e diagnósticos realizados por diversas comissões e missões econômicas, que tinha como objetivo "crescer cinquenta anos em cinco”, composto por 31 setores que seriam o foco do investimento e teriam metas a serem alcançadas durante sua gestão. Não parecia ser fácil alcançar o esperado. Em 1956, após dois governos de Getúlio Vargas, dos quais, mais de 11 anos como ditador, e uma frustrada administração de Eurico Gaspar Dutra, a situação não era das melhores. Empobrecido, e dependente da economia agrária, era hora de modernizar o país e investir no desenvolvimento, gerando crescimento e empregos. A finalidade do plano era consolidar o que começou com Getúlio, o chamado processo de substituição das importações. Assim, a primeira fase foi criar infraestrutura para que o país pudesse produzir dentro de seu território os produtos de que precisava. Os estudos da Comissão Mista, assim como os do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE) e os da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (CEPAL), indicavam a necessidade de eliminar os "pontos de estrangulamento" da economia brasileira. Tratava-se de setores críticos que não permitiam um adequado funcionamento da economia.

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