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O Embate entre questões libertárias e sócio democratas

Por:   •  14/5/2018  •  Resenha  •  790 Palavras (4 Páginas)  •  76 Visualizações

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Disciplina: Sociologia          

                         O embate entre questões libertárias e sócio democratas.

O pilar central do  ''libertarismo''  é a auto possessão e, é  neste que se encontram seus pontos favoráveis e desfavoráveis para a perpetuação - ou não - de sua teoria. Há aqueles que refutam o domínio irrestrito de si, pois alegam o quão mesquinha é a atitude de alguém que vive em sociedade não contribuir com a mesma. Já os proativos a ideia a defendem com veemência, partindo da premissa do direito de serem donos dos frutos de seu ''talento individual''.

O embate entre ambas teorias decorrem do viver em sociedade e da liberdade individual de cada um, ou seja, deve-se ou não contribuir com o meio social obrigatoriamente? Deve-se ou não pagar impostos, nos quais o governo retira deliberadamente parte daquilo que minhas habilidades exerceram durante um período? A resposta de um libertário é levada ao não certo, pois vai contra a liberdade de exercer domínio sobre as próprias finanças e ao direito de usufruir inteiramente do que se produz. Não há sentido na intervenção do Estado nos bens  e até nos próprios desejos.

Desta maneira o libertário é máxima representação da vontade própria e suas ponderações abarcam os mais diversos âmbitos, que vão além da liberdade econômica de cada um. Tais determinações são exemplificadas, claramente, na intenção da retirada de forma imediata da intervenção do Estado na saúde pública, na educação, na militarização, no uso de drogas, na eutanásia, no aborto, nos programas sociais e até na liberdade de expressão. Estas premissas, como por exemplo a saúde pública, demonstram a incessante vontade do indivíduo decidir por si mesmo, ou seja, discernir pelo tratamento conveniente, pelo profissional mais versado no assunto e até a instituição que deseja passar pela intervenção médica, por conseguinte pagando cada  centavo de seu atendimento e medicação.      

Dentre os assuntos mais polêmicos que permeiam a auto possessão, como a utilização das drogas e o serviço não obrigatório ao exército, entram em colisão com a questão de como atitudes isolados são danosas ao meio social. Pois, ao pensar em um indivíduo que se envolve com o meio ilícito das drogas, observa-se que sua degradação vai além de seus limites físicos e psicológicos, atingem também sua família, que entrará em colapso por despejar preocupação e recursos para seu tratamento, além de contarem com a possibilidade de que os investimentos anteriores em sua educação e saúde sejam anulados pelos danos dos entorpecentes, sem poder contar com qualquer amparo do governo.

Já na questão militar o serviço não obrigatório traria a necessidade de custear profissionais da guerra, por muitas vezes mercenários, que lutariam por um determinado salário, algo que traz um desconforto e desconfiança, uma vez que, aqueles que lutam por uma quantia não carregam em si um dever patriótico, um compromisso social, político, isto é, uma consciência de bem comum a todos, de uma maneira mais pragmática e incisiva, já que se vive e participa das políticas de seu país, por muitas vezes até vantajosa para si, deve-se contribuir com o mesmo.

Contudo, outro argumentos mais categórico, já citado,  é o problema do Estado mínimo ( preocupar-se-ia somente com a segurança pública), o qual levaria à grande demanda de recursos que a população desprenderia para ter uma vida estável, em razão da não contribuição de impostos (que seriam revertidos em bens sociais) perante o Estado. O imposto considerado uma ''escravidão monetária'' pelos libertários, pode ser visto como uma forma de custear, de maneira bem aplicada, a saúde, educação, programas sociais e afins, pois novamente e reforçando, ao viver em um meio social suas ações são interdependentes das demais, necessita-se de todos para o desenvolvimento da nação/próprio e para tal estes devem estar no mesmo ''pé'' de igualdade nas condições. A questão da saúde pública é um exemplo claro, na qual nem todos os indivíduos possuem recursos para escolher um tratamento adequado por si só e para os libertários tais pessoas deveriam viver de ''caridades'' ou morreriam desamparadas.

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