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O Endividamento Das Famílias Brasileiras A Partir De Uma Análise Local

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Por:   •  2/10/2013  •  1.425 Palavras (6 Páginas)  •  486 Visualizações

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................3

2 DESENVOLVIMENTO..............................................................................................4

3 CONCLUSÃO...........................................................................................................7

REFERÊNCIAS...........................................................................................................8

1 INTRODUÇÃO

O Brasil, atualmente, passa por uma explosão na concessão de crédito aos cidadãos, fazendo com que esses se endividem. Paradoxalmente a essa situação, apresenta as maiores taxas de juros no mundo, de acordo com a reportagem do “Elo”, abaixo citada no referencial.

O número de endividados é crescente, mas não representa grande parte da população do país. No entanto, a parcela que está endividada, apresenta um grau elevado em valor real.

Ainda de acordo com a reportagem, entre os mais endividados estão mulheres e pessoas que se declararam amarelas e negras. Retrata ainda que, dentre todo o país, o maior percentual de endividados moram na região norte do país. Fatos esses que representam a proporção social exposta a essa explosão. Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), “Elo” diz que:

A maior parte da população brasileira revelou ter alguma dívida em agosto (...) quase 20% das famílias têm alguma conta atrasada, mas cerca de 60% acreditam que conseguirão quitar essas dívidas total ou parcialmente no próximo mês. (...) entre as 3.810 famílias entrevistadas em mais de 200 cidades do país, 71,7% declararam não ter dívida ou ter uma dívida muito reduzida a ponto de não se preocuparem. O percentual das que disseram estar muito ou mais ou menos endividadas é de 27,9%.“De maneira geral, o indicador de endividamento das famílias brasileiras é muito baixo. Apenas uma família em cada dez encontra-se com grau de endividamento elevado. Mas, nesse grupo [muito endividado], temos um número significativo, o que exigiria um cuidado especial, principalmente nas regiões onde as dívidas estão mais elevadas (...).

Nesse sentido, para que haja uma efetiva mudança no quadro do endividamento brasileiro, é necessário que o país amplie ainda mais o crescimento econômico, no intuito de gerar mais empregos e melhorar a renda da população, bem como o pagamento de suas dívidas. Outro fator muito importante, dentro desse cenário, é a implementação da educação financeira, seja por parte do governo, seja por iniciativa pessoal, para que os cidadãos usem melhor as ferramentas de crédito tão disponíveis e tão expostas na mídia em geral.

2 DESENVOLVIMENTO

A sociedade brasileira revela dados paradoxais em relação à sua situação econômica. Apesar de a renda média ter crescido nos últimos anos e o desemprego ter diminuído, o endividamento das famílias brasileiras, principalmente as de baixa renda, vem aumentando de forma contínua, principalmente por causa do aumento do crédito facilitado, fazendo com que o descontrole dos gastos fosse aumentado.

No entanto, o preço que se paga pelo crédito fácil é a exorbitante taxa de juros. O cartão de crédito, tão utilizado pela sociedade brasileira na atualidade, é um tipo de financiamento que tem os juros mais altos do mercado, chegando a quase 11 % ao mês e 238% ao ano. Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) aponta que 30% das dívidas de cartão de crédito estão atrasadas no Brasil. A reportagem do Jornal nacional, abaixo citada no referencial, relata a fala de uma entrevistada (Melissa Fernandes. Pedagoga) que retrata essa situação:

“Era o meu primeiro cartão de crédito. Eu atrasei um pouco, quando veio os juros, eu me assustei. Depois eu nunca mais paguei errado, sempre paguei certinho para não ter que pagar mais juros”.

A mídia incentiva a todo o momento a questão dos empréstimos e financiamentos; Seja nas televisões, nas revistas, nos jornais e até mesmo nos folders distribuídos corpo a corpo nas ruas. Raramente o marketing, em relação às promessas anunciadas, avisa o cidadão dos riscos embutidos (juros, comprometimento da renda, etc). É interessante considerar que as camadas mais vulneráveis (aposentados e população de baixa renda) são alvos certeiros desse boom publicitário, como bem retrata HENNIGEN.

Para este trabalho foram entrevistadas duas pessoas. Um delas é gerente pessoa física (há dois anos) em uma estimada agência bancária da cidade de São Mateus (ES) e a outra é comerciante, no setor varejista de alimentos, na mesma cidade, e atua nesse ramo há mais de vinte anos. Ambas não quiseram ser identificadas, portanto, trataremos aqui o gerente como sendo a Pessoa A e o comerciante, Pessoa B.

A Pessoa A relatou que, em seu trabalho, as pessoas estão ficando cada vez mais endividadas, principalmente nos últimos tempos. Complementa dizendo que, a utilização acima dos limites de conta corrente e o não pagamento do valor total das faturas de cartão de crédito, dentre outras, têm contribuído para o aumento das dívidas entre as pessoas físicas para com o Banco, uma vez que os juros dessas “facilidades” são altíssimos, tanto ao mês, quanto ao ano. Ao ser questionado sobre soluções a essa problemática, a Pessoa A, afirma que a diminuição dos juros contribuiria muito e principalmente a educação financeira das famílias, que seria um recurso que renderia soluções práticas em longo prazo. Cita também a importância da negociação direta no banco assim que tiverem um problema e não puderem efetuar os pagamentos, ferramenta essa que as pessoas pouco utilizam, ou a utilizam apenas quando a dívida já está muito alta.

A pessoa B trabalha com as formas de pagamento em dinheiro, cartões,

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