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O Estado absolutista do Ocidente

Por:   •  24/4/2018  •  Resenha  •  940 Palavras (4 Páginas)  •  1.151 Visualizações

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Resumo : O Estado absolutista do Ocidente

Otacia

O autor inicia o texto destacando os vários processos de rupturas e transições dentro da sociedade europeias durante os séculos XIV e XV, cita algumas dificuldades entre a transição de um modo de produção para outro e destacando os estilos de monarquias e a relação com a vassalagem, a antiga nobreza com a nova burguesia urbana.

Mostra ainda que embora acontece um equilíbrio na luta de classes, por vezes o Estado passa a agir como mediador quando adquire uma maior autonomia, mesmo que pequena, e que destaca que no Manifesto Comunista fica claro o posicionamento similar tanto Engels, mais categórico que a de Marx com relação ao absolutismo, porém Marx era repetitivo em suas declarações e ainda trazia reflexões como "O poder do Estado centralizado, com os seus órgãos onipresentes: exército permanente, polícia, burocracia, clero e magistratura - órgãos forjados segundo o plano de uma divisão do trabalho sistemática e hierárquica - tem a sua origem nos tempos da monarquia absoluta” indicando que  essas características se pareciam  ser eminentemente capitalistas.

Perry Anderson em seu texto destaca que ao se classificar o absolutismo como um mecanismo de equilíbrio político entre a nobreza e a burguesia pode aproximar a designação implícita ou explícita fundamentalmente como um tipo de Estado burguês.

Ao longo do texto o autor faz várias comparações onde mostra que  o fim da servidão não significou o fim das relações feudais no campo  citando que  Marx que já tinha alertado para esta situação onde enfatizava que a transformação da renda em trabalho na renda em espécie nada de fundamental altera a natureza da renda fundiária pois no final  o produtor direto, como anteriormente, é ainda o possuidor da terra, através de herança ou de qualquer outro direito tradicional, e deve dar ao seu senhor, como proprietário da sua condição de produção mais essencial,  e em resumo o trabalho não pago, a mais valia vem  transformado em dinheiro ( lucro).

Ele informa que as alterações de exploração feudal não eram insignificantes e inclusive havia um consenso entre os historiadores de que somente houve uma mudança natural de todas as formas de dominação burguesa determinada pela difusão da produção e troca de mercadorias o que era necessário, em todo contexto como da monarquia, para a manutenção da dominação, mas o que diferencia o feudalismo como modo de produção era sua força de coerção (política) o que era essencial para a concentração política, destarte a reorganização de todo sistema feudal, que manteve a manutenção do domínio da nobreza sobre as massas rurais ao mesmo tempo que a aristocracia se adaptava diante da burguesia mercantil que se desenvolvia e se fortalecia enquanto “grupo político” favorecendo a “destotalização” do domínio.

Estes modelos de monarquias representaram instrumentos modernizadores para a manutenção do domínio da nobreza sobre a massa camponesa. Porém, a burguesia mercantil já vinha se desenvolvendo nas cidades medievais. Foi a presença deste terceiro segmento da sociedade europeia, segundo Perry Anderson, que inviabilizou um processo semelhante ao que aconteceu com os campesinos do lado oriental, esmagando a sua resistência e amarrando-o ao domínio.

O autor concluiu que quando os Estados absolutistas se constituíram no Ocidente, a sua estrutura foi fundamentalmente determinada pelo reagrupamento feudal contra o campesinato, após a dissolução da servidão; mas foi secundariamente sobre determinada pela ascensão de uma burguesia urbana que, no termo de uma série de progressos técnicos e comerciais, desenvolvia agora manufaturas pré-industriais numa escala considerável”

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