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O LÚDICO NA APRENDIZAGEM JOVENS E ADULTOS

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Por:   •  12/5/2014  •  1.578 Palavras (7 Páginas)  •  445 Visualizações

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MARIA DE LOURDES BEZERRA

O LÚDICO NA APRENDIZAGEM JOVENS E ADULTOS – EJA

IPIAU-BA

2010

INTRODUÇÃO

Ao longo da história da educação brasileira pouco se fez em prol de um ensino de qualidade para os jovens e adultos. É somente a partir de 1940 que no Brasil começa a se pensar em uma educação voltada a estas camadas populares, as quais tomaram mais evidentes a partir de 1960.

No entanto, apesar dessa pequena evolução, o ensino sempre traz um modelo tradicionalista cujos resultados não têm sido animadores, pela falta de estimulo que se traduz na assiduidade do aprendizado. A evasão é sempre um índice indicador de que a metodologia traz muito pouco incentivo para a manutenção da frequência dos adultos na escola, além de outros de ordem econômica social. características peculiares a uma sociedade com tantas diferenças sociais.

A questão é que é de grande importância que esse adulto seja estimulado a estudar e para que esse aprendizado seja aplicado com eficácia e motivação que esses métodos de ensino sejam aplicados com dinamismo. Essa é a proposta dos jogos lúdicos na aprendizagem jovens e adultos.

Entretanto, a discussão da utilização pedagógica de jogos na escola ainda é palco para muitos debates e segundo os autores referenciados os jogos e as brincadeiras na escola são considerados de grande importância desde os seus primeiros dias em sala de aula, pelo fato de enriquecer a experiência sensorial, pois até a manipulação de objetos já estimula a criatividade na construção de algo. Contudo, estas ações são mais disseminadas na educação infantil, quando sabe-se que o brincar, o lúdico os jogos faz parte não só do Universo infantil da criança, mas do adulto também.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Muitos educadores chegaram a conclusão de que o brinquedo estimula a representação, a expressão de imagens que evocam aspectos da realidade. O brinquedo supõe uma relação íntima com a criança e a indeterminação de regras para sua utilização. PATY diz que: “É através das brincadeiras, seus movimentos, sua interação com os objetos e no espaço com outras crianças que ela desenvolve suas potencialidades, descobrindo várias habilidades”.(PATY,Acessado em 20/03/2014)

Alem disso, o processo de criação está ligado à sua imaginação sendo a estrutura da atividade do jogo que permitirá o surgimento de uma situação imaginária.Para VYGOTSKI (1988) “a cultura forma a inteligência e a brincadeira favorece a criação de situações imaginárias e reorganiza experiências vividas”, resultando no caminho que abre as portas para a entrada da cultura, aprendizado que começa com brincadeiras em que se aprende, criando significações, a comunicar-se com outros, a tomar decisões, decodificar regras, expressar a linguagem e socializar.

Segundo HAIDT (2000), o jogo é uma atividade física ou mental organizada por um sistema de regras. É uma atividade lúdica, pois se joga pelo simples prazer de realizar esse tipo de atividade. Para o autor, quando se está brincando com um jogo, nós nos preocupamos exclusivamente com o prazer que este nos proporciona.

Entretanto, todas essas teorias em geral estão voltadas para a educação infantil cuja a prática pedagógica é mais aplicada que na educação para jovens e adultos Por que os jogos e brincadeiras são pouco utilizados nesse modelo de educação, de um modo geral nota-se uma distância entre o pedagógico e o lúdico? A verdade é que os jogos e brincadeiras ainda são vistos como se existissem fora do contexto escolar ou como um processo à parte da educação. Talvez, motivados pela acomodação dos educadores e/ou pelo desconhecimento dos benefícios e da importância do jogo para o desenvolvimento na aprendizagem. Segundo Santos:

A ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode ser vista apenas como diversão. O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora para uma boa saúde mental, prepara para um estado interior fértil, facilita os processos de socialização comunicação, expressão e construção do conhecimento (SANTOS, 1997, p 12).

Apesar disso percebe-se que ainda são fortes as influências de perspectivas limitadas no que diz respeito ao lúdico nesta modalidade de ensino para jovens e adultos. Deste modo, para reverter este quadro, seria preciso envolver os alunos em um processo de ensino norteado por práticas que possibilite a inclusão educacional e social.

Para tal, os trabalhos educativos com jovens e adultos devem estar alicerçados, a principio com práticas que desenvolvam a permanência do educando na escola e dessa forma o lúdico passa a constituir-se em uma possibilidade de um novo olhar para os jovens e adultos, na qual esses alunos que não tiveram oportunidades educacionais na idade própria e retornaram à escola na tentativa de superar o tempo perdido, possam encontrar na escola um ambiente prazeroso, descontraído e de satisfação pessoal.

É neste contexto que a escola de jovens e adultos pode tornar-se para os educandos um espaço privilegiado de formação com metodologias divertidas e dinamizadas, desfrutando de momentos prazerosos ao mesmo tempo construindo um conhecimento escolar agradável. Atentamos para as regras e, no final se saíram vencedores ou perdedores. Mas, analisando profundamente esta questão, a participação em jogos contribui e muito para a formação de cidadãos conscientes, como o respeito mútuo, a solidariedade, a cooperação, a sinceridade, a obediência às regras, senso de responsabilidade, entre outros.

Sem dúvida, o jogo tem um valor de formação de caráter excitante e também esforço voluntário, pois trabalha a nossa atenção, concentração e conhecimento. Tendo como característica universal a brincadeira, através do brincar e do jogo o in indivíduo faz suas próprias descobertas, testa seus limites, aprende regras básicas de convivência e desenvolve o emocional e o cognitivo.

Piaget, (in: FERREIRA) enfoca a importância do jogo para o desenvolvimento emocional e psicológico , como elemento importante frente às pressões oriundas

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