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O autor desenvolve oito capítulos onde conta toda a trajetória política do Brasil, desde a chegada dos portugueses até a atual presidente da república Dilma Rousseff.

Por:   •  23/4/2017  •  Resenha  •  1.491 Palavras (6 Páginas)  •  371 Visualizações

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        O autor desenvolve oito capítulos onde conta toda a trajetória política do Brasil, desde a chegada dos portugueses até a atual presidente da república Dilma Rousseff.

        No primeiro capítulo o autor descreve que quando da chegada de Cabral em solo brasileiro, foi escrita a carta que Caminha enviou ao rei de Portugal, na verdade com cunho intrínseco de obter privilégios. A fim de conhecer os hábitos e a maneira de viver dos silvícolas que aqui habitavam e na “intenção de salvá-los”, Cabral deixou como seus representantes dois degredados que na época significava ter sido condenado ao exílio do Reino de Portugal por haver cometido crime passível de sanção penal. Assim, o primeiro poder político que aqui desembarcou teve o intuito de promessa de garantia formal de direitos e liberdade que ao longo da história se convertia num instrumento de intervenção na vida dos brasileiros.

        No segundo capítulo o autor relaciona todas as intervenções que Portugal praticava sobre o Brasil colônia, onde “a política intervencionista do governo português não só interrompeu o desenvolvimento da colônia, mas prejudicou a economia após a independência e foi um importante entrave à chegada e ao desenvolvimento do capitalismo no país”; Intervenções essas que passam a regular os diferentes modos de vida com fim de enquadrar à agenda política ou à ideologia no poder de grupos de interesses, e ditaram os rumos da sociedade, desde Pombal influenciado pelo iluminismo francês até intervenção da Igreja, que deixou “marcas profunda na cultura brasileira, como a visão negativa do empreendedor e da vida privada, a condenação do trabalho como uma adversidade, e não como uma realização pessoal, e um afeto a pobreza”, fazendo com que os brasileiros passassem a acreditar que deveriam ser auxiliados por algum tipo de autoridade, política ou religiosa. Por fim essas intervenções trouxeram a burocracia estatal, os impostos, sendo o primeiro deles sobre o pau-brasil.

        No terceiro capítulo o autor apresenta as teorias que norteiam a nossa história política, que para ele “o exercício da política formal surge como uma fonte legítima de formulações teóricas que, ao longo das experiências humanas e testes no decorrer do tempo, forma orientando a ação de políticos e a criação e o desenvolvimento das instituições”. O patrimonialismo trazendo como conceito-chave a ideia de dominação, ou seja, uma “forma de dominação tradicional em que o soberano organiza o poder político de forma análoga ao seu poder doméstico”, onde o poder centralizado pode comandar as parcelas mais frágeis da população e cooptar as elites políticas e econômica. O autor diz que a ascensão do patrimonialismo no Brasil se deu por não termos adotado o feudalismo, que tinha uma tradição de controle moral do poder e gerava relações contratuais, não subordinação, onde o Estado não era dotado de poder político, mas divido e exercido por instâncias regionais autônomas. Grandes debates surgiram entre o primeiro e segundo Reinado, a centralização versus a descentralização do poder político imperial, onde os conservadores defendiam a centralização e os liberais defendiam a descentralização, segundo o autor mesmo havendo um processo de modernização do Estado brasileiro não foi extinto o seu caráter patrimonial.

        No quarto capítulo o autor faz um passeio na história política dos imperadores da nossa Monarquia desde D. João VI a D. Pedro II, tão logo, fez um paralelo da abertura da economia do país feita por D. João VI e como fizeram Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso, que no caso do D. João VI foi por influencia de José da Silva Lisboa (grande defensor do liberalismo econômico), porém o rei português deixou o Brasil numa situação econômica, política e administrativa bastante delicada, com uma acirrada disputa de poder e influência para D. Pedro I, e coube a ele proclamar o fim da submissão do Brasil a Portugal, porém preservou a Monarquia e a Casa de Bragança, mas enfrentou enormes problemas políticos e financeiros que com o passar dos anos foi se agravando. E, começou a formação da elite brasileira, sobretudo na primeira metade do século XIX, que teve treinamento em Coimbra, concentrando a formação jurídica, e tornou-se, em sua grande maioria, parte do funcionalismo público, sobretudo da magistratura e do Exército, esses homens do direito dedicaram-se à elaboração de grandes códigos, e a partir de 1828 foram criados duas escolas de direito no Brasil (São Paulo e Olinda), onde se formaram os primeiros juristas do país, tornando uma elite homogenia, que era fundamental para preservar a estabilidade do sistema político do império e a unidade do país. Veio então D. Pedro II, primeiro brasileiro a assumir o poder no país desde a chegada dos portugueses, a abolição da escravatura, e com a ajuda do visconde de Itaboraí, conseguiu expropriar o Banco do Brasil que na época pertencia ao Barão de Mauá. Então veio o golpe republicano, sepultando a Monarquia.

        No quinto capítulo o autor fala do golpe de Estado republicano e início do presidencialismo no Brasil em 15 de novembro de 1889, com o banimento de D. Pedro II do país. O presidencialismo federalista teve orientação e influência de Rui Barbosa, e foi cópia do modelo americano, porém criou ainda mais problemas políticos para o país, porém segundo o autor foi apenas uma continuação da Monarquia, entretanto houve uma grande influência da Escola positiva de Auguste Comte, trazida ao Brasil por alguns de seus alunos e seguidores tais como: Luís Pereira Barreto, Teixeira Mendes, Miguel Lemos e Benjamin Constant, os quais fundaram a Sociedade Positivista do Brasil, mas a disseminação da sua ideologia pelo país foi feita por positivistas independentes. O positivismo no Brasil teve adaptações tais como a do gaúcho Júlio de Castilhos, que influenciou e muito o pensamento e comportamento do Borges de Medeiros, Pinheiro Machado e Getúlio Vargas. Tanto no caso de Medeiros quanto no de Vargas, mas o positivismo e o castilhismo foram elementos que fundamentaram o pensamento e ação de ambos, mas não foram os exclusivos. Ambos adequaram as ideias positivistas às suas personalidades e às condições e circunstâncias concretas da época.

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