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O problema da gravidez na adolescência no Brasil

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Por:   •  29/10/2014  •  Artigo  •  1.116 Palavras (5 Páginas)  •  254 Visualizações

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A adolescência é a fase de transição entre a infância e a idade adulta, quando o desenvolvimento da sexualidade reveste-se de fundamental importância para o crescimento do indivíduo em direção à sua identidade adulta, determinando sua autoestima, relações afetivas e inserção na estrutura social .Modificações no padrão de comportamento dos adolescentes, no exercício de sua sexualidade,exigem atenção cuidadosa por parte dos profissionais, devido a suas repercussões, entre elas a gravidez precoce. Estima-se que, no Brasil, um milhão de adolescentes dão à luz a cada ano, o que corresponde a 20% do total de nascidos vivos. As estatísticas também comprovam que, a cada década, cresce o número de partos de meninas cada vez mais jovens em todo o mundo.Essas adolescentes têm sido consideradas cientificamente como um grupo de risco para a ocorrência de problemas de saúde em si mesmas e em seus conceptos, uma vez que a gravidez precoce pode prejudicar seu físico ainda imaturo e seu crescimento normal. Esse grupo também está sujeito à eclampsia, anemia trabalho de parto prematuro, complicações obstétricas e recém-nascidos de baixo peso. Além dos fatores biológicos, a literatura correlata recente acrescenta que a gravidez adolescente também apresenta repercussões no âmbito psicológico, sociocultural e econômico, que afetam a jovem, a família e a sociedade.

Parece haver consenso no reconhecimento de que uma gravidez, nessas circunstâncias,

configura-se como um ponto de grande interesse social e até como um problema de saúde pública,dadas as consequências já mencionadas, necessitando de atendimento diferenciado nos serviços de saúde. Nesse sentido, tem-se sugerido, sempre que possível, a inclusão do pai do bebê, da família ou até de outra pessoa significativa no acompanhamento das gestantes adolescentes pelos serviços de saúde, no menor índice de intercorrências. Tem-se, por parte da sociedade, a expectativa de que a família produza cuidados a seus membros e, nesse processo, pode estar envolvida a utilização de cuidados do sistema profissional de saúde para apoiá-la, fortalecê-la e orientá-la. Incluir famílias no cuidado do enfermeiro não apenas exige atenção especial às interações, ao impacto das vivências, mas também exige conhecer dinâmicas, crenças e formas de adaptação a situações diversas.

Logo, na prática da enfermagem com famílias, os fenômenos que envolvem os processos de saúde e doença de seus membros devem levar em consideração as expectativas, relações e os contextos familiares.

Ao se revisar a literatura científica que privilegia a gravidez na adolescência, sob uma abordagem compreensiva, depara-se com a crescente preocupação em apreender a perspectiva das adolescentes sobre esse fenômeno, entretanto, constata-se, ao mesmo tempo, que existe uma produção ainda incipiente de pesquisas explorando a visão dos familiares quando vivenciam esse processo em suas famílias.

Assim, perante os argumentos apresentados, a principal questão que geral, teve-se como objetivo apreender. o significado que os familiares atribuem à gravidez na adolescência, quando levam em consideração a adolescente grávida e sua própria família.

Especificamente, buscou-se identificar e analisar as representações sociais elaboradas por esses sujeitos sobre a descoberta de uma adolescente grávida na família e sobre as mudanças ocorridas na vida da adolescente e na vida familiar em razão desse fenômeno.

Ao desvendar esse fenômeno sob a perspectiva dos familiares, considerando suas e apresentações sobre o mesmo, teve-se como finalidade obter subsídios para realizar avaliação e propor intervenções junto às famílias que o estão vivenciando, por se acreditar que é recebendo cuidados que a mesma poderá processá-los.

A abordagem compreensiva é aquela que elege como tarefa a compreensão da realidade humana vivida socialmente, manifestando, como conceito central.

Todas as pesquisas apontam que cada vez mais os adolescentes têm informação. A informação não garante a mudança de comportamento. A insegurança dificulta a negociação com o parceiro para o uso do preservativo. As pesquisas feitas junto com a OMS – Organização Mundial da Saúde – mostraram que a menina tem insegurança e medo de não agradar o parceiro e o menino tem medo de falhar. A situação de medo e insegurança, aliada ao pouco tempo de vínculo com o parceiro, dificulta a possibilidade de diálogo entre eles. Mais de 90 dos adolescentes conhecem os preservativos e algum método anticoncepcional e 30% usam esses métodos nas primeiras relações sexuais. O uso do preservativo aumentou entre os jovens, mas eles deixam de usá-lo conforme aumenta o tempo de relacionamento. O adolescente tem um tempo diferente do tempo do adulto. Muito tempo pode ser dois meses. Como prova de carinho ou de fidelidade, o adolescente

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