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O zodiaco na psicologia junguiana

Por:   •  13/7/2016  •  Relatório de pesquisa  •  3.154 Palavras (13 Páginas)  •  292 Visualizações

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O zodíaco na Psicologia Junguiana

Aluna: Letícia Mirelly de Oliveira Silva

Orientador: Paulo César Vieira de Araújo

Universidade Federal de Goiás – UFG

Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada a Educação – CEPAE – UFG

Campus Samambaia, 74001-970 Goiânia- Goiás- Brasil.

E-mail: leticiamairelly79@gmail.com

RESUMO

Carl G. Jung (1875-1961), médico e psicanalista Suíço, contribuiu com novas teorias na tentativa de estabelecer uma psicologia baseada em crenças até então pseudocientíficas, a saber, a Sincronicidade, os Arquétipos e o Inconsciente Coletivo, que neste artigo serão apresentadas de forma sucinta, introduzindo a astrologia na psicologia e mostrando suas relações com as personalidades humanas.  O objetivo deste artigo é comprovar uma relação entre influências externas, como a própria astrologia, e aplicar as teorias de Jung, mostrando se realmente existem estes impactos. Por meio da confirmação será possível mostrar a importância do estudo da astrologia psicológica no processo de autoconhecimento. Foram feitas entrevistas com alunos do Ensino Médio do Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação (CEPAE) e aplicados questionários com algumas variedades de personalidades para que os alunos assinalassem com quais delas se identificavam melhor. Os resultados alcançados com esta pesquisa poderão ser de suma importância tanto para a psicologia, que ganhará uma nova ferramenta na identificação e tendências psicológicas de pacientes, quanto para a astrologia, que ganhará importância e reconhecimento.

 

PALAVRAS-CHAVE: Arquétipos, Astrologia, Astros, Inconsciente coletivo, Sincronicidade, psicologia, Zodíaco, autoconhecimento.

1.0_INTRODUÇÃO

                 

         A astrologia reflete um impulso primordial para prever o futuro e faz parte da antiga procura pelo autoconhecimento contribuindo para a formação superior da consciência e fazendo com que os que a estudem adquiram uma visão mística e real. É o estudo das estrelas, que há muito são vistas como portas para outro mundo, e planetas e de seus efeitos sobre o comportamento humano assumindo a existências de uma correspondência entre céu e terra (MARSHALL, 2004, p. 30). A astrologia é mais antiga que a própria civilização e continua popular em todo o mundo, ligando astronomia, matemática, medicina, filosofia, religião, psicologia, mitologia e simbolismo (MARSHALL, 2004, p.31).   Guiados pelo impulso de encontrar respostas para diversas perguntas, os seres humanos encontram direções expostas nos céus. Registros astrológicos foram encontrados durante todo o percurso da história da humanidade, em todos os países e civilizações, tanto do passado quanto do presente. Foi nos principais centros de tradição na astrologia China, Mesopotâmia, Egito, Oriente Médio e Europa que surgiram os primeiros movimentos para que a astrologia se estendesse também ao individuo, não ficando apenas restrita ao destino das nações (MARSHALL, 2004, p. 32).  

        O objetivo deste trabalho foi o de mostrar com base nas teorias de Carl Jung, que também foram descritas detalhadamente, a relação existente entre a astrologia e a psicologia, mostrando o Zodíaco dentro da psicologia Junguiana e acabando com aquela falsa impressão de que os signos zodiacais e as previsões astrologia são apenas aquelas mensagens genéricas expostas em jornais e revistas. Foi feito seguindo uma linha de raciocínio direta mostrando desde o principio quando a astrologia adquiriu um lar na psicologia até a comprovação da relação entre ambas. Para provar cientificamente que o conhecimento das características do signo zodiacal importante no processo de autoconhecimento fora feitas entrevistas e aplicados questionários com jovens estudantes, com as respostas adquiridas foi possível fazer a confirmação e dar a resposta que tanto procuramos: “Será que a astrologia pode ser usada como uma ferramenta para psicólogos distinguirem as diferentes personalidades de pacientes?”.  

2.0_TEORIA DESENVOLVIDA

2.1_Carl Jung e a Sincronicidade.

 Carl Gustav Jung (1875-1961) foi um psicanalista, psicólogo e pensador suíço que dedicou grande parte de seu tempo estudando a astrologia e a sua influência na vida humana. Jung, em seu livro “A sincronicidade”, em 1951, descreve uma “ pesquisa astrológica” que ele fez, utilizando mapas astrológicos de cerca de 500 casais, na tentativa de investigar a ocorrência em grande escala dos aspectos astrológicos tradicionais. Por fim, combinando os resultados de todos seus experimentos, Jung demonstrou que mesmo com combinações e resultados diferentes, as mesmas combinações clássicas entre homem e mulher sempre aparecem (MARSHALL, 2004, p.382). Acreditava que tudo no universo estava interligado por vibrações, e estão de algum modo em sincronia, de forma que certos eventos isolados podem aparecer em perspectivas diferentes repetidas vezes. A Sincronicidade é definida como uma coincidência significativa entre eventos psíquicos e físicos. Jung dizia que tais coincidências baseiam-se em organizadores que geram, por um lado, imagens psíquicas e, por outro lado, eventos físicos. As duas coisas ocorrem aproximadamente ao mesmo tempo, e a ligação entre elas não é coincidência. Apoiou-se fielmente em sua pesquisa com casais e a usou para demonstrar sua teoria: tudo e todos estão ligados de certa forma, e os casais provam isso claramente. Mesmo tendo seus mapas astrais combinados de diferentes formas, os resultados eram sempre os mesmos, provando que a sincronicidade é uma “coincidência significativa de dois ou mais acontecimentos, em que se trata de algo mais do que uma probabilidade de acasos” (JUNG, 1952, par. 959).

Usando basicamente a psicologia junguiana, Liz Greene, astróloga e psicóloga estadunidense, publicou em 1984, em seu livro “A astrologia do destino” uma análise completa e detalhada sobre a sincronicidade. Greene explica que no mundo contemporâneo, em que as pessoas possuem uma visão racional, que preza muito mais as hipóteses cientificas que os mitos, o termo sincronicidade é mais adequado, e que às vezes a impressão de que “alguma coisa” está trabalhando e interferindo para que algo aconteça é inevitável. Eventos sincrônicos acontecem a todo o momento, porém são ignorados com a mesma facilidade, e acontecem nos pequenos detalhes, seja na carta de um desconhecido ou em uma curva errada que leva para um caminho certo. (GREENE, 1984, p.241).Para Jung, situações “encalhadas” possuem a tendência de gerar eventos sincrônicos, pois momentos de impasse na vida afetam o inconsciente e, logo então, surgem os sonhos, imagens e “mistérios” que levam a outros caminhos, ou seja, esses impasses funcionam como uma espécie de “abertura de caminho”. Para compreender melhor o que seriam esses “mistérios” ou “coincidências significativas” basta analisar este exemplo cômico, com que Greene usa para abrir um capítulo em sua obra:

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