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Objetivos da sociologia

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Por:   •  20/11/2013  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.402 Palavras (10 Páginas)  •  404 Visualizações

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1. Introdução

A Sociologia estuda as relações sociais e a forma de associação. É uma disciplina que considera as interações que ocorrem na vida em sociedade: envolve o estudo dos grupos e dos fatos sociais, das divisões em classes e camadas, da mobilidade social e da interação entre as pessoas e grupos que a constituem. Em síntese, a Sociologia é uma ciência que estuda a sociedade por meio da observação do comportamento humano.

É importante ressaltar que os métodos utilizados nas Ciências Sociais são diferentes dos métodos utilizados nas Ciências Naturais. Estas empregam vários métodos precisos – cálculos, previsibilidade, demonstrações. Já as Ciências Sociais empregam processos quantitativos e de observação.

O objetivo das Ciências Sociais é ampliar o conhecimento sobre o ser humano em suas interações sociais. A Sociologia revela a sociedade como ela é de fato, não como ela deveria ser. O propósito da Sociologia é o de contribuir para uma melhor compreensão a respeito da sociedade, o que permite que medidas sejam tomadas para melhorar a vida daqueles que dela fazem parte.

2. Cultura, Indivíduo e Sociedade

Por ora é suficiente definir cultura como a maneira de viver de uma sociedade. Esta maneira de viver compreende inúmeros pormenores referentes ao comportamento, mas entre eles há sempre fatores em comum. Representam todas as atitudes normais e previsíveis de qualquer dos membros da sociedade diante de uma dada situação.

Em consequência apesar do número infinito de pequenas variantes que podem ser encontradas na atitude de alguns indivíduos, ou mesmo nas atitudes de um mesmo indivíduo em momentos diferentes, verificar-se-á que a maior parte das pessoas, em uma sociedade, reagirá geralmente da mesma forma a uma situação dada. Por exemplo: na nossa sociedade, quase toda gente se alimenta três vezes por dia e toma uma dessas refeições aproximadamente ao meio-dia.

Além disso, aqueles que nãoseguem esta rotina são considerados esquisitos. Tal consenso sobre a conduta e a opinião constitui um padrão cultural; a cultura, como um todo, é um conjunto mais ou menos organizado de tais padrões.

A cultura, como um todo, proporciona aos membros de uma sociedade um guia indispensável em todos os campos da vida. Sem ela, tanto a sociedade como seus membros estariam impossibilitados de funcionar eficientemente. O fato de a maioria dos membros da sociedade reagir a uma dada situação de determinada forma capacita qualquer um a prever o comportamento, com um alto grau de probabilidade, se bem que jamais com absoluta certeza. Essa previsão é um pré-requisito em todo tipo de vida social organizada. Se o indivíduo vai trabalhar para outros, precisa estar seguro de ser recompensado.

A existência dos padrões culturais lhe proporciona essa segurança, com seu fundamento na aprovação social e no poder consequente da pressão social sobre aqueles que não se lhes amoldam. Além disso, através de longa experiência e, em grande parte, pelo emprego do método de tentativa.

2.1 A construção social da realidade

Peter Berger e Thomas Luchman desenvolvem uma análise dos processos de legitimação pelos universos simbólicos, que toma por base a intersubjetividade e a biografia individual. O esquema analítico desses autores afirma a procedência do conhecimento sobre os valores, e se aplica a partir da distinção de quatro níveis.

O primeiro nível, que inclui todas as afirmações tradicionais simples do tipo ‘é assim que se faz as coisas’. É o nível pré-teórico e constitui o fundamento do conhecimento evidente, ao qual estes devem atingir para serem incorporados a tradição.

O segundo nível, contem proposições teóricas em forma rudimentar, incluindo esquemas explicativos que relacionam conjuntos de significações objetivas e que são pragmáticos.

O terceiro nível já compreende ‘Teorias explícitas’, um corpo diferenciado de conhecimentos, já se nota a função de’ pessoal especializado’ para a transmissão desse conhecimento, pelo que o processo de legitimação começa a atingir um grau de autonomia em relação às instituições legitimadas.

O quarto nível e o único que se impõe os universos simbólicos como tais, ‘corpos de tradição teórica que integram diferentes áreas de significação. Todos os setores de ordem institucional acham-se integradas num quadro de referencia global. Todas as teorias legitimadoras menores são consideradas como perspectivas especiais os papéis institucionais tornam-se modos de participação.

A análise dos processos de legitimação por Borger e Luckman tem em conta que, nas objetivações em que as teorias são observadas, surge à questão de saber ‘ ate que ponto uma ordem institucional, ou alguma parte dela é apreendida como uma faticidade não humana e que essa é a questão da retificação da realidade social.

3. Trabalho, Consumo e Sociedade

O filme “A classe operária vai ao paraíso” retrata a doutrina fordista de produção, a exploração da mão de obra humana de forma exaustiva com o objetivo de produzir em larga escala para baratear o preço do produto final e possibilitar o consumo em grande volume, essa tentativa prioriza a verticalização da organização trabalhista dentro da fábrica, isto é, a hierarquização entre operários que, ignorava o diálogo e a interação em torno da ideia do aperfeiçoamento das técnicas de produção sustentável.

Ao trabalhador impunha-se uma longa jornada de trabalho com pouca valorização, pensava-se que quanto mais se trabalhava mais se produzia, não se imaginava que o trabalhador bem alimentado, bem pago, valorizado, com direito a descanso, a lazer e opinião pudesse ser mais produtivo. Nem todos os trabalhadores tinham atitude de revolta. Havia um operário que é o que no Brasil comumente se chamaria de “operário-padrão”, um operário braçal que devido a sua alta produtividade passa a ser o parâmetro para todos os demais trabalhadores da fábrica. Ele que com sua grande destreza e impressionante poder de concentração dita o ritmo de trabalho para os demais operários, estabelecendo as metas a serem atingidas pelos colegas, mais tarde um acidente com o dedo do operário se torna mais uma centelha no conflito contra os patrões e entre sindicalistas e estudantes. O acidente é atribuído ao ritmo de trabalho fora do normal em que os trabalhadores da fábrica eram submetidos, em que “os patrões cortam o tempo

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