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Operação Condor

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Por:   •  4/4/2014  •  508 Palavras (3 Páginas)  •  179 Visualizações

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A Operação Condor foi uma iniciativa que uniu organismos de repressão do Brasil, do Chile, da Argentina, do Uruguai, do Paraguai e, posteriormente, da Bolívia, todos submetidos a regimes militares.

O acordo consistiu no apoio político-militar entre os governos da região, visando perseguir os que se opunham aos regimes autoritários. Na prática, a aliança apagou as fronteiras nacionais entre seus signatários, que se articularam na repressão aos adversários políticos.

O nome do acordo era uma alusão ao condor, ave típica dos Andes e símbolo do Chile. Trata-se de uma ave extremamente sagaz na caça às suas presas. Nada mais simbólico, portanto, que batizar a aliança entre as ditaduras de Operação Condor. Não à toa, foi justamente o Chile, sob os auspícios do governo de Augusto Pinochet, quem assumiu a dianteira da operação.

A função principal era neutralizar os grupos de esquerda, que tinham como objetivo derrubar as ditaduras então vigentes e substituir por um governo nos moldes soviéticos, opositores aos governos ditatoriais que se opunham aos regimes militares montados na América Latina. O primeiro passo da Operação Condor foi executar a imediata unificação de esforços de todos os aparatos repressivos dos países participantes.

Na verdade, a Operação Condor foi um acordo realizado por todos os países da região com o intento de facilitar a cooperação regional na repressão aos opositores dos regimes militares que então governavam o Brasil, a Argentina, o Chile e a Bolívia. Teoricamente esses opositores dos regimes militares faziam parte de grupos guerrilheiros com ideologia socialista nos moldes da filosofia radical maoísta e stalinista. Eram apoiados por Cuba de Fidel Castro e indiretamente pelos governos socialistas da antiga União Soviética e da República Popular da China, que desejavam expandir o modelo socialista para todos os países da América Latina. Além do apoio tático e estratégico fornecido pelo governo de Cuba, esses grupos buscavam os recursos financeiros através de ações criminosas, como roubos a bancos e sequestros.

O Brasil tinha um serviço de inteligência de primeira. O líder na época, o general João Baptista Figueiredo, era amigo do coronel chileno Manuel Contreras. Entre 1974 e 1975, o Chile mandou vários oficiais para treinarem no Brasil. Uma das atribuições de Pedro Espinoza, o número 2 da Dina, a polícia secreta de Pinochet e da Operação Condor, era organizar uma escola de inteligência no modelo brasileiro.

Também participou da reunião que houve em 1975 em Santiago. O convite foi feito ao próprio Figueiredo. Ele não foi e enviou um representante da inteligência brasileira, que assistiu a reunião, mas não assinou a ata oficial. Apenas seis meses depois, segundo documentos da CIA (agência americana de inteligência), o Brasil se uniu a Condor. E fez parte das fases 1, com troca de informações, e 2, com ações dentro dos países-membros.

Em 1976, houve uma nova reunião dos países da Condor. O Brasil esteve novamente nesse encontro. Nele é que os membros acordaram quanto a entrar na fase 3, a mais atrevida, que levava a “guerra contra os subversivos” aos países da Europa e aos Estados Unidos. Mas o Brasil não quis fazer parte da fase 3.

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