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Perspectivas Economicas

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Por:   •  26/2/2015  •  2.242 Palavras (9 Páginas)  •  250 Visualizações

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A finalidade deste trabalho de pesquisa é retratar o impacto do Programa Bolsa Família no Brasil levando em consideração a ótica da demanda (emprego, renda e melhorias na vida dos beneficiários).

A desigualdade e a má distribuição de renda são problemas que acompanham a população como um todo há séculos e não é diferente com os nativos brasileiros. Com o intuito de combater a desigualdade de renda e a miséria no Brasil, o Estado adotou várias medidas para tentar sanar tais carências, como programas assistenciais de transferência de renda.

Em tempos atuais um dos mais bem sucedidos programas é o Bolsa Família criado em 2004, no Governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O programa em si consiste em associar à transferência do benefício financeiro e do acesso aos direitos sociais básicos: saúde, alimentação, educação e assistência social. De sua implantação até os dias de hoje o programa, foi otimizado e contempla mais de 14 milhões de famílias carentes em todo país, possibilitando que as mesmas possuam acesso à cidadania, educação e a um maior poder de compra.

É de certo que não somente as famílias pobres vêm sendo beneficiadas com o programa de combate à pobreza, mas, a economia como um todo está sendo afetada pelo impacto do Programa Bolsa Família.

Esse estudo enfoca a importância de políticas socioeconômicas realizadas pelo Estado e o impacto positivo sobre a vida das famílias beneficiadas. Também ressalta a maior atividade econômica, uma vez que os gastos dirigidos para o Programa têm gerado um efeito de multiplicador econômico seja para as famílias, seja para os municípios.

1. AS PERSPECTIVAS ECONÔMICAS PELA ÓTICA DA DEMANDA

O desempenho do PIB brasileiro nos últimos anos foi fortemente influenciado pelo aumento da atividade do Setor de Serviços, que por sua vez é fortemente sustentado pelo consumo das famílias que apresentam forte crescimento ano após ano refletindo assim no PIB total produzido pela nação.

Para Mankiw (2014) as pessoas consomem menos do que desejam porque sua despesa restringe seu consumo. Com uma renda mais elevada, o consumidor consegue adquirir mais bens. Quando o preço relativo dos bens permanece sem qualquer tipo de alteração e a renda do consumidor aumenta, o consumidor reage ao aumento da renda comprando mais.

Com a melhoria da renda per capita da população e sua propensão maior a consumir, naturalmente o consumo de um modo geral se alavanca, seja de alimentos, seja de bens duráveis (inclusive produtos nunca antes consumidos), seja de serviços, gerando novas demandas e consequentemente um maior giro da economia.

O aquecimento da economia se alavanca principalmente por causa da população mais carente, que para Pochmann (2010) tendem a consumir e comprometer maior parte da sua renda. Tal afirmação se comprova pois ao receber sua remuneração seja por via de salário ou assistência, a família em si emprega maior parte do capital para o consumo de produtos, serviços e necessidades imediatas, gerando desse modo uma maior demanda para que determinada esfera da indústria produza mais. É de certo que com uma maior demanda, se precise de mais empegados e maior pagamentos de salários, desaguando em uma maior oferta de produtos e um maior consumo dos mesmos produtos por diferentes agentes.

Alguns fatores podem ser enumerados para que tal consumo tenha evoluído: a redução da taxa de juros SELIC ao longo dos anos, que fez aumentar os investimentos e aportes pelas empresas de iniciativa pública e privada, colaborando para o aumento do nível da produção da economia, e consequentemente elevação do PIB. Segundo Heineck (2010) uma taxa de juros menor permite que os indivíduos consumam mais por possuírem mais crédito, aumentando assim a quantidade e qualidade de bens consumidos. Tais acontecimentos aliados a uma moeda forte frente as moedas estrangeiras e cenários melhores de inflação cooperaram para um consumo crescente.

De acordo com a tabela 1 abaixo é possível perceber que o juros e a inflação diminuíram substancialmente, por sua vez o gráfico 1 ilustra a positiva elevação do PIB brasileiro no período de 2003-2010.

Tabela 1 - Evolução da taxa SELIC e da inflação acumulada 2003 - 2010

Ano SELIC IPCA

2003 16,32 9,30

2004 17,74 7,60

2005 18,00 5,69

2006 13,19 3,14

2007 11,18 4,46

2008 13,66 5,90

2009 8,65 4,31

2010 10,66 5,91

Fonte: BCB

Elaboração do Autor

A taxa de juros base da economia brasileira reduziu de maneira satisfatória ao longo dos anos, conforme mostra a tabela de nº 6. Desde o primeiro ano do Governo do ex-presidente Lula até o ano de 2010, a média da SELIC permeia em torno de 13,68%, por sua vez a inflação no mesmo período possui uma média 5,79%, influenciando o consumo e os níveis de produção que são traduzidos na elevação do PIB verificados no gráfico 10

Gráfico 1 - Variação (%) real anual do PIB 2003 – 2010

Fonte: BCB

Elaboração do Autor

O gráfico 2, demonstra crescimento significativo da economia, explanando que o país no período de 2003 à 2010 conseguiu um PIB médio de 4,06% ao ano. Evidenciando que o consumo foi um dos principais propulsores para se conseguir significante crescimento econômico. O aumento do PIB também pode ser creditado ao aumento da renda per capita média da população em 40,77% demonstrada no gráfico abaixo.

Gráfico 2 - Evolução da renda per capita média da população 2003 – 2011

Fonte: IPEA (2012)

1.1 – Emprego

Segunda dados do Ministério da Fazenda (2013) o mercado de trabalho continua com uma dinâmica bastante robusta. A taxa de desemprego de 4,6%, computada em dezembro de 2012, foi a menor da série histórica e a taxa de janeiro de 2013. A geração de empregos formais continuou com números satisfatórios, atingindo 1,3 milhão de novas vagas em 2012.

Além do aumento do emprego, nota-se uma melhoria

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