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Pesquisa Em Saúde

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Por:   •  16/4/2014  •  2.990 Palavras (12 Páginas)  •  184 Visualizações

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO

2. BREVE HISTORICO DA SAUDE AMBIENTAL

3. O ENTENDI ACERCA DO QUE É MEIO AMBIENTE

4. O ATUAL PADRÃO DE CONSUMO E OS RISCOS AMBIENTAIS

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Introdução

O Controle Social do Sistema Único de Saúde, motivado pela Constituição Federal de 1988, representou uma das maiores conquistas da população Brasileira na representação social,

na fiscalização e na construção das agendas de saúde. Esta representação foi possível devido ao Conselho de Saúde, um órgão paritário, composto por usuários, o Estado, profissionais de saúde e prestadores de serviços, estruturado para a tomada de decisões referentes a área da saúde.

A promoção de saúde consta na agenda dos municípios e é respaldada por propostas oficiais que reconhecem os aspectos biopsicossociais que envolvem o processo saúde/doença e a

ampliação da capacidade das comunidades em perceberem os fatores condicionantes da saúde. A aproximação da temática ambiental com o movimento de promoção da saúde possibilita

a ampliação na compreensão do processo saúde-doença. Essa proposta elege a intersetorialidade como condição para o estabelecimento e a execução de políticas públicas como

maneira de garantir melhores condições sócio-ambientais.

Estudos na área da Saúde Ambiental têm demonstrado que a degradação ambiental tem interferido na saúde das populações globais pela adoção de um modelo insustentável de

produção e de consumo em larga escala. Esse modelo desconsidera a limitação dos recursos naturais e o excesso de resíduos produzidos, que em sua maioria são dispostos de maneira

inadequada, contaminando os mananciais de água, o solo e o ar, e submetendo parcelas significativas da população a precárias condições de moradia, de transporte e de trabalho, e as

políticas para promover as ainda são melhorias são insipientes.

O enfrentamento dos problemas socioambientais necessita do comprometimento e da coresponsabilização de toda a sociedade, de maneira que o Controle Social do Sistema Único de

Saúde possa manifestar-se e fortalecer os ideais de democracia.

Breve Histórico da Saúde Ambiental

O ser humano distingue-se dos demais seres vivos por produzir e utilizar tecnologias, transformando o meio ambiente e sendo transformado por ele, objetivando a sobrevivência e o bem-estar. Essas tecnologias, por vezes, potencializam riscos à sua existência e a dos demais seres vivos.

Autores, como Freitas (2003), descrevem momentos históricos que envolviam preocupações referentes à saúde humana em decorrência dos efeitos ambientais, como por exemplo, a relação dos efeitos do clima no balanço dos humores do corpo, os miasmas, e as sujeiras e os odores. As práticas sanitárias surgiram quando se estabeleceram as primeiras relações entre meio ambiente e saúde humana. Os escritos da escola Hipocrática, na Grécia, início do século V aC formularam questões referentes ao ar, às águas e aos lugares, e que relacionam esses elementos com as enfermidades, principalmente as doenças endêmicas, e a localização de seus focos.

Na Inglaterra, no século XVII, se iniciou a aplicação de métodos estatísticos à Saúde Pública, possibilitando a compreensão da dinâmica da ação preventiva de saúde. A avaliação de

indicadores de saúde demonstrou a relação da condição da saúde com o meio ambiente e da importância da saúde e de sua força de trabalho como fator de produção.

E os efeitos da Revolução Industrial foram percebidos de maneira mais intensa a partir da metade do século XIX. Embora tenham se expandido as relações industriais de produção (Inglaterra, França e Alemanha), e das organizações das classes trabalhadoras, que aumentaram a participação nos movimentos sociais, incorporando nas pautas as reivindicações por melhores condições sanitárias.

Descobertas no século XIX contribuíram na construção de bases científicas para a Saúde Pública, como a teoria dos organismos causadores de doenças infecciosas, postulada por Henle,

em 1840, a teoria dos Germes de Pasteur, em 1861, a partir do desenvolvimento do processo de pasteurização, o descobrimento do bacilo da tuberculose por Koch, em 1882 e, do vibrião da

cólera em 1883. Essas descobertas estabeleceram também as bases para os dois conceitos centrais da bacteriologia: o da etiologia específica, na qual cada doença tem uma única causa

identificável, e outro conceito foi o da “bala mágica” ao destacar que cada doença pode ser curada por um agente específico, ratificado por Pasteur ao desenvolver vacinas.

Os referenciais da microbiologia reforçaram o movimento da medicina social, que inaugurou a Saúde Pública, reorientando as diretrizes dos discursos e das práticas ocidentais no setor da saúde social, atribuindo ao ambiente um dos campos na Saúde Pública. Assim, o ambiente doméstico limpo, purificado e areado, era vital para a saúde dos seus ocupantes.

Em meados do século XX retomaram-se as pesquisas referentes à relação da saúde com o ambiente, e a descoberta da resistência de Staphylococcus à penicilina em 1959, foi um dos fatores que despertou essa preocupação. Em 1980, três quartos dos microrganismos nos Estados Unidos já eram resistentes à penicilina. Nesse período, outras situações relacionadas a fatores

ambientais também estimularam pesquisas, como tratamentos médicos insatisfatórios e mortes por neoplasias que passaram. A função das causas externas na origem de doenças, como no

caso do câncer, passou a ser considerada.

A ampliação da compreensão dos problemas ambientais como não sendo restritos aos aspectos de saneamento e controle de vetores, bem como a recuperação da dimensão política e social, em grande parte pode ser atribuída às questões levantadas

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