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Protesto choca com policiais

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Por:   •  16/12/2014  •  Resenha  •  612 Palavras (3 Páginas)  •  107 Visualizações

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A ano de 2013 foi cenário de uma das maiores manifestações populares da história do país. As "Jornadas de Junho", como ficaram conhecidas, tiveram início nos protestos contra o aumento das tarifas do transporte público rodoviário no estado de São Paulo, com protagonismo do Movimento Passe Livre, o MPL. Influenciados pela ação do MPL na capital paulista, jovens de todo país foram às ruas em apoio à causa, não só contra o aumento das tarifas, mas para, sobretudo, manifestar contra o esfacelamento do quadro político nacional, a corrupção e a ingerência estatal sobre itens básicos como segurança, saúde e educação.

Desde o início dos protestos, o embate contra as forças policiais foi uma marca bastante evidente e controversa. A partir disso, surge a figura do vândalo e a recorrente exploração dessa imagem pela mídia. A associação entre as manifestações e o vandalismo foi o mote de manchetes nos veículos tradicionais de imprensa do país. O bordão "não são só por 20 centavos" surge a partir de uma declaração feita pelo cronista Arnaldo Jabor, no Jornal da Globo, de que "esses revoltosos de classe média não valem nem 20 centavos".

A mídia também passa a ser questionada. A "eliminação" de intermediadores não só ficou restrita às bandeiras partidárias. Se colocando sempre como um movimento apartidário, o que de fato era, esses jovens não elegem a grande mídia como principal canal de comunicação. Os veículos de imprensa passam a ser vistos como tendenciosos, como agentes de deslegitimação da luta. Munidos de smartphones, os manifestantes utilizam as redes sociais como principal canal de comunicação e interlocução com o público. A informação passou a ser direta, de individuo para individuo, não mais necessariamente mediada por veículos de comunicação.

Apesar desse contexto de maior fluxo de informação sem os tradicionais intermediários, ainda é evidente a influencia que os veículos de comunicação em massa exercem sobre as pessoas em suas leituras de mundo e representação da realidade. A produção de discursos, a partir desses veículos, ainda servem como principal suporte para realizarmos interpretações, ou até mesmo incorporá-los como verdade, a cerca dos fatos e acontecimentos que nos rodeiam

O veículo escolhido como base para pesquisa foi a Revista Veja, publicação semanal da Editoria Abril, criada em 1968 pelos jornalistas Roberto Civita e Mino Carta, sendo hoje a revista de maior circulação nacional, com uma tiragem superior a um milhão de cópias. A revista trata de assuntos variados tanto a nível nacional, como global, sendo as temáticas mais frequentes as ligadas à politica, economia e comportamento. Também existem edições regionais para os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, sendo a Veja São Paulo, Veja Rio e Veja BH. Sua linha editorial é tradicionalmente ligada à direita-liberal.

O estudo faz uma análise da cobertura midiatiaca da Revista Veja em torno dos protestos de junho de 2013. Não somente se detem sobre a analise, mas traça um paralelo com a cobertura das manifestações dos "Caras Pintadas", em 1992, que guarda caracteristicas em comum com as "Jornadas de Junho". Em 1992, também eram jovens instisfeitos com o quadro político nacional que foram às ruas pedir o impeachment do então presidente Fernando

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