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Psicologia E Serviço Social

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Por:   •  6/6/2014  •  3.702 Palavras (15 Páginas)  •  332 Visualizações

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O presente trabalho tem como objetivo apresentar a necessidade de uma reflexão crítica sobre os acontecimentos de cunho econômico, social e psicológico que ocorrem na sociedade do ponto de vista do profissional de Serviço Social.

Com uma análise profunda do filme “Tropa de Elite”, vamos compreender a questão cultural e psicológica dentro do grupo de policiais e todos os envolvidos.

Cultura são valores que guiam o nosso comportamento social, está sempre em evolução, desenvolvimento e processo de mudança.

O texto nos mostra uma análise em que a cultura se firma em aprendizado e imitação, mostrando também que sua base pode não ter influências humanas e sim outros fatores como ambientais e genéticos.

“Mostrar a complexidade fascinante do comportamento animal enterraria definitivamente os modelos que associam automaticamente muitas espécies animais a máquinas ou a criaturas exclusivamente dominadas por instintos.” (Dentillo, D.B., 2012, n. 134).

São práticas e ações sociais que seguem um padrão determinado no espaço/tempo.

Referem-se a crenças, comportamentos, valores, instituições, e manifestações culturais no filme como reflexo da nossa história como país.

Linguagem – frases do cotidiano brasileiro, gírias e bordões

Atitudes – o ser corrupto - o ser honesto - o ser trabalhador - o ser malandro - o ser esperto;

Homens diversos observam fatos diversos e os registram de modo diverso, segundo o tempo e o espaço em que vivem: Essa, é a base para a compreensão de todo o processo que diferencia grupos de mesma espécie, trazendo uma configuração particular, um estilo, a cada um deles. Dito de outra maneira, entender o que vem a ser o que chamamos de cultura.

“Cultura tem a ver com o estilo de vida dos membros de uma sociedade ou de seus grupos. Inclui o modo de se vestir, os costumes de casamento e vida familiar, padrões de trabalho, cerimônias religiosas e atividades de lazer” (Giddens, Anthony-Sociology p.43).

É de extrema importância lembrar que ao tratar do assunto “cultura” devemos analisar vários aspectos de um grupo, dentre eles, os ditos por Giddens. Esses aspectos por sua vez, não surgiram do nada, é consequência de um longo processo de adaptação ao meio em que certo grupo se encontra. Vale colocar também, que a cultura não é estática, portanto, mesmo que imperceptíveis em um curto período de tempo, essa, sofre constantes modificações.

Apesar de a maioria dos estudiosos considerarem cultura um privilégio dos seres humanos, estudos mostram que alguns tipos de animais como, por exemplo, os chipanzés também possuem a chamada “cultura”.

Colocadas essas informações, temos que a cultura não possui uma forma específica, mas sim, várias. Afinal, o planeta em que vivemos possui mais de 148,94 milhões de quilômetros quadrados de terra, cinco tipos diferentes de clima, inúmeros tipos de vegetação e formas de relevo, que vão de um extremo a outro; 191 países, aproximadamente 6.912 idiomas, diversos tipos de crença, esportes e tradições. Pode parecer estranho essas características serem colocadas em um mesmo plano, entretanto, elas estão diretamente ligadas umas as outras. São, sem dúvida alguma, as características físicas do planeta, que moldam, a princípio, a nossa cultura.

O filme Tropa de Elite mostrou uma realidade dura que sabemos que existe, porém a evitamos por ser tão cruel. Possui cenas intensas e críticas entrelaçando ficção com realidade e mostra o aumento da violência.

Tropa de Elite expõe manifestações culturais objetivando aproximar ao máximo as cenas com a realidade, o filme mostra o cotidiano de periferia, a guerra urbana apresentada pelo BOPE, cuja preparação é para a guerra, os estudantes que fazem trabalhos em ONG’s e reclamam da ação dos policiais que ao mesmo tempo usam e traficam drogas, favorecendo a violência.

O filme denuncia policiais corruptos, que usam da tortura para abordar tanto os criminosos quanto a população pobre das favelas, criticam a classe média e ainda nos mostra cenas de misérias no submundo social da metrópole, onde existe a crueldade e a marginalidade é explícita.

Essas manifestações culturais , assim como, gírias, rituais, roupas, bordões criaram uma identificação do filme com o telespectador, pois imitaram copiosamente a vida real.

A mídia também tentou passar uma imagem de herói a esses policiais que usavam e abusavam da sua força, foram mostradas manifestações de protestos, como aquele em que algumas pessoas pediam paz com velas e roupas brancas. Observamos também manifestações culturais como bailes funks e auxílio em deveres escolares das crianças realizados por voluntários da ONG’s.

Ao assistirmos Tropa de Elite, tentamos buscar a compreensão do modo de vida, nos remetendo a diferentes culturas, espaços, etnias, comportamentos e manifestações culturais.

Os conflitos sociais

1 - A violência

O conflito entre o morro e o asfalto, isto é, diferenças no modo de pensar, de agir e de como os moradores da favela são vistos pela própria sociedade, é uma realidade dura encontrada também no filme analisado. As favelas no Brasil são consideradas como uma consequência da má distribuição de renda e do déficit habitacional no país. A migração da população rural para o espaço urbano em busca de trabalho, nem sempre bem remunerado, aliada à histórica dificuldade do poder público em criar políticas habitacionais adequadas, são fatores que têm levado ao crescimento dos domicílios em favelas.

A legitimação da violência contra as favelas. O filme incorpora o discurso desses policiais de que “não há saída, tem mesmo é que matar!”.

As favelas são resumidas ao tráfico, sendo ignorada a grande maioria de homens e mulheres trabalhadoras, jovens e crianças, moradores dessas comunidades. Assim se assume o discurso da repressão violenta às comunidades pobres e negras como “a guerra” contra os traficantes.

É evidente o preconceito em relação aos membros desta comunidade carente, quando em cenas marcantes no filme, mostram a abordagem policial nos barracos pobres, com violência e desrespeito.

No filme, os universitários de classe média consomem drogas e participam de passeatas pela paz contra a violência. Choram a morte de jovens mortos na favela, por traficantes moradores e dominantes na favela.

Com isso, podemos perceber que a culpa das mortes é facilmente transferida ao favelado, porque eles não atacam os reais motivos

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