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QUIMICA pesquisa radiológica

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Por:   •  28/3/2014  •  Resenha  •  465 Palavras (2 Páginas)  •  348 Visualizações

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Em meados de 2003, a população brasileira acompanhou, alarmada,o noticiário sobre a morte de mais de 20 pessoas após terem ingerido o produto Celobar®, usado para fins de contraste em exames radiológicos.

Como o sulfato de bário é pouquíssimo solúvel (Kps ≅ 1 × 10-10 à 25 oC)1 em água e (fato importante) não se dissolve mesmo na presença de ácidos, passa pelo aparelho digestivo e é eliminadojuntamente com as fezes, sem que quantidade importante de íons

bário seja absorvida pelo corpo.O que ocorreu, então, no fatídico caso Celobar® que levou a óbito tantas pessoas?

Uma das primeiras perguntas que surgem na nossa mente é: “Como pode acontecer este desastre se a empresa fabricante do Celobar® já dominava o processo de produção?”

Ao contrário do que vinha fazendo rotineiramente, ou seja, comprando o sulfato de bário já pronto de um dos poucos fabricantes mundiais, apenas preparando a suspensão, o laboratório farmacêutico resolveu sintetizá-lo a partir de carbonato de bário

Na imprensa foi noticiado2 que o laboratório teria tentado a síntese de modo a aumentar os lucros. Chega-se a estimar a economia que seria feita em R$ 0,50 (cinqüenta centavos de real) por kg de sulfato de bário. O articulista faz este cálculo baseando-se no preço pago por 600 kg de carbonato de bário comprados no mercado nacional

(R$ 1.800,00) e no preço que seria pago por 600 kg de sulfato de bário importado (R$ 2.100,00).Mas o cálculo do articulista é, relativamente, um fato sem importância e não faz parte do desastre. O sulfato de bário sintetizado acabaria custando muito mais caro que o importado. Assim, a hipótese a está descartada.A hipótese b considera a possibilidade de que estava havendo escassez da matéria-prima. De fato, noticiou-se que o laboratório farmacêutico não teria pago um lote de 6 t comprado em fevereiro de

2002. Isto, com certeza, deve ter provocado o corte no fornecimento.Este corte, evidentemente, deve ter-se estendido por todos os possíveis fornecedores. Fica claro, então, que a hipótese b é bastante plausível.O que levou os técnicos, que realizaram a síntese, a considerar que o rendimento obtido estava bom? Supuseram perdas ao longo

das operações ou será que acharam que a estequiometria da reação levava mesmo a este resultado? Suposição absurda? Ora, para quem não sabe estequiometria, e muito menos entende o que é mol, 1,0 g de uma substância quando transformada em outra deve gerar 1,0 g desta nova. É exatamente o mesmo erro feito pelo jornalista ao calcular a suposta economia de R$ 0,50 por kg. Assim, 595 kg de sulfato de bário significariam um rendimento de 99,2%, ou seja, muito bom.Os 0,8% seriam perdas operacionais (talvez até erro da balança), de modo que todo o carbonato teria sido transformado em sulfato.

Segundo a imprensa, a síntese do sulfato de bário teria sido feita pela simples adição de ácido sulfúrico sobre o carbonato.

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