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Questão Urbana Em Natal

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Por:   •  12/6/2014  •  582 Palavras (3 Páginas)  •  261 Visualizações

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A QUESTÃO URBANA NO BRASIL

De acordo com Rolnik (2002), as raízes da Questão Urbana no Brasil, estão diretamente vinculadas ao modelo de gestão das cidades brasileiras, que, sumariamente, exclui boa parte da população do acesso a condições dignas de sobrevivência em nome do apoio ao grande capital financeiro e imobiliário.

Nesse sentido, verificamos a existência de dois espaços geográficos distinto, de acordo com os limites geográficos, mas que constituem uma mesma cidade. Ao analisarmos esses espaços, verificamos que há uma linha imaginária bastante visível entre uma pequena parcela da cidade urbanizada e uma grande área que parece desconhecer, por completo, as melhorias provenientes da urbanização.

É válido salientar que esse modelo de cidade, que podemos observar não só no Brasil, mas em todas as cidades do mundo. Evidente que, em alguns lugares de modo mais agravado que em outros, sendo fruto do capitalismo excludente que tende cada vez mais a delimitar os espaços geográficos para ricos e pobres. E é exatamente esse, o fenômeno que Rolnik (2002) denomina de “exclusão territorial”, e que pode ser compreendido como uma das formas de reprodução das desigualdades sociais geradas pelo sistema capitalista, ou seja, como uma das formas de representação da chamada questão urbana.

E não paramos por aqui, a “exclusão territorial” não tem um fim nela mesma, ela gera inúmeras outras formas de representação da questão urbana. Dentre elas podemos citar: dificuldade de acesso por parte da parcela da população que habita áreas urbanas precarisadas a trabalho, educação, lazer e cultura; intensa especulação imobiliária seguida por aumento excessivo dos preços de imóveis nas áreas que possuem infraestrutura adequada; construção de moradias nas chamadas áreas de risco (encostas, morros, etc); engarrafamentos, resultado da intensificação do tráfego de veículos e pessoas entre a periferia e o centro das cidades, fruto da concentração de oportunidades na parcela da cidade dotada de infraestrutura adequada; dentre outros fatores.

Ainda de acordo com a mesma autora, a precária infraestrutura que podemos observar nas áreas periféricas das cidades é fruto de “um modo de funcionamento da cidade como um todo”. Além do mais, em um país, historicamente, marcado pelo clientelismo, pelo paternalismo e pela cultura do favor, nada mais adequado que perpetuar essa lógica de cidade, visto que, em período eleitoral, a promoção de obras de infraestrutura, que deveriam ser um direito do povo, pode, de forma bastante eficiente, funcionar como moeda de troca pelo voto dessa parcela da população, que vale destacar, é maioria.

Na perspectiva da exclusão territorial, ressaltamos que não há neutralidade na ocupação espacial, e a partir disso ocorrem os conflitos urbanos que evidenciam a construção desigual das cidades. É comum pensar esses conflitos relacionados sumariamente a luta por moradia. Entretanto, as estratégias e as motivações de lutas são muitas, desde a utilização do “diálogos” ou mesmo da resistência.

Por exemplo, o movimento da população de determinadas áreas, possui o intuito de angariar a regularização fundiária ou não permitir remoções provenientes de obras de urbanização, como é caso das obras de mobilidade nas cidades que sediarão a Copa

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