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Questões éticas na sociedade brasileira

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Por:   •  14/8/2014  •  Artigo  •  1.235 Palavras (5 Páginas)  •  256 Visualizações

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Lendo os textos propostos, primeiramente, irei trazer a minha contextualização de “ética”, considero a ética como juízos de apreciação referentes à conduta humana qualificada do ponto de vista do bem e do mal ou do que é certo e errado. Esta concepção está ligada às ideias socráticas para a ética, pois para esta escola filosófica a ética consiste em fazer o bem, o que torna o homem dono de si, livre, e consequentemente, feliz.

Considerando esta ideia de ética e comparando com o cenário atual do Brasil, é possível dizer que é quase impossível de harmonizar a ética com a máquina pública, pois o Brasil (Estado) tende a enxertar a ideia de que a ética se dá através de normas, Leis e procedimentos administrativos para cercear atitudes que ferem as políticas do Estado, e por fim, envergonham a imagem da administração pública; na verdade os esforços deveriam ser voltados para a formação ética e administrativa dos nossos gestores e legisladores (pessoas que fazem a máquina pública rodar). Essa concepção de aproveitamento (podemos até chamar de jeitinho brasileiro) está arraigada de tal forma no povo brasileiro que em primeiro lugar o agente público pensa em seus benefícios ou de parente e amigos, enriquecimento, do que trabalharem de forma correta em prol de um benefício mútuo para a sociedade, sem dizer, que no mínimo aqueles que o fazem são ridicularizados e taxados “antiquadros”, portanto o que o Estado deveria fazer era criar mecanismos de reeducarem as pessoas para representarem e trabalharem para a Administração Pública e pararem de criar tantos mecanismos e normas de coibição legal, que no fim funcionam como um escudo para os agentes públicos corruptos.

Primeiramente vimos a relação da ética na Administração Pública, agora veremos outro ponto importante, que é como o Estado implanta suas normas e ações (reformas de Estado) na sociedade e como esta responde e age. Não se pode pensar a sociedade contemporânea sem a presença do Estado, de uma forma ou de outra, sempre agiu segundo determinados interesses de grupos. O poder público de uma forma ou de outra garante aos seus membros instrumentos razoáveis à criação de condições satisfatórias à implementação de políticas públicas no tratamento de diferenças diversas, então se o Estado garantiu o capitalismo enquanto modo de produção, dando-lhe plena legitimidade de atuação, não é com a ausência do Estado que os problemas econômicos atuais serão resolvidos a contento; ao contrário, ainda cabe ao Estado a função de organizar o debate quanto à sua própria reforma. Pensando ainda sobre o Estado, este não é outra coisa senão um conjunto de disposições onde deve-se levar em conta as expectativas dos cidadãos. Qualquer reforma que vise alterar a configuração das instituições públicas só terá validade se ampliar e incluir em seu interior a cidadania. O Estado nunca se preocupou na harmonização das Leis, diretrizes e normativas voltadas para a sociedade brasileira e tratamento diferenciado das culturas inseridas nesta. Retrata-se ainda a cena do Estado sempre estar em conflito com a sociedade, pois o Estado cria e impõe suas Leis (que as considera infalíveis e desprovidas de erros) através do governo à sociedade, para que esta siga este conjunto de normas, mesmo que estas mesmas normas não atendam sua realidade cotidiana, o governo por sua vez, despreza e considera despreparada a expressividade coletiva da sociedade, chegando assim a conclusão de que não precisa ouvir o povo e toma todas as decisões que nortearão a vida da população. Roberto da Malta ainda reforça que o Estado muito se preocupou em conseguir o aperfeiçoamento das coisas públicas, técnicas para geri-la e promulgação de Leis perfeitas (que parece nos elevar de país de 3º mundo para um de 1º mundo apenas ao lermos-nas), porém o que o Estado esquece é de preparar e adaptar a população para acompanhar tal ampliação e modernização.

No Brasil, o tema da reforma do Estado está presente desde o advento da Nova República a partir de 1985, sobretudo nos anos de 1990, sem com isso efetivar-se uma verdadeira reforma que melhorasse as instituições públicas. O que se vê no caso brasileiro é o debate estrutural sucumbir diante de questões meramente de ordem conjuntural; o essencial deixa de ser discutido em favor de programas de estabilização econômica e distribuição de recursos. Ao que parece, a discussão sobre a reforma do Estado brasileiro não se transformou em realidade, talvez devido ao fato de que, o que se pretendia era tão somente uma reforma administrativa visando à privatização de estatais com grande potencial econômico-financeiro.

Considerando

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