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REVOLTA DE ATLAS RESUMO PARTE PRINCIPAL

Por:   •  31/1/2022  •  Artigo  •  40.107 Palavras (161 Páginas)  •  179 Visualizações

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RESENHA DO LIVRO “A REVOLTA DE ATLAS” DE AYN RAND

PRINCIPAIS FRAGMENTOS DO LIVRO

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ELABORADO POR: TIAGO LUIZ SOARES | TIAGOLUIZSOARES@GMAIL.COM

A Revolta de Atlas

RESENHA DO LIVRO “A REVOLTA DE ATLAS” DE AYN RAND

  1.  WHO IS JOHN GALT? (QUEM É JOHN GALT?)

Uma verdadeira bíblia, em todos os sentidos: tanto em seu tamanho com mais de mil e duzentas páginas, como em seu conteúdo moral e filosófico. O livro da escritora Ayn Rand foi escrito ainda na década de cinquenta, todavia, seu conteúdo nunca foi tão atual. Um romance filosófico-científico-ficcional onde a autora usa uma grande quantidade de personagens e situações para representar os princípios morais da sociedade. A descrição detalhista dos cenários e os extensos diálogos e discursos contribuem para o volume da obra.

Um verdadeiro Tratado da filosofia no qual contrapõe a tudo e a todos. Um livro político e filosófico em sua essência que quando analisado sob certos pontos de vista, como, pelos esquerdistas, ele pode é pró-capitalismo, polos de direita, ele pode ser pró-racionalismo, e pelos de centro, ele parece defender ideias que se contrapõe a milênios de filosofia. Um livro que realmente critica a sociedade em sua essência, e bate corajosamente de frente com o senso comum. Creio ser a maior obra de literatura do século XX, fornecendo há mais de 50 anos uma explicação de como o mundo funciona, do porquê se encontra na situação calamitosa em que está e oferece soluções para o problema. O mais incrível é o detalhamento que o livro faz de onde nos encontraríamos hoje, em termos políticos, econômicos e sociais, sendo que foi escrito a cinquenta anos atrás.

A revolta de Atlas é um romance escrito para projetar a filosofia da autora Ayn Rand: o Objetivismo, que defende a razão, o capitalismo, os direitos individuais, a liberdade, entre outros. A expressão "Quem é John Galt?", que inicia o livro, torna-se uma expressão de impotência e desespero com o estado atual do mundo ficcional do romance. Inicialmente acha-se que é uma pessoa, um revolucionário, ou terrorista. Então acha-se que é uma expressão para designar liberdade, razão, lógica racional, mas por fim, nas últimas trezentas páginas descobrimos que trata-se sim de uma pessoa.

A protagonista principal é Dagny Taggart, uma engenheira brilhante e herdeira da Ferrovia Transcontinental Taggart. O livro acompanha sua luta contra o governo que começa a interferir na economia eventualmente dominando-a alegando ser para um bem de todos, o princípio da O princípio da socialidade que reflete a prevalência dos valores coletivos sobre os individuais. Antes de encontrar o verdadeiro John Galt, Dagny Taggart ouve diversas lendas a respeito dele. Em uma delas, Galt procura a ilha perdida de Atlântida. Numa outra ele descobre a Fonte da Juventude. Depois de se juntar à causa, ela descobre que as histórias tinha um pouco de verdade.

John Galt, por fim, descobre-se que é um filósofo, um gênio e inventor que acredita no poder e na glória da mente humana e no direito do indivíduo usá-la a seu favor. Ele é o contraponto individualista à estrutura coletivista social e econômica atual. A sociedade retratada no livro é extremamente parecida com a atual situação do Brasil, com seu exagero de assistencialismo desenfreado, corrupto, burocrático e opressor e uma cultura que apoia a mediocridade sob o nome de igualitarismo, que o romance interpreta como o resultado do ideal socialista.

O livro consegue descrever racionalmente as relações humanas, sejam elas de trabalho, amizade e amor e sexo. A Teoria de Sexo apresentada é particularmente espetacular, onde o sexo é tanto a maior celebração da vida humana, quando feito entre aqueles que se respeitam intelectualmente, quanto o mais baixo suicídio, quando feito por outras razões.

Resumidamente, o livro descreve o que acontece quando aqueles que (como Atlas) sustentam o mundo nas costas resolvem “dar de ombros” (Shrugged), deixando para os políticos, influentes, corruptos e incompetentes, as decisões a serem tomadas.  Uma verdadeira “greve” de pessoas que realmente fazem as coisas acontecerem. O romance mostra o desaparecimento destas pessoas, abandonando suas empresas nas mãos de reguladores e controladores estatais. Grandes filósofos, cientistas e artistas também desaparecem, abandonando seus empreendimentos. O lado otimista da história é que o Estado pode confiscar empresas e outros empreendimentos, mas não consegue obrigar empresários e outros empreendedores a lhe arrendar suas mentes, sua criatividade, sua competência, seu trabalho. O Estado, portanto, que fique com os empreendimentos, decidem seus proprietários na história. Mas eles não colocam mais suas mentes a serviço da sustentação de um mundo onde esse tipo de confisco pode acontecer. Assim o mundo literalmente desmorona. Ao final da história, quando as luzes se apagam, simbolizando a derrocada que lhe sobrevém quando Atlas deixa de sustentá-lo, a porta está aberta para a construção de um mundo novo: a greve termina e Atlas está pronto para reassumir seu lugar.

  1. PRINCIPAIS FRAGMENTOS DO LIVRO

  1. DISCURSO DO DINHEIRO (P. 448)

“À margem do grupo, despercebido, Rearden ouviu uma mulher com grandes brincos de brilhantes e um rosto flácido e tenso perguntar nervosamente:

– Sr. D’Anconia, o que acha que vai acontecer com o mundo?

– Exatamente o que ele merece.

– Ah, mas como o senhor é cruel!

– A senhora não acredita na lei moral, madame? – perguntou Francisco, muito sério. – Eu acredito.

Rearden ouviu Bertram Scudder, que estava fora do grupo, dizer a uma moça que emitira algum som que traduzia indignação:

– Não se incomode com ele. Sabe, o dinheiro é a origem de todo o mal, e ele é um produto típico do dinheiro.

Rearden achou que Francisco não deveria ter ouvido o comentário, porém o viu se virar para eles com um sorriso muito cortês:

– Então o senhor acha que o dinheiro é a origem de todo o mal? O senhor já se perguntou qual é a origem do dinheiro? Ele é um instrumento de troca, que só pode existir quando há bens produzidos e homens capazes de produzi-los.

– O dinheiro é a forma material do princípio de que os homens que querem negociar uns com os outros precisam trocar um valor por outro.  O dinheiro não é o instrumento dos pidões, que recorrem às lágrimas para pedir produtos, nem dos saqueadores, que os levam à força. O dinheiro só se torna possível por intermédio dos homens que produzem. É isso que o senhor considera mau?

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