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Rede de Atenção Psicossocial: Qual o lugar da saúde mental?

Por:   •  6/3/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.033 Palavras (5 Páginas)  •  687 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

Curso: Saúde Mental e Atenção Psicossocial

Disciplina: Clinica da Atenção Psicossocial

Aluna: Cândida Regina Diniz Trindade

1. INDICAÇÃO BIBLIOGRÁFICA

Rede de Atenção Psicossocial: qual o lugar da saúde mental?  Disponível em:  Acesso em 05 de Março de 2017.

2. RESUMO:

A efetivação da rede de atenção em saúde mental faz-se necessária para a implantação de ações que proporcionem a constituição da teia que promove vínculos psicossociais e qualidade de vida dos indivíduos que possuam transtornos psíquicos. Desenvolver um ensaio teórico sobre a Reforma Psiquiátrica brasileira, a legislação em Saúde Mental no Brasil e os serviços regulamentados por esta, bem como a importância da estruturação da rede de atenção em saúde mental, enfatizando a inter-relação entre os serviços especializados de atenção em saúde mental e o papel da atenção básica em saúde na construção desta rede. A busca teórica proporcionou a necessidade de um olhar ampliado para a saúde mental, compreendendo o sofrimento psíquico, acolhendo o usuário e promovendo seu melhor encaminhamento, reconhecendo o papel que o seu território possui nesse processo, norteando uma relação importante e estratégica na articulação da rede de atenção em saúde. Assim, faz-se necessário promover a integração e interação entre os setores e atores envolvidos na rede de atenção em saúde mental e na atenção básica, envolvendo serviços de saúde, gestão e participação social, tanto no cumprimento do cuidado e atenção em saúde mental, como na produção e regularização da rede de serviços de saúde.

3. CITAÇÕES

No entanto, essas ações foram implementadas por procedimentos normativos, que tentam organizar o fluxo das pessoas via sistema, ocasionando um enrijecimento da atenção à saúde, ao se estruturar com base em um modelo piramidal de assistência (MATTOS, 2007).

No apoio matricial em saúde mental, há a configuração da construção de um projeto terapêutico amplo, onde a equipe de referência não apenas está envolvida no caso, mas articula outros atores para a condução deste (CAMPOS, 1999).

4. INTRODUÇÃO:

A Reforma Psiquiátrica tem construído importantes ações e intervenções que vêm consolidando a produção de uma clínica ampliada em saúde mental. Tem como ênfase principal a desinstitucionalização, com a consequente desconstrução do manicômio e dos paradigmas que o sustentam. A substituição progressiva dos manicômios por outras práticas terapêuticas, bem como a cidadania do usuário com transtorno psíquico vem sendo objeto de discussão não só entre os profissionais de saúde, mas também em toda a sociedade. Exige-se, cada vez mais, a produção de novos modos de cuidado em saúde mental que operem na produção de subjetividade e provoquem novos modos de existência, atuando na desconstrução de estigmas acerca da saúde/doença psíquica no âmbito coletivo. A estruturação da rede de atenção em saúde mental é fundamental no processo de inclusão do usuário e consequente alcance do objetivo norteador da Reforma Psiquiátrica: o resgate da cidadania do indivíduo com transtorno psíquico. Assim, percebe-se a importância da organização e da articulação da rede de atenção em saúde mental, promovendo a vida comunitária e autonomia dos usuários dos serviços de saúde mental, incluindo os indivíduos a partir do seu território e subjetividade. A atenção básica tem papel destaque no cuidado, pois a partir das diretrizes mundiais em saúde, foi preconizada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), ressaltando a importância da dos profissionais que atuam na atenção primária participarem do processo de reabilitação em saúde mental.

5. COMENTÁRIOS:

A Reforma Psiquiátrica teve sua origem próxima à década de 1980. Assim como no contexto mundial, no Brasil novas experiências quanto às abordagens terapêuticas de assistência psiquiátrica referentes à loucura estavam sendo vivenciadas. A ênfase deste movimento inovador baseava-se na reivindicação da cidadania dos portadores de transtorno psíquico, e na proposta de oferecer a estas pessoas em sofrimento uma atenção em saúde mental humanizada, criticando a institucionalização manicomial. A loucura vista como diferença lhe remete à exclusão e ao condicionamento da necessidade de se regrar o indivíduo, incapacitando-o enquanto não restaura a sua razão. Um entendimento diferenciado e inovador propôs-se perceber o indivíduo em seu aspecto integral, contemplando sua globalidade e contexto, como família e a comunidade na qual está inserido. Também durante a década de 1980, a necessidade de elaboração de propostas alternativas referentes ao sistema nacional de saúde culminou no movimento de Reforma Sanitária. Sua mobilização enfocou o debate, principalmente, quanto à união de instituições e serviços de saúde em um único Ministério da Saúde, à descentralização e regionalização dos serviços de saúde, à atenção primária em saúde e o controle social efetivando sua participação na construção das políticas públicas de saúde no Brasil. O CAPS visa proporcionar atendimentos individuais, em grupos e oficinas terapêuticas, atendimentos familiares, atividades comunitárias, culturais, expressivas, esportivas, de alfabetização e geração de renda, assembléias de familiares, grupos de convivência, entre outras atividades que promovam integração e interação social. Quanto ao trabalho da equipe, este deve ser multidisciplinar, de caráter interdisciplinar, que promova trocas importantes necessárias ao melhor plano terapêutico e reabilitação psicossocial estabelecido para cada usuário. Devem possuir um ambiente acolhedor e terapêutico, incluindo pessoas em situação de crise, que se apresentem muito desestruturadas, na medida em que lhes possa oferecer assistência. O sucesso do acolhimento da crise é essencial para o cumprimento dos objetivos de um CAPS, atendendo aos transtornos psíquicos graves e evitando as internações hospitalares. Nessa abordagem, percebe-se a relevância da interação da equipe de saúde com o usuário, sendo uma parte da estratégia de intervenção desenvolver uma atitude solidária e acolhedora. Respeitar o usuário frente à sua individualidade e à sua universalidade, ou seja, sua integralidade, mantendo com o usuário uma relação de troca, onde este se sinta aceito, reconhecido como sujeito, para que possa confiar na pessoa que o atende, na equipe e no serviço, vem a ser uma proposta a ser preconizada. Essa atitude deve ser uma característica básica não apenas no momento da entrevista, mas em cada momento do relacionamento entre o serviço de atenção (atenção básica, hospital, centro de atenção psicossocial, etc.) e o usuário.

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