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Relatório De Visita

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Por:   •  17/11/2013  •  3.908 Palavras (16 Páginas)  •  310 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho composto por visita técnica e relatório de visita tem como objetivo proporcionar aos estudantes de 2013.1 do curso de Serviço Social, a oportunidade de conhecerem uma determinada área de atuação do/a profissional assistente social.

A entrevista ocorreu na Unidade de Acolhimento CEO (Centro de Estudos e Observações) que foi realizada no dia 17 de Setembro de 2013 às 14:40 horas. A Unidade está atualmente localizada na Avenida Maranhão, número 1042 anexo à Sede do Centro de Apoio ao Migrante no Bairro Dezoito do Forte. Teve como entrevistada a Assistente Social Elaine Virginia Silva Gomes a qual exerce o cargo na Instituição desde Janeiro de 2013.

A entrevista traz questões relacionadas à Instituição, sua estrutura física, reformas e capacidade limite; a equipe técnica, como ela desenvolve o seu trabalho e suas dificuldades; a forma como os jovens são trabalhados, as atividades exercidas por eles dentro e fora da Instituição; as políticas e projetos trabalhados tanto com os jovens como também com suas famílias; dentre outros pontos.

A Instituição é uma Casa Lar que trabalha com a proteção social especial de alta complexidade com crianças e adolescentes do sexo masculino dos sete aos dezoito anos. Os casos que geralmente surgem são de crianças e adolescentes que sofrem maus tratos, violência física ou psíquica, abusos sexuais, má relação com a família, uso abusivo de drogas, abandono dos pais ou do lar por parte do jovem, entre outros casos.

“[...] o espaço da Casa Lar deve constituir-se em ambiente de maior estabilidade, evitando o ingresso e saída constante de crianças, de modo a proporcionar a estabilidade necessária ao ambiente caracterizado como doméstico.” (Disponível em: <http://lproweb.procempa.com.br/pmpa/prefpoa/fasc/usu_doc/projetocasalarfinal.pdf> Acesso em: 21 de set. de 2013, 18:42)

A Casa Lar não deve ter fachada, pois, como se trata de crianças e adolescentes que muitas vezes são retirados de seus lares, da sua família; devem apresentar rotina e características de uma unidade familiar.

2 ROTEIRO DE ENTREVISTA

Indagada sobre questões relacionadas à Instituição, equipe técnica, estrutura, métodos, projetos e os jovens presentes; a profissional foi bastante clara e objetiva em suas respostas e assim declarou: “Primeiramente”, a equipe técnica é composta por: um Assistente Social, um psicólogo, um pedagogo, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem, uma coordenadora (é também assistente social), dois recreadores, dois técnicos administrativos, um oficineiro, dois estagiários de educação física, uma estagiária de serviço social, uma estagiária de psicologia, uma estagiária de letras, uma estagiária de pedagogia, dois funcionários da copa que (servem os alimentos), cinco funcionários de serviços gerais, quatro instrutores que trabalham por dois plantões durante o dia e dois durante a noite e os vigias que são terceirizados.

Quanto à capacidade de crianças acolhidas: “O limite de crianças e/ou adolescentes é determinado pela Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais. A quantidade de acolhidos é determinada pela quantidade de profissionais, e tem como finalidade individualizar o acompanhamento, a CEO (Centro de Estudos e Observações) atende um numero de até vinte crianças e/ou adolescentes, embora algumas vezes ultrapassem esse limite, por conta da demanda.”

A Assistente entrevistada trabalha com a medida protetiva desde 2010 pelotada na Unidade de Acolhimento Sorriso que atendia a crianças de zero a seis anos. Em novembro de 2012 atendendo um reordenamento institucional o Sorriso foi municipalizado, a prefeitura de Aracaju assumiu e a equipe técnica do Sorriso foi transferida e a assistente social Elaine Virgínia Silva Gomes passou a fazer parte da equipe do CEO no dia 07 de Janeiro de 2013.

Ainda sobre o CEO ela diz: “Essa instituição (CEO) trabalha com a reinserção de crianças e adolescentes, articulação com serviços da rede e com sistema de garantia de direitos. Os instrumentais adotados no processo de intervenção são: a entrevista, a escuta individual ou grupal, a visita domiciliar, a observação, construção de relatórios sociais, de laudos e pareceres, entre outros. Os trabalhos na instituição são feitos de forma interdisciplinar e geralmente os atendimentos e as visitas domiciliares institucionais são feitos de forma conjunta. A relação de trabalho com a instituição, os outros profissionais e os usuários ocorre de maneira interdisciplinar e não multiprofissional. Trabalham com atendimento aos adolescentes acolhidos e seus familiares. Com o auxílio da pedagoga, o trabalho é todo articulado. O adolescente ao chegar à instituição faz com que o assistente e sua equipe tenham um prazo de dez dias (no caso de não haver documentação) para encaminhar ao judiciário o PIA (Plano Individual de Atendimento), onde constam seus dados pessoais, histórico familiar e os dados de acolhimento traçando metas para a sua reinserção. O PIA é preenchido pelas diversas categorias profissionais, por isso, o trabalho é articulado com psicólogos, pedagogos, enfermeiros e assistentes sociais; traçando metas e articulando juntamente com as famílias para uma melhor compreensão de quais são as possibilidades e os limites que a família possui. Quando o adolescente é encaminhado à Instituição com o estudo guia de acolhimento institucional do juizado, a equipe tem o prazo de 30 dias pra encaminhar o Plano Individual de Atendimento do adolescente. O estudo guia é dividido em: responsável legal (o guardião), o coordenador, equipe de referência (assistente social, psicólogo, coordenador, enfermeiro); os dados de identificação da criança/adolescente, tipo de moradia, educacional, histórico da composição familiar (vinculação social, econômica e comunitária; os recursos que a família acessa de forma mais tranquila ou não). As propostas de metas para a reinserção com a temporalidade e as observações, têm os seguintes procedimentos são: as visitas, os contatos, as articulações, esse primeiro momento é mais ligado a família e a comunidade. E o segundo é em relação ao adolescente, a demanda educacional, profissionalização, demanda de saúde, documentação e a parte de atividades externas, de cultura e de lazer. A cada 60 dias há uma reavaliação do que foi pactuado apontando os avanços e os limites. Nos limites são traçadas novas estratégias para a obtenção de resultados.”

Quanto aos serviços oferecidos, ela diz: “Os serviços oferecidos ao público alvo são: grupos de acolhimento, acompanhamentos

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