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Resenha Cap. 8 O Capital Karl Marx

Por:   •  12/5/2019  •  Resenha  •  1.570 Palavras (7 Páginas)  •  877 Visualizações

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Economia Política

Resenha: Capítulo 8, Itens 1 ao 6 do Livro O Capital – Karl Marx

O Capítulo 8, tem como título “A Jornada de Trabalho’’, trata-se de um capítulo bastante concreto onde Marx, analisa documentos e relatos sobre as condições de trabalho principalmente na Inglaterra.

1.    Os Limites Da Jornada De Trabalho

Nesse item, Marx trata sobre quais seriam os limites da jornada de trabalho, para isso ele define a força de trabalho como sendo uma mercadoria negociada, na venda da mão-de-obra, o valor é em cima do trabalho necessário, sendo o valor medido pela necessária vitalidade do trabalhador. A grandeza total da jornada de trabalho é medida tanto pelo “necessário”, quanto pela variação do mais-trabalho.

O limite mínimo da jornada de trabalho seria as horas necessárias para que o trabalhador produzisse o equivalente a sua subsistência, dentro de uma lógica capitalista, isso não deve ocorrer; o limite máximo esbarra nas necessidades físicas e sociais do trabalhador.

O capitalista compra a força de trabalho e com ela busca a essência do capital: aumentar o valor do capital.  “O tempo durante o qual o trabalhador trabalha é o tempo durante o qual o capitalista consome a força de trabalho que comprou. Se o trabalhador consome seu tempo disponível para si, então rouba ao capitalista”.

O capitalista, uma vez que comprou a força de trabalho e agora ela lhe pertence, procurar tirar dela o maior proveito de seu valor de uso possível, até mesmo transformar uma jornada de trabalho em duas.

O vendedor da mercadoria “força de trabalho”, encontra-se no direito de negociar o valor de seu produto, por outro lado, o comprador (o capitalista) vê-se no direito de fazer o que bem entende com a mercadoria que acaba de comprar. “E assim a regulamentação da jornada de trabalho apresenta-se na história da produção capitalista como uma luta ao redor dos limites da jornada de trabalho, uma luta entre o capitalista coletivo, isto é, a classe dos capitalistas, e o trabalhador coletivo, ou a classe trabalhadora”.

2.    A Avidez Por Mais-Trabalho. Fabricante E Boiardo

Marx inicia o item dois levantando uma polêmica questão: “Sociedade não comerciais (propriedades familiares; comunidades indígenas) historicamente trabalhavam bem menos horas. Mesmo sociedades antigas escravagistas ou feudais trabalhavam menos que sociedades capitalistas contemporâneas”.

O mais trabalho sempre existiu, “E assim a regulamentação da jornada de trabalho apresenta-se na história da produção capitalista como uma luta ao redor dos limites da jornada de trabalho, uma luta entre o capitalista coletivo, isto é, a classe dos capitalistas, e o trabalhador coletivo, ou a classe trabalhadora”.

Trabalho necessário VS trabalho excedente: No primeiro conceito trata-se do tempo “necessário” a subsistência da força de trabalho, porém a produção para o capitalista caminha lado a lado (são processos de produção simultâneos); no segundo caso, o tempo é inteiramente dedicado a produção de mais-valia, trata-se do período após o "trabalho necessário" (sucessão).

O trabalho excedente é elástico; um ano de trabalho, 12 meses, pode virar 13, através de “furtos” de tempo de trabalho.

As legislações legitimam o mais-trabalho, porém não o sobre trabalho. Mesmo sendo legalmente incorreto, o lucro a partir daí é tão grande, que caso seja pego e tenha que pagar multa, ainda assim o capitalista obtém lucro.

A esses  “pequenos furtos” pelo capital do tempo das refeições e do tempo de descanso dos trabalhadores chamam os inspetores também de  “petty pilferings of minutes”, pequenas furtadelas de minutos, “snatching a few minutes”, escamotear minutos, 375 ou, como os trabalhadores os denominam tecnicamente, “nibbling and cribbling at meal times”.

3.    Ramos da Indústria Inglesa Sem Limite Legal da Exploração

Esta seção do capítulo narra sobre as péssimas condições de trabalho as quais os trabalhadores eram submetidos, sobretudo na Inglaterra. Compõe essas condições desumanas de trabalho as longas horas de trabalho (muitas das vezes sem pausa para as refeições), falta de tempo para descanso (tanto físico quando psicológico), insalubridade no local de trabalho, etc. O objetivo do capitalista, é ter a produção parada o mínimo de tempo possível, argumentando que poderia ter prejuízo caso suas maquinas ficassem sem produzir por alguns instantes (sobre trabalho). São expostos relatos sobre algumas fabricas/manufaturas.

4.    Trabalho Diurno E Noturno. O Sistema De Revezamento

Só o mais trabalho e o sobretrabalho não são suficientes, a produção não pode parar, usa-se o sistema de dois turnos (diurno e noturno). Revezamento do turno da jornada; uso exacerbado da mão-de-obra de jovens; anti-regulamentação do trabalho noturno.

Usar adultos no turno da noite seria um aumento de custo para o capitalista, isso ele considera um absurdo, sendo que o trabalho do adulto em momento nenhum traz mais lucro, apenas custa mais caro. Os jovens deveriam trabalhar durante a noite para aprender melhor os ofícios, tendo em vista que durante o dia não seria possível.

5. A Luta Pela Jornada Normal De Trabalho. Leis Que Prolongam Compulsoriamente A Jornada De Trabalho

Desde o fim da Idade Média até o período da revolução industrial, a jornada de trabalho aumentou bastante. Para combater as leis e os regulamentos medievais que restringiam a jornada de trabalho, foram introduzidas leis que ampliavam a jornada.

O que é uma jornada de trabalho? Durante quanto tempo é permitido ao capital consumir a força de trabalho cujo valor diário paga? Por quanto tempo se pode prolongar a jornada de trabalho além do tempo necessário para reproduzir a própria força de trabalho?

O dia de trabalho compreende todas às 24 horas, descontadas as poucas horas de pausa sem as quais a força de trabalho fica impossibilitada de realizar novamente sua tarefa.

Não é a conservação normal da força de trabalho que determina o limite da jornada de trabalho; ao contrário, é o maior dispêndio possível diário da força de trabalho, por mais prejudicial, violento e doloroso que seja que determina o limite do tempo de descanso do trabalhador. A produção capitalista, que essencialmente é produção de mais-valia, absorção de trabalho excedente, ao prolongar o dia de trabalho, não causa apenas a atrofia da força humana de trabalho, à qual rouba suas condições normais, morais e físicas de atividade e desenvolvimento. Ela ocasiona o esgotamento prematuro e a morte da própria força de trabalho.

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