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Resenhas De Karl Marx

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Por:   •  5/5/2014  •  1.334 Palavras (6 Páginas)  •  684 Visualizações

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 RESENHAS DE KARL MARX

Expresso pela teoria do materialismo histórico, originando a corrente de pensamento mais revolucionária tanto do ponto de vista teórico como da prática social. É também um dos pensamentos mais difícies de se compreender, explicar ou sintetizar. Com o objetivo de entender o sistema capitalista e modifica-lo, Marx escreveu sobre filosofia, economia e sociologia. Ele produziu muito, suas ideias se desdobraram em várias vertentes e foram incorporadas por diferentes estudiosos. Sua intenção, porém, era apenas contribuir para o desenvolvimento da ciência, mas propor uma ampla transformação política, econômica e social. Marx não escreveu particularmente para os acadêmicos e cientistas, mas para todos homens que quisessem assumir a sua vocação revolucionária. Sua obra máxima, O capital, destinava-se a todos os homens, não apenas aos estudiosos da economia, da política e da sociedade. Este é um aspecto singular da teoria marxista. Há um alcance mais amplo nas suas formulações, que adquiriram dimensões de ideal revolucionário e ação política efetiva.

Marx, acima de tudo, definia-se como um militante da causa socialista, por isso suas ideias não se limitaram ao campo teórico e cientifico, mas foram defendidas com luta como princípios norteadores para o desenvolvimento de uma nova sociedade em diferentes campos e batalhas, nos quais se confrontaram diversos grupos sociais desde o século XIX, quando o marxismo se organiza com corrente política.

Marx foi especialmente sensível às dificuldades que a Europa enfrentava numa época de pleno contraditório desenvolvimento do capitalismo: ao mesmo tempo que crescia, tornava mais agudos seus conflitos e dimensões. As contradições básicas da sociedade capitalista e as possibilidades de superação apontadas pela sua obra não puderam, pois, permanecer ignoradas pela sociologia, pelos cientistas sociais em geral nem pelo cidadão comum, submetido à ordem social que ele procurou interpretar e criticar. Diferentes modelos de administração pública, de organização partidária, de ação revolucionária e de exercício do poder reconheceram em Karl Marx, nos últimos duzentos anos, sua inspiração.

O seu pensamento foi sintetizador de diferentes preocupações filosóficas, políticas e cientificas de sua época, assim como herdeiro de fundamentos formulados por outros pensadores. Hegel entendia a história como um processo coeso que envolvia diversas instâncias da sociedade – da religião à economia – tese e íntese.

Marx admirava o pioneirismo de alguns críticos da sociedade burguesa e suas propostas de transformações social, apesar e julgá-las “utópicas”, ou seja, idealistas e irreais. Esses autores, influenciados por Rousseau – que atribuíra a origem das desigualdades sociais ao advento da propriedade privada - propunham transformar radicalmente a sociedade, implantando uma ordem social justa e igualitária, da qual seriam eliminados o individualismo, a competição e a propriedade privada. Os métodos para isso variavam do uso maciço da propaganda até a realização de experiências-modelo, que deveriam servir de guia para o restante da sociedade. Entretanto, nenhum deles havia considerado seriamente a necessidade de luta política entre as classes sociais e o papel revolucionário do proletariado na implantação de uma nova ordem social. Era por esse aspecto que Marx os dominava de utópicos, em contrapartida o socialismo defendido por ele era dominado de científico.

Há ainda na obra de Marx toda a leitura crítica do pensamento clássico dos economistas ingleses, em particular Adam Smith e David Ricardo, trabalho que tomou a atenção de Marx até o final da vida e resultou na maior parte de seu esforço teórico. Finalmente, impossível não fazer referência ao seu grande interlocutor – Friedrich Engels – economista político e revolucionário alemão que trabalhou com Marx de 1844 até sua morte, sendo coofundador do socialismo científico, também conhecido por “comunismo”, doutrina que demonstrava pela análise científica e dialética da realidade social que as contradições históricas do capitalismo levariam, necessariamente, a sua superação por um regime igualitário e democrático que seria sua antítese.

 A ideia de alienação

Tem um conteúdo jurídico que designa a transferência ou venda de um bem ou direito. Mas, desde a publicação da obra de Rousseau (1712-1778), passa a predominar para o temo a ideia de privação, falta ou exclusão. Filósofos alemãs, como Hegel e Feuerbach, também uso da palavra, emprestando-lhe um sentido de desumanização e injustiça que será absor-

vido por Marx. Este faz do conceito um peça-chave de sua teoria para a compreensão da exploração econômica exercida sobre o trabalhador no capitalismo. A indústria, a propriedade privada e o assalariamento alienavam ou separavam o operário dos “meios de produção” – ferramentas, matéria-prima, terra e máquina – e do fruto de seu trabalho, que se tornaram propriedade privada do empresário capitalista.

Politicamente, também o homem se tornou alienado, pois o principio da representatividade, base do liberalismo, criou

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