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Resenha Texto Interpretação das Culturas

Por:   •  13/3/2016  •  Resenha  •  876 Palavras (4 Páginas)  •  2.723 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CURSO DE SERVIÇO SOCIAL

ANTROPOLOGIA SOCIAL

DOCENTE: FERNANDA MARCONI

DISCENTE: KAROL MELO

Resenha: GEERTZ, Clifford. O impacto do conceito de cultura sobre o conceito de homem. In: A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC, 1989.

Clifford James Geertz nasceu na Filadélfia no ano de 1926, foi Antropólogo e Professor na Universidade de Princeton, localizada nos Estados Unidos. Considerado um antropólogo muito influente, publicou aproximadamente 20 livros, foi graduando em inglês e filosofia. No ano de 2006 Geertz morreu devidas complicações de saúde.

A obra, A interpretação das culturas é formada por cinco capítulos, o capitulo a ser resenhado encontra-se na segunda parte do livro e tem o seguinte titulo: O impacto do conceito de cultura sobre o conceito de homem.

Geertz inicia o segundo capitulo citando a obra O pensamento selvagem, do antropólogo francês Lévi-Strauss nesta obra o autor observa que a explicação cientifica procura substituir complexidades pouco compreensivas por outras mais incompreensíveis ainda. Partindo dessa conclusão Geertz afirma que no que consiste ao estudo do homem deve-se substituir o simples pelo complexo, porém mantendo a sua ordem.

O pensamento iluminista sobre o conceito de homem possuía uma percepção simplista, pois seguia leis invariantes como no universo de Newton, eles acreditavam que os homens teriam características que seriam imutáveis independentes do contexto que os mesmos estivessem inseridos.

Já a antropologia moderna é convicta na ideia de que de fato não existem homens não modificados pela cultura de lugares particulares. Segundo o autor a cultura não é um adereço, ela constitui a natureza do homem, e desta forma torna-se extremamente difícil definir o que é natural do homem e o que é adquirido.

Segundo Geertz as tentativas de estudar o homem no conjunto dos seus costumes adotaram táticas que relacionavam fatores biológicos, psicológicos, sociais e culturais da vida humana. Para essas táticas o autor deu o nome de concepção “estratigráfica”. De acordo com essa concepção o homem é composto por camadas de “níveis”. Cada um deles superposto aos níveis mais inferiores e cada camada seria completa e irredutível em si mesma. Assim, retirando-se a cultura, encontraríamos as regularidades estruturais e funcionais da organização social. Excluindo-se o social, abaixo teríamos os fatores psicológicos ou necessidades básicas. E tirando os fatores psicológicos se tem os fundamentos biológicos: anatômicos, fisiológicos, neurológicos.

Entretanto para que essa concepção seja valida depende de três proposições. Primeiro que todas as culturas possuam regras universais de comportamento. Em segundo, que esses universais sejam fundamentados em processos particulares psicológicos biológicos e não associados a realidades subjacentes. E em terceiro que esses universais sejam essenciais. Entretanto o autor chega à conclusão que essas proposições são inviáveis primeiro porque não existe a possibilidade de afirmar que todas as culturas tem o casamento como máxima de reprodução por exemplo. Em segundo que é muito difícil reunir novamente a cultura, o social a psicologia e a biologia. E assim como no primeiro o casamento também inviabiliza a terceira proposição visando que para algumas culturas o casamento se quer é conhecido.

O autor sugere que substitua a concepção estratigráfica por uma sintética. Onde os fatores biológicos, psicológicos, sociológicos e culturais sejam tratados como variáveis. Para isso ele propõe duas ideias. A primeira delas é que não se deve ver a cultura como um complexo de padrões concretos de comportamento, mas como um conjunto de mecanismos de controle para governar o comportamento. A segunda ideia é que o homem é totalmente dependente desses mecanismos de controle para orientar seu comportamento. Essa ideia de cultura como mecanismo de controle se inicia com o pressuposto de que o pensamento humano é tanto social como publico.  Esses mecanismos nos são apresentados em forma de símbolos que podem ser palavras, gestos, musicas. Eles já estão na comunidade desde que o individuo nasce e continua depois que ele morre tendo sido modificado ou não.

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