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Resumo - Pedagogia Da Autonomia (Paulo Freire)

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Por:   •  5/3/2015  •  1.194 Palavras (5 Páginas)  •  21.213 Visualizações

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Resumo do livro: Pedagogia da Autonomia

A temática do livro Pedagogia da Autonomia gira em torno da questão da formação docente, ao mesmo tempo em que tece reflexões sobre a prática educativo-progressiva. Esse livro sintetiza praticamente todo o pensamento de Paulo Freire. O autor lutou pela educação por toda sua vida e isto fica bem nítido nesta obra, porque ele fala com conhecimento de causa.

O livro Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários á Prática Educativa, do professor Paulo Freire, está dividido em cinco partes, sendo que essas partes consistem em três capítulos (cada capítulo, por sua vez, possui nove subtemas), um prefácio e um espaço onde o próprio autor faz uma apresentação (primeiras palavras), uma espécie de introdução.

Capítulo 1

O primeiro capítulo desta obra, intitulado Não há docência sem discência, Freire apresenta como ideia principal a conscientização de que se pode e se deve aprender enquanto se ensina, e como argumento para tal pensamento, o autor alerta sobre a importância desse aprendizado na construção do saber, que se desenvolve ao longo do tempo. Ele vai ainda mais além, afirmando que é através desse processo de aprendizagem do docente que poderá gerar nos alunos uma curiosidade crescente, essencial para sua formação.

Neste capitulo, Freire traz alguns saberes considerados essenciais para o trabalho docente, como por exemplo, a reflexão que deve estar presente tanto na formação do profissional, quanto em sua prática educativo-crítica. A mudança na atitude de professores e alunos abre espaço para a pesquisa, outra questão imprescindível apontada por Freire.

Para Freire a união do saber popular com o saber institucional permite que os jovens insatisfeitos com o mundo em que vivem possam usar o seu inconformismo em seu favor, interagindo com este mundo, modificando-o.

Concluindo as ideias apresentadas, Freire fez uma análise para a eficácia da prática de ensino. Segundo ele, uma melhor absorção de conhecimento se faria a partir da incorporação de exemplos aos assuntos dados em sala de aula, próximos a realidade imediata dos educandos, deste modo estes alunos podem se sentir mais próximo dos conteúdos. Outro fator para o sucesso do ensino, é que todos devem rejeitar qualquer forma de discriminação, a fim de se tornarem disponíveis às novas ideias e aprender com todos que fazem parte do ambiente escolar, construindo uma identidade cultural.

Capítulo 2

No segundo capitulo desse livro, intitulado Ensinar não é transmitir conhecimento, Freire aponta como ideia principal a importância de saber o verdadeiro sentido de ensinar, que é o de criar as possibilidades para a produção e a construção do conhecimento.

Neste capitulo, o pensador mostra toda sua preocupação com o exercício do ensino e o espaço em que ele é feito. Defende a criação de algo que possibilitasse a participação dos alunos na avaliação do trabalho docente, vale dizer, acredita que dessa maneira se estaria respeitando a identidade dos estudantes. Baseando no seu trabalho humanista, pode-se afirmar que ensinar exige saberes como a humildade, a tolerância, a alegria e a esperança, qualidades que estão sempre voltadas pra melhorar a realidade. Trazendo essa humanização para a educação, Freire evita tratar a historia de forma mecânica, ou seja, de forma determinista.

Uma grande afirmação trazida por Freire é a questão do inacabamento do ser humano. Segundo ele, ao se conscientizar que é um ser inacabado, o homem fica suscetível a buscar sempre novos conhecimentos que farão parte da sua formação criadora. Exemplificando esse pensamento, o escritor utiliza-se da ideia de suporte (espaço), sendo que no momento em que o homem vai se “abastecendo” de conteúdos, ele começa a modificar o meio em que vive, pra uma melhor acomodação.

A ideia de inacabamento, trás consigo outro pensamento, o do condicionamento. Se um ser tem consciência do seu inacabamento, ele se coloca como um ser condicionado, ou seja, que está num processo permanente de busca social. Ao afirmar que o professor precisa respeitar a autonomia do educando, Freire coloca essa questão como um dever do docente. Ele ressalta como essa autonomia é fundamental para a formação dos alunos, que passam a desenvolver mais satisfatoriamente seus conhecimentos.

A autonomia dos discentes é importante, mas cabe aos mestres exercerem limites como o intuito de evitar excessos. Colocar limites aos seus alunos exige do professor um bom senso, que se desenvolverá nas relações sociais, econômicas e familiares. A ausência desse saber pode fazer com que o professor assuma um papel autoritário. O bom senso, a seu turno, promove e intensifica a curiosidade e a criticidade.

Capítulo 3

No terceiro capitulo da Pedagogia da Autonomia, chamado Ensinar não é uma especificidade humana, Freire faz uma síntese de tudo o que foi abordado anteriormente, acrescentando dois pensamentos ao seu discurso. O primeiro é a afirmação da autoridade do professor através da segurança que ele demonstra no exercício de sua profissão. Já o segundo, seriam alguns outros saberes que visam o comprometimento e a humanização das pessoas envolvidas na educação.

Falando sobre a autoridade docente, Freire afirma que precisa existir uma generosidade e uma responsabilidade da liberdade que se assume. Sendo assim, ele visa o respeito nas relações escolares, culminando na autenticidade do caráter formador das escolas; além de deixar claro que o essencial no aprendizado do conteúdo é trabalhar nos alunos o senso de responsabilidade que eles precisam desenvolver sobre suas ações.

O autor traz como saber primordial, para seus leitores, a questão do comprometimento que o professor precisa ter e a compreensão de que a educação é uma forma de intervir no mundo. Já sobre a função de intervenção que a educação possui, Paulo Freire afirmava que o docente se posicionasse contra ou a favor da ideologia, a fim de evitar o pensamento mecanicista da história. O ato de intervir no mundo exige não só do profissional, mas também dos estudantes, a conscientização para tomar decisões.

De todos os saberes abordados nessa obra, os dois últimos, mostram-se como essências, não só para a relação professor-aluno, como para as relações humanas em geral: o saber escutar e a disponibilidade para o dialogo. Freire afirma que, quem não sabe escutar corre o risco de impor suas verdades como absolutas, se fechando para novas ideias. Ele defende que o diálogo, o saber ouvir facilita a aproximação das pessoas e proporciona o desenvolvimento de forma natural, dentro do respeito e da criticidade.

Conclusão:

O livro Pedagogia da Autonomia apresenta ao leitor saberes importantes para a prática docente.

Com a leitura dessa obra, aprendi que quanto mais me aproximo dos alunos, maiores são as chances deles desenvolverem seus conhecimentos.

Outra grande lição aprendida foi a importância do ouvir. Este ato permite que o professor aprenda com seus alunos e assuma um papel de amigo e conselheiro, possibilitando aos mesmos um espaço para que eles emitam suas opiniões, construindo seu próprio aprendizado.

Paulo Freire mostra em todas as suas obras, sua preocupação com o ato de ensinar. E é através do processo de ensino e aprendizagem que o educador pode alicerçar o processo de construção da cidadania, para que estes cidadãos, futuramente, sejam sujeitos capazes de agir socialmente, com vista a solucionar problemas individuais e coletivos, interagir com seus pares e transformar a realidade social e econômica, conviver harmonicamente com culturas e saberes diferentes, preservar o meio ambiente em que vivem e manter acesa a chama de esperança de sobrevivência para toda a humanidade.

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