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Resenha Crítica De Pedagogia Da Autonomia Paulo Freire

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Por:   •  23/11/2014  •  1.140 Palavras (5 Páginas)  •  1.467 Visualizações

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RESENHA CRÍTICA DO LIVRO PEDAGOGIA DA AUTONOMIA

Paulo Freire aborda de forma simples e elucidativa, a prática educativa no cotidiano da sala de aula dentro e fora dela, devendo se levar em conta que os procedimentos abordados no livro podem e devem ser aplicados desde o Ensino Fundamental à Pós-graduação. Discorre sobre o desenvolvimento da formação docente e o que constitui o universo educacional, mantendo sempre uma visão crítica e democrática.

Na construção e troca de saberes o conflito e as tensões decorrentes das interações sociais devem ser instrumentos essenciais para a prática pedagógica desde quando a realidade do educando, o seu conhecimento prévio e de mundo,são motores móveis para a organização dos conteúdos programáticos, que por sua vez, necessitam de discussão quanto a sua importância no contexto no qual o aluno se insere e precisa dele no momento específico, dentro e fora da escola. Os conflitos servem também de provocação para que os alunos se assumam como sujeitos sócio históricos, co-condutores de sua própria formação.

As menções ao desenvolvimento afetivo entre professores e alunos, são constantes. E, fundamenta essa posição com base no equilíbrio entre a competência, a autoridade e a amorosidade. Essa trilogia vem acompanhada implicitamente de uma constante necessidade de atualização e abertura para a construção de novos paradigmas, caso haja resistência para o novo, o discurso da competência não tem significação.

Ainda faz parte do fazer pedagógico, a simplicidade que deve nortear todos os outros procedimentos do professor progressista, comprometido com a troca de saberes, assim como a alegria proporciona um estado de bem estar no decorrer do processo de educação.

O autor defende com a autonomia de educando e sugere reflexão sobre a prática educativa reflexiva, afirmando que formar é muito mais que puramente treinar o educando no desempenho de destrezas. Faz severa crítica a ideologia neoliberal e ao fatalismo que se recusa enfaticamente ao sonho. Comenta sua raiva contra as injustiças, as quais são submetidos os que consideram como esfarrapados do mundo.

A responsabilidade dos professores e dos que estão em formação é muito grande desde quando se faz necessário o processo de mudança, as lutas, a criticidade e o exercício da cidadania para a efetivação da prática docente. A ética é um ponto o qual o autor considera primordial para a construção e aquisição do conhecimento. Refere-se a ética universal do ser humano e não a ética de mercado a qual deve ser combatida e afrontada.

A reflexão crítica sobre a prática pedagógica e/ou educativa para o docente se torna de fato uma exigência da reflexão teórica e prática. Talvez por essa razão Freire se preocupa tanto com a formação dos professores e, sobretudo com a organização dos conteúdos programáticos. As suas palavras conduzem o leitor a reconhecer entre outros objetivos, a necessidade de oportunizar para o formando desde o começo de sua vida acadêmica o direito do saber, enfatizando que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar possibilidades para sua produção e construção.

No entanto, a capacidade crítica também deve ser estimulada no educando, assim como conduzir o aluno a pensar certo, se constitui numa tarefa docente. E, para tanto o conhecimento prévio do aluno deve ser levado em consideração, começando pela ética, os respeitos aos saberes construídos num processo anterior ao longo da vida social, cultural e política do alunado. Principalmente no que se refere aos alunos oriundos das classes populares, com muitas histórias para contar e que certamente servem de base para estudos sistematizados.

O sistema sobre esse prisma deve abranger de forma elementar a realidade do aluno de forma interdisciplinar e estimulativa. Pensar certo para o professor implica o respeito ao senso comum, assim com o compromisso com a consciência crítica do aluno. Ensinar efetivamente exige pesquisa, coisa esta associada intrinsecamente ao fazer didático-pedagógico; exige também rejeição a toda e qualquer forma de discriminação e respeito à autonomia e liberdade do educando e a abertura para o conhecimento de novas metodologias e teorias que venham enriquecer o ensino. Freire diz que o velho que preserva uma tradição ou marca uma presença no tempo continua novo. O autor revela ao leitor sobre o seu posicionamento perante a educação neoliberal,

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