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SELL, Carlos Eduardo. Sociologia clássica: Marx, Durkheim e Weber

Por:   •  4/7/2017  •  Resenha  •  1.451 Palavras (6 Páginas)  •  1.238 Visualizações

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Universidade Federal do Maranhão

Centro de Ciências Humanas

Curso de Ciências Sociais

Disciplina: Sociologia I

Docente: Aguinaldo Pereira

Discente: Flávia Ferreira do Nascimento

SELL, Carlos Eduardo. Sociologia clássica: Marx, Durkheim e Weber, 4ª ed. – Petrópolis: Vozes, 2013. (Coleção Sociologia). (p. 37 – 144).

“O capitalismo é um sistema econômico no qual a riqueza é produzida pela exploração de uma classe social sobre outra. O conceito central que enuncia a tese da exploração é a categoria “Mais-Valia”. O capitalismo é um sistema econômico na qual o conjunto dos indivíduos e da sociedade passa a ser determinado pelo poder impessoal do dinheiro (capital) e da própria esfera econômica que foge do controle social. O conceito central que enuncia a tese da alienação é a categoria “Fetichismo da Mercadoria”.”

Karl Marx foi um dos poucos que mais se aprofundou no que diz respeito aos estudos das nuances econômicas e o que mais foi contrário aos ideais capitalistas que em sua visão era um mercado de relações de exploração e alienação. Marx fazia críticas incisivas e conscientes sobre o modo de produção dominante a fim de buscar entender todo este processo de dominação, tal pensamento obteve grande importância para o desenvolvimento da sociologia, tanto que fora incluído entre os “clássicos” da sociologia e, portanto, considerado “precursor” ou até mesmo “fundador” do pensamento sociológico.

Por ter uma visão sempre política, o que gerou uma série de críticas provocando muitas polêmicas assim como mudanças de países e depois de vários fracassos enquanto filósofo, onde teve contato com o pensamento de Hegel e principalmente de Friedrich Engels (1820-1895), publicou em 1848 O Partido Comunista e depois de algumas participações em alguns movimentos importantes, porém, fracassados, interrompe em parte suas atividades políticas, iniciando um profundo estudo sobre o modo de produção capitalista, cujo maior resultado é a obra O Capital de 1867.

Marx produziu uma vasta obra e tratou de assuntos mais variados sobre vários aspectos da sociedade incluindo filosofia, política, economia, história, entre outros, e dividindo seus pensamentos em duas fases: o jovem Marx (filósofo) que para Louis Althusser, a primeira fase ainda é “pré-marxistas”, pois o mesmo ainda não tinha um núcleo básico de seu pensamento onde apenas em 1845 acontece uma “ruptura epistemológica” estabelecendo uma visão científica da sociedade fundada na análise do capitalismo e o Marx maduro (economista). Para outros autores como Henri Lefèbvre (1905-1991) e Georg Lukás (1885-1971), contrários a esse pensamento “positivista” defendendo o caráter “humanista”, acreditam que não há uma ruptura de seus pensamentos e sim, uma continuidade na trajetória do autor.

O diálogo com Engels possibilitou e fomentou o pensamento de Marx que se dividiu em três fontes básicas: a Filosofia Alemã onde Marx começou suas análises teóricas aliando-se a um grupo de pensadores alemães intitulado de esquerda hegeliana, cujo método adotado era o de Hegel, mesmo que os adeptos criticassem de forma consciente esse pensamento. Tal influência tornou-se uma das principais características do pensamento de Marx; o Socialismo Utópico onde Marx o chama assim, pois os adeptos, mesmo fazendo críticas ao sistema capitalista, não faziam análises profundas das leis de funcionamento do capitalismo e não reconhecem a classe operária como a única possibilidade de construção do socialismo, a partir disso, Marx apresenta um socialismo científico; e a Economia Política, Marx aprofundou seus estudos da ciência da economia para mostrar as leis de funcionamento do modo de produção capitalista e apontar possibilidades de sua operação que é mostrado como elemento-chave para entender sua esfera econômica.

A teoria marxiana pode ser entendida em dois tópicos (para melhor compreensão), sendo o primeiro a teoria filosófica - materialismo dialético onde ele é um crítico de toda a filosofia hegeliana mesmo que não rejeitasse de fato a sua filosofia e, portanto suas visões são completamente distintas, assim, Marx na obra A Ideologia Alemã (MARX, 1993) esclarece trazendo alguns pressupostos: o primeiro diz que os homens devem ter condições de viver para fazer histórias, onde a primeira realidade é a produção da vida material; a segunda diz que tal ação de satisfazer essa necessidade e o instrumento já adquirido para essa satisfação criam novas necessidades sendo este o primeiro ato histórico; o terceiro pressuposto que existe desde o início da evolução histórica, é de que os homens se renovam diariamente e se põem a criar e se reproduzirem constituindo então a família; o quarto entende que o modo de produção ou estágio industrial está sempre ligado a um modo de produção, onde a massa de forças produtivas determina o estado social; e por fim, no quinto pressuposto verifica-se, segundo Marx, “que o homem tem consciência”, que nasce a partir da necessidade e do intercâmbio com outros homens, tal consciência é um produto social. O segundo tópico, é a teoria social - materialismo histórico, onde Marx diz que a história não é fruto do Espírito absoluto, como em Hegel, mas é fruto do trabalho humano a partir da interação entre os homens que buscam satisfazer suas necessidades

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