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Serviço Social E Atuaçoes

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Por:   •  23/10/2013  •  2.150 Palavras (9 Páginas)  •  335 Visualizações

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PSICOLOGIA

SERVIÇO SOCIAL II

CARUARU

17/04/2013

HUMILHAÇÃO SOCIAL e

INVISIBILIDADE PÚBLICA

Trabalho realizado e enviado para Prof. Lindolfo A.

Martelli, tutor à distância, com a finalidade de

avaliar para obtenção da nota na avaliação

complementar, do curso de Serviço Social, 2º ano.

CARUARU

17/04/2013

A Psicologia Caracterizando o Conceito de Humilhação Social

O sentindo da dignidade humana parece, desfeito, deixa de ser espontâneo. É preciso um esforço de atenção para conservá-lo. Um esforço nem sempre eficaz para o humilhado, um cidadão pobre não é humilhado porque sente ou imagina vê-lo. O sentimento e a imaginação estão fincados numa situação real de espoliação econômica e aviltamento público.

No humilhado, a submissão é que se torna espontâneo, automático, compulsiva. Esse problema caracteriza-se em angustia e causa choque devido as desigualdade das classes. Para discutir e entender o tema, não podem dispensar as companhias de Marx e de Freud. Ambos ensinam a identificar o homem em situação inter-humana, o homem em relação com os outros homens mais do que com mecanismo, Marx vem com a mercantilização das relações sociais Freud com a formação das pressões inconscientes no homem e não com o fato natural, mas histórico e intersubjetivo.

A humilhação social também se caracteriza com o desdobramento em que persistem esses problemas como as desigualdades de classes. Entende-se que os indivíduos pobres passam a ser humilhados sem possuir os direitos que a eles deveriam ser prestados; essa humilhação é angustiante, com esses fatos os pobres se sentem ainda mais inferiores e com isso se acham depressíveis e repugnantes. Mas então, o que é exatamente a humilhação social? Gonçalves Filho propõe:

“Sem dúvida, trata-se de um fenômeno histórico. A humilhação crônica, longamente sofrida pelos pobres e seus ancestrais, é efeito da desigualdade politica, indica á exclusão recorrente de umas classes inteiras de homens para fora do âmbito intersubjetivo da iniciativa e da palavra. Mas é também de dentro que, no humilhado, a humilhação vem atacar. A humilhação social conhece, em seu mecanismo determinações econômicas e inconscientes. Devemos propô-la como uma modalidade de angustia disparada pelo enigma da desigualdade de classes. Como tal trata-se de um fenômeno ao mesmo tempo psicológico e politico. O humilhado atravessa uma situação de impedimentos para sua humanidade, uma situação reconhecível nele mesmo em seu corpo e gestos, em que sua imaginação e em sua voz e também reconhecível em seu mundo em seu trabalho e bairro (Gonçalves Filho, 1998p15).”

A humilhação social é produto da história da desigualdade de classes, que, segundo, Marx, resulta do capitalismo burocrático que separa homem e trabalho. Ambas, humilhação e desigualdade social caminham juntas.

Na sociedade capitalista, a desigualdade é consequência dos interesses econômicos, pois tudo gira, em torno do dinheiro. O valor monetário corrompe as relações humanas, anulando conceitos, tais como amor, caráter e respeito.

A desigualdade e a invisibilidade social na formação da sociedade brasileira

Uma das consequências trazida pela desigualdade social é a invisibilidade social. O seu conceito tem sido aplicado, quando se refere a seres socialmente invisíveis, seja pela indiferença, seja pelo preconceito, o que nos leva a compreender que tal fenômeno atinge tão somente aqueles que estão a margem da sociedade. Há várias formas de invisibilidade social: o exemplo da econômica, racial, sexual, etária, entre outras. É o que acontece, por exemplo, quando um mendigo é ignorado de tal forma que passa a ser apenas mais um objeto na passagem urbana.

O psicólogo Fernando Braga da Costa relata no livro Homens Invisíveis histórias de humilhações sociais, realidades de alguns trabalhadores que sofrem humilhações, discriminações e exclusões, por exercerem determinadas tarefas que não são bem vistas e aceitas por inúmeras pessoas na sociedade, todavia são muito importantes à vivência social, independentemente da aparência dos mesmos e do que lhe foi imposto para desempenhar, pois sem esses profissionais haveria um atraso enorme no desenvolvimento das cidades, dos países e do mundo. Ao acompanhar o trabalho de um grupo de garis que sofriam com a humilhação social, onde não tinha em seu trabalho o reconhecimento, mas a exclusão, atividade laboral que era associado apenas a força brutal, como se esta fosse a única representação do seu trabalho. Antes de conhecer a realidade vivenciada por aquele grupo de garis, quando ele só observava, não imaginava o tamanho do preconceito e indiferença que os mesmos sofriam. Fernando Braga sentiu na pele toda humilhação vivida diariamente pelos garis, com humilhação pública. “como gari, senti na pele o que é um trabalho degradante. Vivi situações que me impulsionaram a entender melhor o nosso meio psicossocial”, explica ele que desenvolveu a tese sobre a “invisibilidade pública”, isto é, profissionais como faxineiros, ascensoristas, empacotadores e garis não são “vistos” pela sociedade, que enxerga a função, não a pessoa. Uma das situações experimentadas por Fernando foi atravessar os corredores da faculdade

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