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Serviços de emergência social: as condições históricas e Incentivos

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Por:   •  21/10/2013  •  Tese  •  2.226 Palavras (9 Páginas)  •  281 Visualizações

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Fichamento

Capítulo I

Emergência do Serviço Social : Condições Históricas e Estímulos

Quando surgo o Serviço Social no continente latino -Americano ? Que forças concorrem na sua gênese ? Que mudanças fundamentais se produzem em seu desenvolvimento ou, dito de outra forma , quais as grandes etapas por que se definiu o Serviço Social em nosso continente ?

Estas e outras perguntas similares tornam – se incontornáveis quando se procura ordenar e explicar as matrizes centrais da profissão em nossos países. Realmente , se revisamos os principais esforços voltados para esta direção, tais perguntas aparecem reiteradamente e se pode constatar que é em torno delas , e das suas respostas , que se constrói boa parte do debate que penetra a história da profissão.

No entanto , há que ressaltar que existe formas alternativas de questionar a origem e as mudanças da profissão. Além de indagar sobre o surgimento do Serviço Social em algum ponto do continente , todos sabem que a primeira escola , Alejandro Del Río , fundou – se no Chile , em 1925 , pode – se investigar a emergência de um Serviço Social ''Chileno'' , '' peruano'' , ''argentino'' etc., com marcado cariz nacional ou, ainda , o aparecimento do Serviço Social '' latino- americano'' , isto é , o momento em que a profissão se '' latino- americaniza'', que adquirindo um perfil , um caráter , uma genérica condição latino- americana e um horizonte comum.

Iniciando a polêmica e apanhando diretamente a nossa problemática. Vemos que os textos mais apreciados e difundidos referentes ás origens do Serviço Social no continente , em particular , sobre o começo do seu ensino superior, dentro ou fora do âmbito universitário, partem das definições determinadas ou se remetem a ideia de um simples prolongamento dos desenvolvimentos que a profissão alcançara na Europa.

Tais desenvolvimentos, afirma- se , apresentaram- se em nossos países como o mero desdobramento de propostas de ação, textos, documentos ou experiências acumuladas por viajantes latino- americanos no Velho Mundo. Apela- se este procedimento única ou essencialmente para entender com e porque se desenvolveu na América Latina aquela gama de atividades que na Europa, já possuía longínquos antecedentes.

Nos textos mais conhecidos pelo tratamento do problema histórico, como o de Ander Egg , que n prólogo do seu livro , assinala qe seu trabalho não é mais que um '' conjunto de observações , notas e um guia de referências para uma história do Serviço Social''. Lê – se , por exemplo :

''… 1925 pode ser considerado como o ' ano de nascimento' do Serviço Social profissional na América Latina, já que marca a criação da primeira escola da especialidade num país latino- americano. Desde o seu nascimento , o Serviço Social latino – americano recebeu forte e decisiva influência externa.''.

O Serviço Social distingue-se de três fases sucessivas: A Assistência Social, o Serviço Social e o Trabalho Social. A etapa da Assistência Social caracteriza-se pilo projeto de fazer o bem com o auxílio da técnica; o Serviço Social, em troca seria aquela forma de ação social que enfatiza antes de mais nada, a prevenção dos desajustes; e a etapa Beneficente – Assistencial (Assistência Social) não é mais que o exercício técnico da caridade, ao passo que o Serviço Social se comporia fundamentalmente de "preocupações técnico-científicas."

Reler o livro de Manrique não significa apenas uma revisão do passado, mais instiga indagações sobre o presente. Em tempos de globalização , sob a hegemonia do capital financeiro e do neoliberalismo na condução das poli´ticas governamentais , renascem , sob novos moldes, velhos recursos ideológicos que tiveram vigência no passado desenvolvimentista no trato da questão social.

Nos anos dourados da expansão capitalista, do pós guerra aos inícios da década de 70 , foram presididos pelo crescimento econômico sob a liderança do capital industrial. Verificou – se a expansão do emprego assalariado e o reconhecimento dos direitos de proteção ao trabalho, no marco de políticas redistributivas levadas a efeito pelo Estado, consoante as estratégias de acumulação do capital então predominantes.

A crise do capital , desencadeada nos anos 70 , aprofunda sua concentração e centralização sob a liderança do capital financeiro , mediante os estímulos da revolução tecnológica apoiada na microeletrônica , na robótica e nos avanços da química e da biologia , entre outros ramos científicos. O fosso das desigualdades sociais , tidas como uma inevitabilidade histórica , é radicalizado.

É nessa moldura histórica que têm lugar os chamamentos à participação da '' sociedade civil'' , reduzida a um oficial e consagrado '' terceiro setor'' , para partilhar com o governo as responsabilidades e desafios perante a radicalização da questão social. Se o mote não é mais o '' desenvolvimento'' ou o ''progresso social '' , e sim a evocação da solidariedade , os mecanismos ideológicos do progresso apresentam semelhanças. Contribuem para encobrir as tensões entre as classes , agora travestidas em segmentos parceiros e solidários no combate à pobreza e ás desigualdades.

considerado o “ano de nascimento” do Serviço Social profissional na

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