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Sociologia significado na sociedade moderna

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Por:   •  2/5/2014  •  Tese  •  1.521 Palavras (7 Páginas)  •  558 Visualizações

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SOCIOLOGIA

Quais as relações o autor estabelece entre modernidade, pluralismo e crise de sentido na sociedade contemporânea?

O autor define pluralismo como um estado em que se encontram diferentes formas de vida numa sociedade sem referência a ordem comum de valores (Império Romano). Os diferentes grupos podiam interagir nas áreas racional-finalistas da ação e, a mesmo tempo, permanecer vinculados individualmente a seus próprios sistemas de valores. Em alguns casos, ocorrem entrechoques de diferentes ordens de valores e concepções do mundo.

Antigamente, algumas formas de pluralismo não estiveram necessariamente ligadas à propagação das crises de sentido. Esta forma de pluralismo entrou sua expressão tão somente nas sociedades modernas. Os aspectos estruturais e centrais foram elevados a um valor “elucidativo” sobre as diferentes ordens coexistentes e concorrentes. Mas essa forma moderna é também a razão básica da difusão de crises subjetivas e intersubjetivas de sentido.

Pode-se dizer que nos países altamente industrializados, as ordens de valores e as reservas de sentido não são mais a propriedade comum de todos os membros da sociedade. Com isso, o pluralismo é incorporado pela comunidade de vida em que cresce num sistema supra-ordenado de sentido. Tais condições promovem a difusão das crises subjetivas e intersubjetivas de sentido.

Convém frisar que as comunidades de vida em que se torna grande demais a discrepância entre a comunidade esperada e realizada de sentido podem tornar-se elas mesmas propulsoras de crises intersubjetivas de sentido.

Por meio de várias formas de comunicação e de relações sociais podem resguardar o individuo de crises intransponíveis de sentido.

A modernização tornou bem mais complicada a manutenção numa sociedade, de todo o monopólio de sistemas localizados de sentido e de valores. Mas criou a possibilidade da formação de comunidades supra-espaciais de convicção, de cuja reserva de sentido que era possível derivar também a comunhão de sentido de comunidades menores de vida. Por isso, o desenvolvimentos global acarreta, sobretudo alto grau de insegurança, porém não poderia acarretar uma crise de sentido na sociedade moderna, pois existe também uma relação significativa entre as experiências de vida. Além disso, há instituições, subculturas e comunidades de convicção que levam valores transcendentes para dentro de relações sociais concretas e de comunidades de vida.

A modernidade leva invariavelmente à secularização no sentido de um dano irreparável na influencia das instituições religiosas sobre a sociedade, bem como de uma perda de credibilidade da interpretação religiosa na consciência das pessoas. Assim, surge uma nova espécie histórica, “o ser humano moderno”, que acredita que pode se dar bem sem religião tanto na vida privada como na existência em sociedade. Mas há um número considerável de pessoas que conseguem levar sua vida sem convicções religiosas. Observadores de situações religiosas de diversos países viram que a “desigrejação” não deve ser confundida com a perda de religiosidade.

Talvez o fato mais importante no surgimento de crises de sentido seja o moderno pluralismo. Modernidade significa um aumento quantitativa e qualitativo da pluralização. As causas estruturais podem ser crescimento populacional e migração, economia de mercado e industrialização, estado de direito e democracia e entre outros.

O pluralismo moderno leva a um relativismo dos sistemas de valores e da interpretação. “Alienação” e “anomia” caracterizam a dificuldade das pessoas de encontrar um caminho no mundo moderno. O pluralismo desacredita no “conhecimento” auto evidente.

As instituições foram criadas para aliviar o individuo da necessidade de reinventar o mundo a cada dia e ter de ser orientar dentre dele. Se funcionar normalmente, o individuo “funciona” com alto grau de evidencia. Como finalidade, elas substituem os instintos porque possibilita um agir para o qual talvez não seja preciso pesar cuidadosamente as alternativas.

Os “programas” institucionais são internalizados nas socializações primária e secundária. Com isso, as estruturas da sociedade tornam-se as estruturas da consciência. Porém o mundo subjetivo não precisa concordar com a realidade definida pela sociedade. O pluralismo coloca sempre uma maneira de questionar a auto evidência das instituições.

A tecnologia tem impulsionado a modernização nos últimos tempos e com ela, trouxe uma enorme expansão de possibilidades. Há hoje uma pluralidade interminável de sistemas tecnológicos e a ampliação das opções se estende ao campo social e intelectual. Existe aí a troca de existência determinada pelo destino por uma longa série de possibilidades de decisão. Logo, a auto evidência se contrai para um núcleo relativamente pequeno e complicado de definir.

A perda da auto evidência ocorreu acentuadamente pois o pluralismo moderno minou o monopólio das instituições religiosas e tornou-se cada vez mais difícil para as igrejas aterem-se às leis e praticas comerciais.

Tempos difíceis levam ao surgimento de crises de sentido, mas outros setores continuam sob a influência de costumes antigos significativos. E mesmo assim, as crises de sentido irrompem raras vezes juntas e com a mesma força de opressão. Existem certas mudanças na existência do individuo que podem provocar crises de sentido se não forem reconhecidas socialmente. Para isso, a sociedade moderna criou uma série de instituições especializadas na produção e comunicação de sentido e que têm grande diversidade de opções.

Na modernidade, a igreja deixa de ser uma instituição intermediária. As instituições intermediárias atuam como geradoras e sustentadoras de sentido na conduta de vida dos indivíduos e na coesão de comunidades de vida no mundo moderno.

Todas as sociedades estão envolvidas em processos de gerar sentidos, mesmo que não tenham desenvolvido instituições especiais de produção de sentido. Por meio de suas instituições, as sociedades conservam as partes essenciais de sua reserva de sentido. Elas comunicam sentido ao individuo e às comunidades de vida em que o individuo cresce, trabalha e morre.

A identidade pessoal

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