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Trabalho De Analise De Cenario America E Europa

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Por:   •  30/10/2013  •  3.000 Palavras (12 Páginas)  •  372 Visualizações

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A mobilização turca para a Alemanha se deu principalmente por seis motivos e o primeiro é caracterizado pela rápida urbanização na Turquia no ano de 1950 e como segundo motivo, o excesso de trabalhadores e a exportação dos mesmos na década de 1960. A reunificação familiar na década de 70 e 80 é um terceiro motivo e ainda na mesma década identifica-se o quarto motivo, caracterizado por movimentos de refugiados. E por fim o quinto e o sexto motivo, foi dado por povos em busca de asilos na década 90 e os imigrantes irregulares no ano de 2000. Entretanto, a nova era para imigrantes turcos é caracterizada pela liberdade que os cidadãos têm de se mobilizar e promover o crescimento da economia como um todo. (COHEN, 2012)

2. Políticas adotadas pela Alemanha

A imigração turca na Alemanha foi definida por um acordo bilateral de trabalhadores estrangeiros entre 1950 e 1960, por causa da necessidade econômica alemã e do excesso de trabalhadores turcos.

O “Tratado para Recrutamento de Trabalhadores Turcos” surgiu num cenário de escassez de mão de obra na Alemanha. No início dos anos 50 havia grande número de mortos e prisioneiros da 2a Guerra Mundial, se tornando uma barreira para a reconstrução do país. (MENCHEN, 2011)

Esse acordo de Recrutamento entre Alemanha e Turquia, assinado em 30 de outubro de 1961, já completou 50 anos. O principal objetivo do acordo bilateral era trazer turcos para trabalhar na Alemanha. O “Regulamento da contratação de empregados turcos para a República Federal da Alemanha” regimentava as condições, como o pagamento da passagem e despesas de viagem. (PREVEZANOS, 2011)

Na época, a Alemanha precisava de reforço operário uma vez que a produção crescera muito e faltava mão de obra nas fábricas e minas. Os trabalhadores turcos tinham, portanto, a oportunidade de serem bem pagos e de enviar dinheiro para suas famílias, além de se qualificar profissionalmente. Entretanto, o acordo também estabelecia que decorridos dois anos, os turcos deveriam voltar ao país de origem, para que fossem substituídos por novos trabalhadores turcos, evitando a imigração. (PREVEZANOS, 2011)

Portanto, entre 1960 e 1970, um grupo de imigrantes veio através do mito "Gastarbeiter" (trabalhadores convidados) para levar a Alemanha à um milagre econômico. Entretanto, mesmo contrariando o acordo, muitos decidiram ficar no país. (JACOBY, 2011)

Em 1964 foi estabelecida nova versão desse acordo que suspendia a restrição desses dois anos de duração. Isso foi aceito, pois era caro trazer e treinar novos trabalhadores a cada dois anos e logo em seguida também permitiram que os operários trouxessem as famílias para a Alemanha. (PREVEZANOS, 2011)

Nos anos 1970, muitos turcos imigraram para a Alemanha e foram trabalhar em mercados ou abriram suas próprias mercearias. Na época, viviam na Alemanha em torno de 60 mil turcos. Houve aumento de desemprego nos anos seguintes e isso afetou muito os estrangeiros, o que incluía a população turca. A lei de imigração da época era grande dificuldade para os turcos autônomos, que começaram a registrar seus negócios com um nome alemão. (DANISMAN, 2011)

No entanto, a imigração turca para a Alemanha tem continuado através de diferentes mecanismos, mesmo com muitas dificuldades. Após 1980, a Turquia sofreu uma intervenção militar que gerou um grande número de refugiados, clandestinos ou migrantes irregulares. Por conta disso, desenvolveu-se um grande fluxo imigrantes para muitos países, especialmente a Alemanha entre 1990 e 2000, que trouxe então, famílias relacionadas a esses "imigrantes trabalhadores". (COHEN, 2012)

Ao passar dos anos, a preocupação com os imigrantes turcos foi crescendo, pelos problemas de integração no país e também pelo fato de que o mercado alemão necessita da mão de obra deles. No ano de 2000, os alemães finalmente reconheceram a Alemanha como um "país imigratório", abrindo os caminhos da cidadania para os filhos dos "trabalhadores convidados" e em 2001, a comissão dirigida por Rita Süssmuth determinou a necessidade dos trabalhadores imigrantes e a disposição para ajudá-los a se integrar melhor no país. (JACOBY, 2011)

No mesmo ano, a imigração turca fez um aniversário de 50 anos e, portanto completam-se 3 gerações dentro da comunidade turca. A língua franca ainda permanece entre muitos imigrantes, sobretudo da primeira geração, que tiveram muitas dificuldades em comunicar na língua alemã. A segunda geração e a terceira geração turca desenvolveram uma apetência maior para o Alemão, por identificarem a importância de falar a língua com vista em uma melhor integração, embora ainda tenham dificuldades a respeito, com relação aos alemães nativos e outras comunidades de imigrantes. A partir disso, a integração socioeconômica dos imigrantes turcos, é um efeito da falta de competências linguísticas, que impede de ter um bom desempenho escolar, direcionando-os para empregos não-qualificados com salários baixos, ou até desemprego e além de restringir o estabelecimento de relações fora de sua comunidade. (PATRÍCIO, 2012)

Em 1 de janeiro de 2005 entrou em vigor a nova Lei de Imigração alemã. O envelhecimento da população e a baixa taxa de natalidade são fatores que podem influenciar na economia alemã e fizeram com que atualizassem a política de imigração. (GRÄSSLER, 2005)

Em dezembro de 2005 foi aprovado pela Comissão Europeia o PolicyPlanon Legal Migration. O plano determina iniciativas a serem adotadas pela Comissão para que seja possível o desenvolvimento de uma política comum de migração na União Europeia. Entretanto, o PolicyPlandá maior foco para a imigração de trabalhadores altamente qualificados, e acaba restringindo a entrada de trabalhadores pouco qualificados. Participar de um curso de integração, onde língua, cultura, sistema legal e histórias alemãs são ensinados, é pré-requisito para conseguir a naturalização e isso é proposto nesse plano. (LEÃO, 2011)

Na Alemanha, as mudanças da lei de estrangeiros de 1999 para a lei de imigração de 2005 são principalmente a introdução do direito de cidadania, que adota o jus soli, e para conquistar a naturalização, é necessário permanecer 8 anos no país, ao invés de 15, além de ter o domínio da língua alemã. (LEÃO, 2011)

Segundo o artigo de Augusto Veloso Leão, 2011, os estrangeiros têm direito a educação, a saúde e a justiça, e citando o parágrafo 23 do Livro XII do Código Social Alemão “garante aos estrangeiros legais localizados em território nacional, o auxílio financeiro para subsistência”. Além disso, a participação em organizações políticas é livre e esses imigrantes também têm

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