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ANÁLISE: CENÁRIOS DA ESCOLA DO CAMPO

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Por:   •  11/11/2013  •  658 Palavras (3 Páginas)  •  610 Visualizações

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ANÁLISE: CENÁRIOS DA ESCOLA DO CAMPO

Raquel Alves Cavalcante

Sonia Beltrame (1991, 2000), diz que a escola desempenha, tanto no meio rural como no urbano, o papel de fornecer acesso ao saber formal. Entretanto é necessária uma análise e encaminhamento adequado das demandas educacionais das comunidades do campo. “É preciso, porém, perceber quando e como os homens e mulheres aí socializados podem usufruir do saber formal sem descaracterizar seu modo de se relacionar nesse universo”, ou seja, devem passar pela reflexão e entendimento do seu modo de vida, dos seus interesses, das suas necessidades de desenvolvimento e dos seus valores específicos. É fundamental que seja levada em conta a riqueza de conhecimentos que essas populações trazem de suas experiências cotidianas.

Essa mudança de cenário educacional, quase sempre envolve elementos de incerteza e oportunidade. Assim, quando as pessoas se defrontam com uma mudança, a primeira reação pode ser a de interpretá-la como uma ameaça ou perigo. Por isso é comum existir nesses processos resistência à mudança pelos camponeses. Uma forma de se conseguir driblar esse problema é envolver as pessoas em todos os processos de transformação. Quando sentem-se parte do planejamento e do processo de transição tendem a sentir maior controle da situação, resistindo menos às mudanças. A partir do momento em que as pessoas aceitam o fato de que uma mudança pode oferecer novas oportunidades e possibilidades, o processo de transformação pode seguir com sucesso seu caminho. A valorização do aprendizado e da inovação permanente são fatores que podem desenvolver uma cultura mais favorável à mudança.

A educação brasileira tem suas raízes na colonização, mais especificamente nos ensinamentos ministrados pelos jesuítas, tornando seu desenvolvimento comprometido, visto que a educação nos primeiros séculos era excludente, atendendo somente as famílias com poder aquisitivo bastante elevado. Logo a dominação social não é um fato novo, é remanescente das sociedades escravistas. E se até hoje, a dominação perdura, é porque toda transformação social sempre aconteceu na ótica da classe que se encontra no poder. Sendo assim, acredita-se que toda proposta de educação é política. Portanto, a escola reproduz historicamente a ideia da elite dos grandes centros urbanos onde estão situadas as estruturas dos poderes econômico, político e cultural. No meio rural, ao invés de proporcionar uma educação libertadora a escola faz uma educação para a submissão às políticas econômico-capitalistas.

Para que se tenha uma educação do campo é fundamental a elaboração de projetos que atendam as necessidades e apontem alternativas socioeconômicas e ambientais têm maiores possibilidades de alcance social e resultados positivos para os sujeitos destinatários. Para que a identidade do movimento seja construída com políticas públicas que garantam o seu direito à educação, e a uma educação que seja no e do campo.

Assim, cabe à escola e também ao educador, por meio da intervenção pedagógica, proporcionar aos alunos atividades significativas que levem a uma aprendizagem de sucesso. Para que isso aconteça é necessário que o professor reflita sua prática pedagógica percebendo o aluno mais que um mero executor de tarefa,

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