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Trabalho Sobre São Gonçalo

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Por:   •  21/9/2014  •  3.363 Palavras (14 Páginas)  •  284 Visualizações

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Nome: São Gonçalo

Bandeira:

Localização: Saindo da Ponte Rio-Niterói, pegar a Rod. Niterói-Manilha (BR-101) e seguir as placas que indicam o centro do município de São Gonçalo.

Mapa:

Estado do Rio de Janeiro

São Gonçalo

Número de habitantes: 1.031.903 (estimado)

Economias principais:

As atividades econômicas de São Gonçalo são marcadas pela diversidade. Atualmente temos em nossas terras o funcionamento de importantes fábricas, a produção de diferentes produtos agrícolas e muitas empresas de comércio e prestação de serviços. A história nos revela quão intensa já era economia gonçalense ainda nos tempos de fundação do que viria a ser uma grande cidade.

O pau-brasil foi o primeiro produto explorado, seguido da cana-de-açúcar e do café. Na primeira metade do século XX, nosso setor agrícola direcionou seu foco para a fruticultura, horticultura e floricultura. Já na segunda metade do mesmo século, São Gonçalo ganha destaque na economia regional pelo seu robusto parque industrial. Neste período a agricultura e a indústria eram, juntas, as responsáveis pela metade da arrecadação de taxas e impostos para a economia do estado do Rio de Janeiro, auxiliadas também pela pesca, pecuária e avicultura.

*Agricultura

No início do século XIX, a economia gonçalense era predominantemente agrícola. Além do açúcar, principal produto gonçalense, havia também a produção de aguardente, frutas (principalmente a laranja), pau-brasil, café, especiarias e alguns produtos manufaturados. Neste período começam a surgir algumas indústrias de produção em pequena escala.

A primeira década do século XX foi particularmente importante para a agricultura gonçalense, sendo considerado pela inspeção do Ministério da Agricultura como um dos municípios com maior desenvolvimento agrícola e como o primeiro no setor de fruticultura. Em 1909 e 1910 a colheita de grãos como feijão e milho era intensa; em 1920 fomos um dos maiores produtores de laranja, goiaba e abacaxi.

O café e depois a laranja assumiram na economia gonçalense o papel que antes tivera o açúcar, e tornaram-se os principais produtos de exportação. Cabe destacar aqui o êxito na produção desses dois produtos.

- A Laranja

Introduzido no Brasil em 1531 por Martim Afonso de Souza, o cultivo da laranja foi bem sucedido em São Gonçalo. Nesta aspecto a cidade competia com Nova Iguaçu, conhecida na época como “Califórnia Brasileira”. Em 1924 a Associação de Fruticultores de São Gonçalo construiu o primeiro Pavilhão para a Seleção de Laranjas, cujo destino era a Argentina e Europa. Havia também o Pavilhão de Beneficiamento de Laranjas, onde atualmente encontramos o Quartel do 7º Batalhão da Polícia Militar, em Alcântara. Este pavilhão realizava a lavagem, a seleção e o encaixotamento das diversas espécies de laranjas que seriam venidas para outros municípios do estado. De forma geral, a citricultura teve grande importância, sendo durante muito tempo o maior mercado de exportação de São Gonçalo; no entanto a dificuldade de realizar exportações durante a II Guerra Mundial resultou no declínio deste mercado.

Importantes figuras históricas deixaram depoimentos sobre o impacto do cultivo da laranja em terras gonçalenses. Segue abaixo alguns trechos:

* Palavras do botânico francês Auguste de Saint-Hilaire que passou por São Gonçalo em agosto de 1818:

“Nos arredores da Praia Grande vê-se um grande número de plantações de laranjeiras. O terreno quente e arenoso dessa zona convém perfeitamente a esses vegetais que estavam na ocasião cobertos de frutos, dos quais saboreei deliciosos da espécie chamada seleta.

Vi também, nessa zona, alguns campos de mandioca e muita hortaliça, tal como couves, feijões e melancias”

*Palavras do Dr. Luiz Palmier presentes na página 118 do livro “São Gonçalo Cinquentenário”:

“A laranja é para São Gonçalo o que o cacau é para a Bahia, o café para São Paulo, o algodão para o Nordeste, a cana-de-açúcar para Pernambuco ou Campos e a própria laranja para a Califórnia ou Nova Iguaçu. Por isso mesmo, tanto quanto o Município de Nova Iguaçu, o Município de São Gonçalo pode ser chamado de a Califórnia Brasileira.”

- O Café

Maior riqueza do Brasil desde o século XIX até a metade do século XX, o café não teve sua capacidade produtiva explorada logo de início. Em 1731 o sargento-mor Francisco de Mello Palheta levou ao Pará, vinda da Guiana Francesa, algumas mudas da rubiácea para enfeitar jardins, e esta foi sua finalidade durante décadas. Em 1762, o desembargador João Alberto de Castello Branco trouxe mudas de café para o Rio de Janeiro, vindo do Maranhão, e as plantou na Chácara dos Barbadinhos, na rua dos Barbonos (atual rua Evaristo da Veiga), no Centro do Rio de Janeiro. Desta chácara saíram as primeiras sementes de café para Resende e São Gonçalo. De São Gonçalo o café espalhou-se pela Província Fluminense, despertando preocupação entre os senhores de engenhos de açúcar e a consequente luta entre estes e os cafeicultores. O cultivo do café de fato se manteve em São Gonçalo nas duas últimas décadas do século XVIII e início do século XIX, no entanto, os produtores de cana-de-açúcar foram aos poucos “empurrando” o cultivo do café, que passou para Itaboraí e Magé, subindo a Serra do Mar, dominando o Vale do Paraíba e fixando-se definitivamente em São Paulo, tendo passado também por Minas Gerais. Eis aqui trechos de relatos feitos sobre o cultivo do café:

*Palavras de Costa Neves, em “Histórias Singelas do Café”

“De São Gonçalo o café se espalhou por todo o interior do Estado do Rio de Janeiro (Friburgo, Bom Jardim, Cantagalo, Cordeiro, etc...), e de Resende irradiou-se, seguindo o vale do rio Paraíba, pelo sul de Minas Gerais, Em 1780, pelo nordeste de São Paulo, em 1782.”

*Palavras de Figura de Almeida, em seu livro “História Fluminense”

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