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Um Estudo sobre a Profissão Professor

Por:   •  15/11/2016  •  Artigo  •  1.554 Palavras (7 Páginas)  •  295 Visualizações

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INSTITUTO FEDERAL DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA SUL-RIO GRANDENSE CAMPUS VENÂNCIO AIRES

PROFISSÃO PROFESSOR

Trabalho apresentado ao professor Fabricio Luis Haas, por Joel Trindade Kist e Miguel Bruch Deitos como parte das exigências da disciplina de Sociologia.

Venâncio Aires, novembro de 2015

– Introdução –

Percebe-se que a profissão de professor, tem perdurado ao longo dos anos permeando os avanços sociais e tecnológicos. Surgiram formas diferentes de vê-la e vivenciá-la. Para determinados contextos históricos e sociais, perpassa muito mais como um ato de benevolência do que de uma experiência profissional. O professor, na atualidade, tem exercido muitas vezes a função de educar pertinente aos familiares do que de ser realmente, mediador do conhecimento. Muitas vezes lhes faltam materiais para desenvolver sua prática e, principalmente, incentivos de múltiplas partes da sociedade que inclui governos, alunos e ambiente de trabalho. A exemplificar as péssimas condições de trabalho e os salários que lhes são oferecidos.

Ciente da desvalorização e crise de identidade profissional em que a maioria dos professores são acometidos objetiva-se pesquisar como estes educadores percebem a profissão professor.

Especificamente, resgatar a importância desta profissão e também levantar os fatores que vem contribuindo para a desvalorização do professor, evidenciando qual á o papel do professor na escola e na comunidade.

Para o desenvolvimento deste trabalho foi utilizada uma pesquisa. A coleta de dados se efetivou por meio de uma entrevista com algumas perguntas.

O presente ‘paper’ tem como objetivo apontar os prós e contras da profissão de professor, para tal entrevistamos o professor Miguel Angelo Baggio, formado na área de Ciência da Computação, atualmente lecionando no Instituto Federal Sul-Rio-grandense campus Venâncio Aires, o professor relata o porquê escolheu a carreira, os esporos da profissão, e o que planeja para o futuro.

 Pesquisa –

Tendo uma carga horária de 13h semanais Baggio diz ter escolhido a profissão de professor na área de informática devido a sua facilidade de envolvimento com pessoas, e a experiência com computadores. Quando pergunto o porquê de atualmente estar lecionando no IF-SUL Venâncio Aires o entrevistado nos relatou que escolheu a localidade principalmente pela localidade e conexão com a internet.

Formado na Universidade Federal de Santa Maria, Baggio dirige-se todos os dias ao trabalho, um trajeto de 7km que segundo ele é “tranquilo”. Quando perguntamos o que mais o agrada do campus, ele mencionou a “liberdade de comunicação e flexibilidade de suporte que o campus oferece”. A respeito dos pontos negativos do campus onde trabalha ele voltou a falar de sua carga horária, que além de duas 13h semanais ainda conta com horas extras, essas que seriam de “coordenação”, que segundo ele abrange a organização de projetos de extensão e pesquisa, atender a pais de alunos, a qual varia conforme a demanda, o então era para ser uma profissão com seus horários totalmente regulamentados no papel acaba sendo algo mais informal, o que acaba acarretando em estresse para o professor que gostaria de algo mais formal e documentado. Além disso também apontou para a estrutura do campus, como o bloco de convivência que já não suporta a quantidade de alunos do campus. E a organização das salas e laboratórios, que segundo o professor deveriam ser melhoradas, uma vez que cada matéria curricular possuísse suas salas.

Com 33 anos, tendo trabalhado 6 anos na instituição, Baggio diz estar satisfeito com o salário, mas gostaria que o salário acompanhasse a inflação ou os reajustes propostos pelo sindicato. Quando perguntado sobre a aposentadoria ele apontou esperar atingir uma meta financeira pessoal, para aposentar-se.  

 Reflexão –

Em cada aluno há dois seres inseparáveis, porém distintos. Um deles seria o que o sociólogo francês Émile Durkheim chamou de individual. Tal porção do sujeito, segundo ele, é formada pelos estados mentais de cada pessoa. O desenvolvimento dessa metade do homem foi a principal função da educação até o século 19. Principalmente por meio da psicologia, entendida então como a ciência do indivíduo, os professores tentavam construir nos estudantes os valores e a moral. A caracterização do segundo ser foi o que deu projeção a Durkheim.

Dessa forma, Durkheim acreditava que a sociedade seria mais beneficiada pelo processo educativo. Para ele, "a educação é uma socialização da jovem geração pela geração adulta". E quanto mais eficiente for o processo, melhor será o desenvolvimento da comunidade em que a escola esteja inserida.

Nessa concepção funcionalista, as consciências individuais são formadas pela sociedade. Ela é oposta ao idealismo, de acordo com o qual a sociedade é moldada pelo "espírito" ou pela consciência humana.

"A construção do ser social, feita em boa parte pela educação, é a assimilação pelo indivíduo de uma série de normas e princípios, que regulariza a conduta do indivíduo num grupo. O homem, mais do que formador da sociedade, é um produto dela" (Durkheim).

Essa teoria, além de caracterizar a educação como um bem social, a relacionou pela primeira vez às normas sociais e à cultura local, diminuindo o valor que as capacidades individuais têm na constituição de um desenvolvimento coletivo.

"Todo o passado da humanidade contribuiu para fazer o conjunto de máximas que dirigem os diferentes modelos de educação, cada uma com as características que lhe são próprias. As sociedades cristãs da Idade Média, por exemplo, não teriam sobrevivido se tivessem dado ao pensamento racional o lugar que lhe é dado atualmente" (Durkheim)

Tendo em vista os dados apresentados pelo professor pode se traçar um perfil para professores, pessoas que tem experiência em certo assunto e facilidade de comunicação com pessoas, afinal um professor atuará em um meio muito comunicativo como é a escola. O papel do professor é de desafiador, capaz de promover a educação como prática de liberdade. O professor é aquele que possui uma prática progressista que tende a desenvolver junto aos alunos uma capacidade crítica, a curiosidade para perguntar, conhecer, atuar, reconhecer, estimular a independência.

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