VISÃO DOS SOCIÓLOGOS

1 INTRODUÇÃO

O desenvolvimento deste trabalho teve por objetivo analisar as principais categorias dos autores da sociologia clássica e o papel da escola.

Abordou-se sobre a visão de sociedade, de homem e de escola, de Emile Durkheim, Karl Marx e Max Weber.

Para o desenvolvimento do trabalho utilizou-se a pesquisa bibliográfica em artigos publicados na internet, foram lidos e posteriormente analisados, com intuito de expor as principais idéias das categorias dos sociólogos.

2 EMILE DURKHEIM

Entre as principais categorias do pensamento de Emile Durkheim estão: anomia social, ordem e progresso, harmonia social, solidariedade mecânica e orgânica e fato social.

2.1 VISÃO DE SOCIEDADE

Emile Durkheim vivenciou momentos de crises econômicas, que provocaram conflitos entre as classes trabalhadoras e os proprietários dos meios de produção, e isto influenciou a sua afirmação de que os problemas da sociedade européia eram morais e não econômicos aconteciam frequentemente em função da fragilidade da época.

Durkheim era conservador e sua defesa das instituições se baseia num ponto fundamental de que o ser humano necessita se sentir seguro, protegido e respaldado. E, uma sociedade sem regras claras, sem valores, sem limites pode levar o ser humano ao desespero. Preocupado com esse desespero, Durkheim se dedicou ao estudo da criminalidade, do suicídio e da religião.

Para Durkheim, as sociedades têm prioridade lógica sobre os indivíduos, porque se a solidariedade mecânica antecede a solidariedade orgânica, não se pode explicar a diferenciação social a partir dos indivíduos, pois, a consciência de individualidade não pode existir antes da solidariedade orgânica e da divisão do trabalho social.

Em qualquer sociedade do mundo, por mais eficientes que sejam as suas normas de conduta sempre será encontrado indivíduos com comportamento de desvio, isso é um verdadeiro fenômeno universal, que varia de intensidade e incidência – em uma sociedade vamos encontrar maior incidência, mas, o comportamento anômico sempre existirá.

Durkheim que foi o primeiro a usar a palavra "anomia" numa tentativa de explicação de certos fenômenos sociais, para ele a sociedade moderna, para poder atingir os seus fins, inclusive de produção e sobrevivência, precisa organizar-se; pois, a organização impõe divisão de trabalho ou tarefas; e a divisão de tarefas produz especialização; a especialização ocasiona isolamento dentro do grupo, motivando, por sua vez, um enfraquecimento do espírito de solidariedade do grupo global; já o enfraquecimento desse espírito de solidariedade acarreta uma influência dissolvente e, por via de consequência, o comportamento de desvio.

Neste contexto, para Durkheim, o individuo envolvido com suas tarefas, isola-se em sua atividade especial, não mais sentindo a presença dos colaboradores que trabalham a seu lado na mesma obra, perdendo assim, a partir de certo ponto, a idéia dessa obra comum. As separações das funções sociais tendem diretamente, ao lado de um desenvolvimento favorável do espírito de minúcia, a abafar o espírito de conjunto, ou pelo menos a entravar seriamente o seu desenvolvimento.

2.2 VISÃO DE HOMEM

Durkheim partia do princípio que o homem seria apenas um animal selvagem que só se tornou humano porque se tornou sociável, ou seja, foi capaz de aprender hábitos e costumes característicos de seu grupo social para poder conviver no meio deste.

E, a este processo de aprendizagem, Durkheim chamou de “Socialização”, a consciência coletiva seria então formada durante a socialização dos indivíduos e seria composta por tudo aquilo que habita as mentes e que serve para orientar como se deve ser, sentir e comportar. E esse “tudo” ele chamou de “Fatos Sociais”, e disse que esses eram os verdadeiros objetos de estudo da Sociologia.

Sobre a relação homem e sociedade Emile Durkheim considerava a compreensão dos aspectos sociais fundamental para se explicar a realidade em que vive o indivíduo. O homem, mais do que formador da sociedade, é um produto dela.

2.3 VISÃO DE ESCOLA

Segundo Durkheim a principal função do professor é formar cidadãos capazes de contribuir para a harmonia social.

A educação é a ação exercida pelas gerações adultas, sobre as gerações que não se encontrem ainda preparadas para a vida social; tem por objetivo suscitar e desenvolver, na criança, certo número de estados físicos, intelectuais e morais, reclamados pela sociedade política no conjunto, e pelo meio especial a que a criança, particularmente se destina

Durkheim acreditava que a sociedade seria mais beneficiada pelo processo educativo: "a educação é uma socialização da jovem geração pela geração adulta". E quanto mais eficiente for o processo, melhor será o desenvolvimento da comunidade em que a escola esteja inserida. Nessa concepção durkheimiana, também chamada de funcionalista — as consciências individuais são formadas pela sociedade. A construção do ser social, feita em boa parte pela educação, é a assimilação pelo indivíduo de uma série de normas e princípios — sejam morais, religiosos, éticos ou de comportamento — que delimitam a conduta do indivíduo num grupo.

O papel da ação educativa é formar um cidadão que tomará parte do espaço público. Não somente o desenvolvimento individual do aluno.

3 KARL MARX

Entre as principais categorias do pensamento de Karl Marx estão: (classes sociais, trabalho explorado, mais valia, ideologia, fetiche da mercadoria, desigualdade social)

3.1 VISÃO DE SOCIEDADE

Segundo Karl Marx as sociedades se estruturam de modo a promover os interesses da classe economicamente dominante. No capitalismo, a classe dominante é a burguesia; e aquela que vende sua força de trabalho e recebe apenas parte do valor que produz é o proletariado. O marxismo prevê que o proletariado se libertará dos vínculos com as forças opressoras e, assim, dará origem a uma nova sociedade

Sob o ponto de vista de Karl Marx, a sociedade pode ser comparada a um edifício no qual as fundações, a infra-estrutura, seriam representadas pelas forças econômicas, enquanto o edifício em si, a superestrutura, representaria as idéias, costumes, instituições (políticas, religiosas, jurídicas, etc.).

Para Marx, classes sociais são o “fazer-se” e a divisão social do trabalho viria