TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Visão crítica de desastres

Artigo: Visão crítica de desastres. Pesquise 859.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  17/11/2014  •  Artigo  •  868 Palavras (4 Páginas)  •  218 Visualizações

Página 1 de 4

2. VISÃO CRÍTICA DE DESASTRES

A ideia corrente de que o Brasil é uma nação que não está sujeita a ameaças naturais como terremotos e furacões, ou seja, desastres naturais, já deixou de ser verdadeira há muito tempo. Segundo informação das Nações Unidas, em 2008 o Brasil foi o 13º pais do mundo mais afetado por desastres naturais (SERIANO, 2009).

Os eventos extremos relacionados às Mudanças Climáticas Globais e o crescimento desordenado das cidades, com a ampliação do contingente populacional empobrecido e em precárias condições de territorialização, é um quadro desafiador à Defesa Civil e àqueles que, sob sua coordenação, lidam com a gestão de desastres no Brasil (VALENCIO, 2009, p. 199).

Conforme descrito acima, devido ao desenvolvimento econômico, tecnológico e ao mau planejamento urbano, os desastres naturais se tornam cada vez mais intensos. Além disso, tem-se o fato de que os ecossistemas humanos ficaram cada vez mais vulneráveis em virtude da deterioração e degradação ambiental que avassala o meio ambiente em que vivemos (BRAUN, 2006). Estes fatores tem tornado cada vez mais importante a estruturação de um sistema de defesa civil eficiente e eficaz.

Nesse contexto, é importante citar como exemplo o terremoto ocorrido no Brasil em 2008, o chamado furacão Catarina.

Segundo Almeida (2009, p.1):

Em 2008, o Estado de Santa Catarina foi assolado por uma das maiores catástrofes naturais do país: 14 municípios em situação de calamidade pública, 63 em situação de emergência (dos 293 municípios do Estado, 26,27% foram atingidos). 32.853 pessoas ficaram desalojadas (27.236 pessoas) ou desabrigadas (5.617 pessoas). Ocorreram 135 óbitos e 6 desaparecimentos.

Diante do exemplo apresentado, é visível às limitações dos sistemas peritos organizados para garantir a segurança da população (SERIANO, 2009). Esta é uma das situações que destaca também a insuficiência da Defesa Civil no que pertence a um evento desastroso. Mas, o que se questiona não é essa precariedade após o desastre, e sim a carência de medidas preventivas que antecedem e podem minimizar algumas consequências de um desastre.

No Brasil há carência de conhecimento e monitoramento sobre determinado fator de ameaça que permita atuação preventiva e/ou preparativa adequada. Dessa forma, quando ocorrem eventos de desastre, as instituições de segurança os narram como sendo “situações inesperadas” (SERIANO, 2009), isto é, não assumem sua ineficiência institucional. As perdas, danos e prejuízos são narrados como fatalidades (Idem, 2009).

Diante disso, com o intuito de aprofundar os conhecimentos, buscou-se entendimento sobre os encargos da Defesa Civil para minimizar os desastres.

2.1 Sistema Nacional de Defesa Civil (Sindec)

A Defesa Civil é conceituada como um conjunto de ações preventivas, de socorro, assistenciais e reconstrutivas destinadas a evitar ou minimizar os desastres e restabelecer a normalidade social (CASTRO, 1999). Segundo Castro (1999), o objetivo da Defesa Civil é promover segurança à população em geral, em ocasiões de desastres naturais ou ocasionados pelo homem, através das seguintes ações:

PREVENÇÃO: Ações dirigidas a avaliar e reduzir os riscos;

PREPARAÇÃO: Medidas e ações destinadas a reduzir ao mínimo a perda de vidas humanas e outros danos;

RESPOSTA: Ações desenvolvidas durante um evento adverso e para salvar vidas, reduzir o sofrimento humano e diminuir perdas;

RECONSTRUÇÃO:

...

Baixar como (para membros premium)  txt (6 Kb)  
Continuar por mais 3 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com