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ÉTICA E SOCIEDADE: em busca da ética universal

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Por:   •  4/12/2014  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.848 Palavras (8 Páginas)  •  275 Visualizações

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METODOLOGIA

Método é o caminho que se percorre para se chegar a um fim. Ele exige ordenação do pensamento para que se possa produzir ou alcançar um objetivo previamente determinado.

Nesse sentido, para a elaboração deste trabalho foram percorridos os seguintes caminhos:

• Definição do tema, baseada nas discursões em grupo;

• Pesquisa por meio das referências bibliográficas;

• Ordenação das informações adquiridas através da pesquisa;

• Estudo feito em grupo sobre o tema pesquisado;

• Distribuição dos tópicos.

Para chegarmos aos seguintes fins:

• Elaboração dos slides;

• Confecção do trabalho escrito;

• Apresentação do Seminário.

INTRODUÇÃO

Dentro de uma visão Bíblica sabemos que o primeiro código ético como conjunto de regras, data segundo a Bíblia, dos tempos do antigo testamento constituído dos dez mandamentos, mesmo assim já havia quem os transgredisse. Já numa abordagem filosófica comentaremos os pensamentos de alguns filósofos, suas convergências e divergências. Analisaremos também o descaso da virtude moral com as sociedades de hoje, entraremos também no Brasil de 64 relembrando a mobilização e o sofrimento dos contra a ditadura e finalmente chegaremos aos dias atuais.

A ÉTICA E SOCIEDADE : Em busca de uma Ética universal

A ÉTICA como "... reflexão científica, filosófica e até teológica...”, vem sendo estudada desde a antiguidade pelos mais renomados filósofos. Sócrates, consagrado "fundador da moral”, destacou-se nesta área da filosofia por buscar em suas indagações, a convicção pessoal dos transeuntes para obter uma melhor compreensão da justiça. Sócrates acreditava nas leis, mas como pensador capaz de por em prova o próprio subjetivo, às questionava, gerando um descontentamento aos conservadores gregos da época. A condenação de Sócrates a beber veneno ainda é um questionamento, cuja resposta possa está nas entrelinhas dos argumentos conservadores do poder: "... as leis existiam para serem obedecidas e não para serem justificadas."

Já Platão (427-347 a.C.), admirável discípulo de Sócrates, articulava em suas inspirações teóricas a ideias de se encontrar a felicidade no centro das questões Éticas. A sabedoria para Platão, não está expressa no saber pelo saber, ou melhor, não se identifica o sábio pela sua grandeza de conhecimentos teóricos, mas pela sua grandeza de virtudes. O homem virtuoso tende a encontrar e contemplar o mundo ideal.

Aristóteles (384-322 a.C.) também pensador da Grécia antiga, fundamentou maior parte de seu postulado teórico no empirismo onde, baseado no tipo de sociedade, desenvolveu algumas obras que enfoca as questões Éticas daquele tempo: Ética a Eudemo, Ética a Nicômaco e uma Magna Moral. Aristóteles não descarta a relação entre Ser e o Bem, porém enfatiza que não é um único bem, mas vários bens, e que esse bem deve variar de acordo com a complexidade do ser. Para o homem, por exemplo, há a necessidade de se ter vários bens, para que este possa alcançar a felicidade humana. A Virtude em Aristóteles está entre os melhores dos bens.

Com o cristianismo, percebemos que se encerra o papel da filosofia moral enquanto determinante do que é ou não Ético. As ações humanas agora se norteiam na divindade de um único Deus, e não, mas no politeísmo como na cultura grega. O Ético reflete agora a consciência interior de cada um, é o que estabelece o coração do indivíduo. Em coerência com essa visão cristã de ação moral, Rousseau já por volta do século XVIII, argumenta que a moralidade é obra divina. O agir naturalmente dentro dos mais puros princípios Éticos, reflete a existência de Deus em nossos corações. Em Rousseau, ao obedecermos ao dever externo, estamos obedecendo aos nossos corações. Para ele, os homens nascem puros e bons, a sociedade é quem os corrompe.

"... se o dever parece ser uma imposição e uma obrigação externa, imposta por Deus aos humanos, é porque nossa bondade foi pervertida pela sociedade quando criou a propriedade privada e os interesses privados..."

Em oposição a essa concepção, encontramos Kant no final do séc. XVIII. Kant se contrapõe a Rousseau por negar a existência da "bondade natural". Nos corações dos homens só existem sentimentos negativos e para conseguirmos superar todos esses males, devemos almejar uma Ética racional e universal identificada no dever moral.

Ao contrário de Rousseau e Kant, vamos encontrar Hegel. Pensador alemão do nosso século, que encara a questão Ética de outro prisma. Opondo-se ao argumento do coração como determinante da vontade individual de Rousseau, e a da moral racional de Kant, Hegel diz que somos seres indissociáveis. O ser humano é histórico e vive o coletivo em todas as suas ações, associado aos seus costumes e as suas manifestações culturais. É por esse ângulo que Hegel argumenta sobre a vontade coletiva que guia nossas ações e comportamentos. A família, o trabalho, a escola, as artes, a religião etc. norteiam nossos atos morais e determinam o cumprimento do dever. É também por essa linha de pensamento que tentaremos direcionar nosso raciocínio enfocando as relações Éticas no contexto político-social expondo a relativização do comportamento Ético nos últimos tempos.

A ética, como conjunto de normas e valores que regem uma sociedade deve necessariamente refletir a consciência e as ações desse povo, assim como trazer consigo o tipo de organização que alimenta essa sociedade. Acreditamos na universalidade do comportamento e das ações Ética, assim como na sua transformação relativa as transformações das sociedades que as impera, mas se voltarmos às sociedades da Grécia antiga e fizermos o percurso histórico até os nossos dias, vamos encontrar diversidade de virtudes e comportamentos, ao ponto de colocarmos em cheque essa virtude que tanto sonhamos para todos. Se analisarmos a educação espartana e a ateniense, ambas vividas numa mesma

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