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A INTRODUÇÃO À COMUNICAÇÃO

Por:   •  21/7/2019  •  Resenha  •  1.871 Palavras (8 Páginas)  •  141 Visualizações

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GOVERNO DO ESTADO DO PIAUÍ

CENTRO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO COMUNICAÇÃO E ARTES – CCECA

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ – UESPI

CURSO: BACHALERADO EM JORNALISMO

CAMPUS: POETA TORQUATO NETO

PERÍODO REGULAR: 2018.1                BLOCO: I

DISCIPLINA: INTRODUÇÃO À COMUNICAÇÃO

MINISTRANTE: PROFESSOR MSC. DANIEL SOLON

ACADÊMICO: SEBASTIÃO PINHEIRO DOS SANTOS FILHO

RESENHA CRÍTICA

TERESINA / JULHO DE 2018

RESENHA CRÍTICA

Televisão

Sebastião Pinheiro dos Santos Filho*

FILHO, Marcondes Ciro. Televisão. 2ª ed. São Paulo: Scipione, 1994. 85 p.

1 CREDENCIAIS DO AUTOR

Ciro Marcondes Filho é pesquisador do CNPq, é professor titular na disciplina de Teoria da Comunicação na Escola de Comunicações e Artes da USP. Jornalista e sociólogo, é mestre pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, doutor pela Universidade de Frankfurt e pós-doutor pela Universidade de Grenoble. Detentor da Cátedra UNESCO em Divulgação Científica, é líder do FiloCom – Núcleo de Estudos Filosóficos de Comunicação. Concluiu recentemente seu projeto para uma Nova Teoria da Comunicação, publicada em sete volumes pela Editora Paulus.

2 RESUMO DA OBRA

O livro Televisão de Ciro Marcondes Filho está dividido em quatro momentos, o primeiro está intitulado de “As transformações da visão”, o segundo “As duas fases da televisão”, o terceiro “A televisão e o mundo”, e por fim o quarto momento “O zapeador, o tempo e a psicose”.

No primeiro capítulo, “As transformações da visão”, Ciro fala sobre as imagens e Televisão moderna e pós-moderna. Sobre imagens, ele diz que assistir televisão é um hábito ligados a fatos muito antigos na história das sociedades humanas. Tem a ver com a experiência de olhar objetos, cenas, a natureza e buscar por meio disso, algum tipo algum tipo de resposta, satisfação, distração, conhecimento. Hoje é a televisão que funciona em primeiro lugar para dar respostas ao homem que diante dela se senta. A imagem como tentativa de registrar em algum objeto o que se via lá fora, já existe desde a Idade da Pedra. Tomando nossa cultura,

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*Graduado em Licenciatura Plena em História pela Universidade Estadual do Piauí – UESPI, Pólo de Piracuruca – PI. Bacharelando em Jornalismo, I Bloco na Universidade Estadual do Piauí – UESPI, Campus Poeta Torquato Neto.

o que se tem de mais antigo são as imagens religiosas, especialmente os afrescos, produzidas há cerca de mil anos. A tendência que se vai sentir de 200 anos para cá, é a de as imagens tornarem-se cada vez mais rápidas e de o homem alterar sua forma de ver o mundo, colecionando muito mais imagens em seu repertório e treinando para traduzi-las em termos de ideias, por força deste aumento. Com o descobrimento da fotografia, ela cria o que até então era impossível. Fixar cenas que estão acontecendo e de maneira rápida, barata e acessível a qualquer um. E a partir daí vão desenvolver outros mecanismos de constituição da imagem como o cinema.

A TV significa um desdobramento, também um desenvolvimento para outra direção em relação ao cinema. A televisão conta as coisas de maneira diferente. Enquanto o cinema possui a profundidade de campo ou passeio da câmera pelas paisagens, a televisão trabalha com closes, com tomadas muito próximas das pessoas, com um continuo jogo de aproximação que cria um estilo que se pretende intimista. A televisão começa a expandir-se a partir dos anos 50 e vai rapidamente conquistando o público e ocupando um lugar importante no lazer das pessoas até que se torna, no final do século, o meio de transmissão de imagens absoluto em toda a cultura. A televisão hoje é o veículo de comunicação pleno e, assim sendo, centraliza os interesses, os poderes e a atenção geral das sociedades de todos os países.

A televisão significa um momento de passagem. Ela corporifica uma mudança de eras em que nos despedimos de uma era moderna e entramos numa numa era técnica ou tecnológica. Ela é um componente fundamental desta mudança de século porque é um duplo: um componente de era moderna ou da modernidade, que se encerra neste século, assim como da nova sociedade que está chegando. Em todos os processos, a imagem era analógica. A grande transformação ocorreu quando o sinal passa a ser digital.

No segundo capítulo, “As duas fases da televisão”, fala sobre as duas fases da televisão. Na primeira fase, os profissionais ainda não haviam adquirido suficiente experiência, trato ou treinamento com a tecnologia e a utilizavam na busca pura e simples da ampliação de seu raio de ação. Era apenas um meio de comunicação a mais além dos já consagrados e com uma posição mais ou menos definida, buscando encontrar espaço especialmente entre o rádio e o cinema. Toda a postura em relação à televisão constatou-se como ingênua, politicamente inconsequente e sem efeitos reais em relação ao público receptor. Na segunda fase desaparecem os juízos que antes haviam sido feitos a partir da implantação da televisão, ao mesmo tempo que esta, como meio de comunicação, impõe-se agora de forma plena e absoluta. A nova fase da televisão é aquela que ela se coloca na posição de domínio total o mercado de informações, mas modifica a relação que tem com seu público, assim como modifica maneira como passa a produzir seus programas. A nova época é marcada pela fragmentação, dispersão, atomização do controle do sistema televisivo. A televisão deixa de ser um aparelho que se tem dentro de casa para assistir-se aos mundos fabricados em estúdio, para passar a contar com uma participação maior do receptor, primeiramente através do controle remoto, mas também através de um acesso muito amor à diversidade de fontes emissoras e de uma nova relação de tudo isso com o mundo múltiplo de eletrônica.

No terceiro capítulo, “A televisão e o mundo”, nas primeiras fases da televisão ainda se pensava numa nítida fronteira entre a transmissão de um mundo real de fatos, acontecimentos, notícias, eventos públicos, políticos, sociais e a construção de outra esfera, a das obras de caráter ficcional. Vemos no primeiro momento a realidade na tevê através da telenovela. A telenovela tem uma sinopse, um projeto geral mais ou menos vago do que pretende, do desdobramento esperado pelo seu autor, mas durante seu percurso sofre alterações, inversões. Na telenovela, se as pessoas não estão gostando de seu desenvolvimento, a direção da emissora altera-a, muda a rota, segue por outro caminho. Ela usa a dramaturgia do palco, mas não realiza de fato um evento teatral. As telenovelas são estruturadas dentro de um modelo de dinamicidade acelerada: os episódios são sumários, submetidos a uma econômica divisão do tempo. No teatro ou no cinema com retardamento épico, são dadas às cenas possibilidades de representação do ambiente, do silêncio, do fitar o outro de forma despreocupada, do desperdício, da reflexão, do erro. Na telenovela, as cenas são curtas para não dispersar a atenção do telespectador.

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