As Ciências Ambientais

Um ecossistema é capaz de sobreviver com suas próprias interações. Visto que, o meio ambiente é um conjunto de unidades ecológicas que funcionam em harmonia em um sistema natural, ou seja, é onde ocorrem todas as interações, sendo elas vivas ou não-vivas do nosso planeta. Dentro dele existem os ecossistemas que são característicos de uma área de interação entre os organismos e o ambiente físico de modo que sejam sistemas abertos em que ocorrem a saída e a entrada de energia de forma cíclica. Mas apesar de sobreviver com as próprias interações como supracitado, podemos notar uma intensa influência do homem, a partir da era do Antropoceno,

Foi a partir da Revolução Industrial, que observamos o início de consumo de recursos naturais para a produção do que seria utilizado pela população. A utilização de carvão como combustível para o sistema de transportes e para o funcionamento das fábricas foi o estopim para o que iria se tornar o mundo como conhecemos. Já o fordismo, impulsionou a produção em massa e a cultura do consumo. O homem passou a explorar e se apropriar de todos os recursos naturais para a produção material, principalmente os recursos não-renováveis. Podemos tomar a criação dos automóveis como um ótimo exemplo, visto que  para isso foi necessário uma grande área para a produção, o que consequentemente levou ao desmatamento desenfreado e uso do petróleo (fonte não-renovável) na produção de gasolina para o funcionamento do carro, além da poluição através da queima e a liberação de gás carbônico no ambiente enquanto automóvel está em movimento. Desta forma, é fácil observar que há um ciclo que não se fecha, já que (ainda) nos vemos retirando desenfreadamente do ambiente recursos que não renováveis.

Outro ponto, são as queimadas que desmatam nossas áreas florestais, única fonte de gás oxigênio. E a grande emissão de gás carbônico pelos automóveis interferindo no ciclo autossustentável dos ecossistemas. O que acontece também com o ciclo biogeoquímico, em que a presença de metais químicos pesados influencia a ciclagem de nutrientes no solo, atrapalhando seu fluxo de  se tornar matéria orgânica para o aproveitamento vegetal. Isso acontece pela presença de compostos poluentes que se alocam na serapilheira estocada e que são originados de chuva ácida ou de depósitos de resíduos industriais, como em uma metalúrgica, por exemplo.

Concluímos que há uma intensa interferência do homem no meio ambiente devido a extração de recursos naturais não-renováveis e principalmente de uma negligência quanto à poluição que implica no sistema ambiental, fazendo com que ele se torne insustentável.

Com esta insustentabilidade, observamos um mundo com alterações ambientais extremamente significativas. A cada dia que passa há maiores mudanças climáticas, como o aumento de temperatura, sem mencionar o efeito estufa causado pelo aumento do buraco na camada de ozônio e o grande número de espécies animais em extinção devido a interferências em seus habitats.

A questão que mais é debatida nos dias atuais, então, é justamente como inverter essa situação e garantir que o desenvolvimento do mundo seja de forma sustentável. Para tal, várias medidas foram tomadas desde a década de 80 e até hoje não foi solucionado. Acredita-se que o fator principal para que ainda não tenha acontecido nenhuma significativa melhora é o sentimento de distanciamento do homem com a natureza. O ser humano, então, não se vê como uma espécie animal como outra qualquer que está em seu período de existência no meio ambiente, ele vê o meio apenas como um fornecedor de recursos para serem utilizados como subsídios para a produção de seus bens de consumo. Dessa forma, apenas quando conseguirmos formar pensar pelo homem, conseguiremos dar início a um processo de mudança e recuperação.