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Atividades - Estudos Socioculturais

Por:   •  22/8/2017  •  Relatório de pesquisa  •  1.933 Palavras (8 Páginas)  •  303 Visualizações

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Atividades do Tópico 1

Atividade 1.1

Aponte semelhanças e diferenças da concepção de sociedade de Norbert Elias em relação às abordagens de Anthony Giddnes e Pierre Bourdieu.

Resposta

Para os autores, existe uma relação entre indivíduos e sociedade, em que ambos se influenciam e sofrem constante transformação, no qual os indivíduos modificam a sociedade ao mesmo tempo em que são modificados por ela.

Norbert Elias

Entende a sociedade como um processo em evolução e de desenvolvimento social linear, sendo necessário que o estudo seja feito por meio das evoluções de longa duração. Acredita que dessa forma torna-se possível a visualização das diferenças sociais atuais através da adoção de métodos científicos.

Em sua análise, a sociedade só existe porque existe um grande número de pessoas, só continua a funcionar porque muitas pessoas, isoladamente, querem e fazem certas coisas, e, no entanto, sua estrutura e suas grandes transformações históricas independem, claramente, das intenções de qualquer pessoa em particular.

Considera que nenhuma organização poderá agir individualmente, e reforça a indivisibilidade entre sociedade e indivíduo, na qual essa inter-relação dever ser conduzida dentro de um contínuo estado de mutação. Busca analisar não o indivíduo em si, mas conceitos fundamentais de formação, constituição de teias de interdependência entre as pessoas (famílias, escolas, cidades, estados), equilíbrio de tensões, revolução social.

Pierre Bourdieu

Desenvolveu o conceito de habitus, o todo social presente em cada um de nós implantado e imposto através da educação, linguagem, práticas cotidianas, formas de organização social dos indivíduos, vida concreta como indivíduo, e das condições predeterminadas pela sociedade, como sua condição de classe. Segundo Bourdieu, “tudo o que somos é produto de incorporação da totalidade”.

O conceito de habitus, concilia a relação ente realidade exterior e as realidades individuais e é estruturado através das instituições sociais, como família e a escola, que possuem papel de socializar o indivíduo.

Anthony Giddens

Desenvolveu a teoria da estruturação, a qual vai contra as teorias deterministas que determinam a ação individual como resultado de uma coerção da sociedade. Para Giddens, as ações dos indivíduos ocorrem dentro de uma estrutura social existente, sendo ao menos parcialmente influenciada por essa estrutura.

Atividade 1.2

O vídeo retrata a realidade de crianças brasileiras que são forçadas a trabalhar desde cedo para ajudar a prover o sustento da família. Em um ponto específico do vídeo, é realizado um cálculo do orçamento de uma família na qual se comprova que se não fosse pela ajuda financeira do filho, a família não teria condições de pagar todos os seus custos e gastos.

Com base nas teorias de Emile Durkhein, as ações dos homens são condicionadas pela sociedade, o que ele chamou de coerção social, isto é, a sociedade dita as regras e os indivíduos as seguem. A sociedade exerce uma força coercitiva sobre o indivíduo, obrigando o mesmo a realizar ações e tomar atitudes que independem de sua vontade própria. Conforme informado no livro Estudos Socioculturais da Unisul Virtual, Capítulo 1 - Sociedade: teorias clássicas e contemporâneas, “...homens e mulheres não agem como desejam agir, mas são condicionados pela sociedade, que exerce um poder coercitivo sobre as ações individuais. ”.

Resposta

Na vida dessas crianças, a realidade é a de que o trabalho é uma obrigação e uma necessidade para a sua sobrevivência e do seu ciclo social, sua família.

Com base nas teorias de Pierre Bourdieu, o habitus funciona como uma matriz de percepções, paradigmas pré-estabelecidos pelas experiências passadas que é estruturado e transferido pelas instituições sociais, como família e escola, para a socialização de novos indivíduos. O conceito de habitus refere-se às práticas cotidianas, condições predeterminadas pela sociedade, sua condição de classe, que é imposto e implantado no indivíduo pela sociedade.

Podemos visualizar a existência do habitus na vida dessas crianças que são condicionadas e adaptadas a trabalhar desde pequenas por causa da realidade que foi transferida pelos seus familiares, e a repetirem as ações de seus pais ou irmão mais velhos, que possuem histórias iguais ou semelhantes. Conforme informado no livro Estudos Socioculturais da Unisul Virtual, Capítulo 1 - Sociedade: teorias clássicas e contemporâneas, as disposições estruturadas e estruturantes e experiências “são adquiridas pelas experiências práticas, em condições sociais que são definidas pela existência. ”.

Atividades do Tópico 2

Atividade 2.1

Identifique, na história, a gênese da cidadania e explique os passos da conquista da cidadania até os Estados nacionais contemporâneos.

Resposta

Para os gregos, pólis, designava cidade, sendo utilizada também para designar Estado, uma organização político social. Na época de Homero, a estrutura política era a monarquia. Entre VI e IV a.C. a monarquia foi substituída por uma protoburocracia, definindo as responsabilidades civis dos cidadãos, tornando impessoal as funções e cargos públicos. O modelo grego foi desaparecendo das cidades romanas e se reestabeleceu as monarquias. Com as conquistas territoriais de Roma no século III, adota-se o sistema republicano com o objetivo de impedir o poder tirânico sobre as terras conquistadas. Essas terras eram divididas em imperiais, administrada pelo imperador que nomeava seus funcionários, e senatoriais, administradas por funcionários nomeados pelo senado. Para que um cidadão tivesse capacidade plena de direito, ele deveria ser admitido para formar a comunidade. Inicia-se uma demarcação política e territorial de algumas cidades denominada Stato. Na Idade Média houve a ruptura com a tradição greco-romana, ocasionado mudanças na economia, na política e na mentalidade. A política perdeu sua força devido ao crescimento do cristianismo, ocasionando na transferência de poderes aos papas. Estes fazem a união entre o poder político e o religioso, retornando o poder com base nos ideais imperialistas juntamente

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