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Diferença entre a escola norte americana e escola de Chicago

Por:   •  27/4/2015  •  Resenha  •  1.370 Palavras (6 Páginas)  •  485 Visualizações

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Universidade Federal de Goiás

Faculdade de Informação e Comunicação – FIC

Discente: Dayane Silva Borges

                           Docente: Ana Carolina Temer

Atividade: Diferenças e principais aspectos entre a Escola de Chicago e a Escola Norte Americana

Escola de Chicago

A primeira coisa a ser compreendida a respeito da Escola de Chicago é a de que se trata de uma escola reunida muito mais em torno de uma abordagem metodológica do que em volta de uma unidade teórica. A Escola de Chicago começa a se formar em torno do ano de 1900, quando John Dewey, considerado um dos pais do pragmatismo americano, torna-se chefe do departamento de filosofia da recém fundada Universidade de Chicago.

É a partir dos princípios do pragmatismo e do empirismo que surge a abordagem metodológica que vem a caracterizar a Escola de Chicago: pesquisas qualitativas e quantitativas que buscavam compreender as interações simbólicas dentro do contexto social.

Nesse cenário, talvez a herança teórica que possa ser destacada dentro da Escola seja a noção de 'interacionismo simbólico', que entende que a vida social só pode ser compreendida por meio da interação social entre individuos, ou seja, por meio da observação dos processos de comunicação.  

Herbert Blumer estabelece três premissas para o interacionismo simbólico:

* O modo como um indivíduo interpreta os fatos e age perante outros indivíduos ou coisas depende do significado que ele atribui a esses outros indivíduos e coisas.
* Este significado é resultado dos processos de interação social.
* Os significados dos objetos podem mudar com o passar do tempo.

Segundo Georg Herbert Mead, a comunicação é a maior possibilidade de interação social. Para ele, as pessoas constroem um conceito de si mesmas com base nos demais, desde o seu nascimento, através da interação. A linguagem permite que as ações sejam pouco a pouco substituídas por símbolos. Os homens não agem em função das coisas, mas do significado que as coisas tomam no processo da comunicação.

Para os autores ligados à Escola de Chicago, o indivíduo – ator social – é capaz de entender e descrever os fatos sociais que o cercam, de compreender o mundo. No entanto, esses indivíduos agem em função do significado dado às coisas (ou situações) nos processos de comunicação, mas não da coisa em si.

Segundo os princípios dessa escola, a vida social é o resultado da capacidade humana de se comunicar e, a partir dessa comunicação, ter condições de interpretar o contexto social. O significa social dos objetos é resultado do sentido que é dado a eles. Esse significado é sempre temporário e deve ser reelaborado durante cada novo processo de interação.

        A escola de Chicago chama a atenção também para a revolução tecnológica dos meios de comunicação, que os transformou no principal meio de difusão do conhecimento na sociedade.

Escola Norte Americana

A escola americana tem suas bases na teoria hipodérmica, que via a sociedade industrial do inicio do século XX como uma multidão de indivíduos isolados. Tinha por objetivo compreender como funcionam os processos comunicativos para otimizar seus resultados.

Outra importante constatação da escola norte americana, é a presença dos líderes de opinião dentro de grupos da sociedade; esses indivíduos receberiam a informação em primeira mão, e depois repassariam essa informação aos demais membros, dando a sua opinião e tentando convencer os demais a aderirem a sua ideia, ou a sua linha de raciocínio.

Quatro grandes nomes podem ser considerados “pais” ou fundadores das principais correntes de influência. Paul Lazarsfeld; Kurt Lewin; Harold Lasswell e Carl Hovland.

O percurso histórico da chamada Escola Americana foi dividido em três fases. A primeira, Mass Communication Research, é centrada em pesquisas comerciais, buscando a solução de problemas práticos para os produtores dos veículos de comunicação na analise de temas políticos e sociais da comunicação pública.  (TEMER, Ana Carolina, p.42)

A segunda fase corresponde à conciliação da Pesquisa em Comunicação nas universidades americanas e é marcada por uma preocupação mais ampla na comunicação dentro do processo social na qual está inserida. Essa vertente, marcada pela questão das funções sociais na comunicação, é genericamente conhecida como Corrente Funcionalista. (TEMER, Ana Carolina, p.42)

A terceira fase marcada pela influência das escolas de jornalismo e pelos primeiros doutores direcionados especificamente para essa área, preocupava-se com as consequências das práticas profissionais no conteúdo da informação e com a influência dos meios de comunicação em longo prazo. Esse vertente mais atual foi denominada por Wolf (1999) de Estudos dos Efeitos em Longo Prazo. (TEMER, Ana Carolina, p.42)

  • Mass Communication Research

Essa corrente tinha como objetivo entender os efeitos dos meios de comunicação na sociedade de massa; referia-se ao relacionamento entre indivíduos e a ordem social que os rodeava, e era centrada em pesquisas quantitativas, que buscam dar respostas subjetivas aos administradores dos novos meios de comunicação, repetindo os métodos experimentais de pesquisa aplicados nas ciências biológicas.

Teoria Hipodérmica – meios de comunicação (onipotentes) atingem indivíduos (passivos e indiferenciados) provocando determinados efeitos (diretos); A Teoria Hipodérmica analisa a mídia com embasamento no Behaviorismo, conjunto das teorias psicológicas que definem como principal objeto de estudo psicológico o comportamento.

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