Documentários e programas especiais

Documentários e programas especiais

Um documentário apresenta somente fatos, baseados em evidência documentada – registros escritos, fontes que podem ser citadas, entrevistas atuais e coisas do gênero. O Objetivo fundamental é informar, mostrar uma história ou situação sempre se baseando na reportagem honesta e equilibrada. O programa especial não precisa ser totalmente verdadeiro no sentido factual, podendo incluir canções folclóricas, poesia ou uma peça radiofônica de ficção com ilustrações sobre o tema. As distinções nem sempre são bem demarcadas.

Fundamentalmente, o que importa não é o assunto ou seu tratamento, mas que todos entendam o que se quer dizer com os termos usados. É essencial que o ouvinte saiba o objetivo do programa – basicamente, a diferença entre o que é e o que não é verdadeiro.

É comum que os temas para programas se apresentem como idéias que de repente se tornam óbvias. Com frequência tem a ver com questões contemporâneas, tais com as relações raciais, o desenvolvimento urbano, a poluição e o meio ambiente, a pesquisa médica.

A ordem talvez seja produzir um programa de 30 minutos ou uma hora. Se o tema for muito amplo para o tempo disponível, o produtor ou faz uma cobertura de todo o assunto, mas de forma superficial, ou reduz a abrangência do tema e focaliza determinado aspecto em maior profundidade.

Quando não há uma duração total especificada, apenas a intenção de cobrir determinado tema, a regra é limitar o material a um objetivo declarado, sem deixar que se torne difuso e se espalhe por outras áreas.

Depois de fazer as anotações básicas de planejamento, o produtor tem de fazer o programa no limite de seus recursos.

A principal decisão estrutural é utilizar ou não um narrador. Um narrador ajuda o programa a cobrir uma área extensa num tempo bem curto. Sua tarefa deve ser vincular e não interromper.

Boa parte do material será coletada na forma de entrevista em locação. Se for decidido que não haverá narrador, é importante assegurar que os entrevistados se apresentem. É preciso decidir se a voz fará parte das entrevistas.

Quando aparece um único entrevistador, ele torna-se o narrador, não sendo necessária nenhuma outra voz como link.

Quando se usa um narrador constante, as perguntas do entrevistador são eliminadas e as respostas dadas como declarações. O programa tem de ser coerente com sua própria estrutura.

A prática atual é fazer pouco uso da música em documentários, talvez com receio de que possa facilmente gerar um clima que deveria ser devidamente criado por vozes e situações da vida real. A música adequada pode ajudar na criação de uma perspectiva histórica correta.

Há poucas regras quando se trata de decidir a sequência do programa. O que importa é que o resultado final faça sentido.

Enquanto o documentário deve distinguir claramente entre fato e ficção e apresentar uma estrutura que separe o fato da opinião, o programa especial não tem as mesmas restrições formais. Os ingredientes podem ser a entrevista ou a enquete, a peça radiofônica ou o debate, e a soma total será o fato ou a fantasia. O especial não lida tanto com questões, mas com eventos,