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Inovação

Por:   •  14/2/2017  •  Resenha  •  1.928 Palavras (8 Páginas)  •  198 Visualizações

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A DIMENSÃO INSTITUCIONAL DO PROCESSO DE CRESCIMENTO

ECONÔMICO: INOVAÇÕES E MUDANÇAS INSTITUCIONAIS, ROTINAS E

TECNOLOGIA SOCIAL

  1. O CRESCIMENTO NOS INSTITUCIONALISTAS

Nos modelos teóricos propostos a partir do institucionalismo, o crescimento resulta da interação entre o marco institucional vigente e as escolhas dos indivíduos ou das firmas no seu processo de produção. Porém, elementos fortemente afetados pelas crenças, modelos mentais e processo de aprendizagem podem acontecer ao longo do tempo. Podemos perceber que o crescimento pode ser interpretado a partir da interação entre as ações dos indivíduos e que as instituições que são sustentadas por hábitos coletivos e crenças da sociedade.

Descobrir como opera a mente dos agentes, a formação de hábitos, o processo de aprendizagem e as crenças ainda são elementos que carecem de pesquisa na área institucionalista. Extrapolar o campo de estudo da economia em direção a outras ciências, tais como biologia, sociologia e psicologia, é o caminho para responder a essas questões, compreender a relação entre indivíduos e instituições e desvendar os mistérios no desenvolvimento das sociedades. Nesse ponto, o campo de estudo institucionalista, apesar de inacabado, tem feito significativos avanços.

  1. AS ABORDAGENS INSTITUCIONALISTAS E O PROCESSO DE CRESCIMENTO

Segundo Matthews (1986, p. 903) “...a economia das instituições tornou-se uma das áreas mais animadas de nossa disciplina. (...) [E a] corpo de pensamento evoluiu com base em duas proposições: (i) as instituições são importantes, (ii) os determinantes das instituições são suscetíveis a análise pelas ferramentas da teoria da econômica”. Portanto, há que se buscar interpretar que ferramentas são estas na compreensão do referido fenômeno.

As abordagens institucionalistas de crescimento econômico foram discutidas sob três visões:

1ª) Matthews: tem uma filiação teórica próxima à NEI, mas que procura identificar as fontes de crescimento econômico, como algo distinto de qualquer semelhança com o ótimo paretiano.

2ª) Zysman: tem inclinação evolucionária, que se preocupa em desenvolver uma teorização sobre como as instituições criam “trajetórias de crescimento historicamente enraizadas”. Saliente-se que essa abordagem dá ênfase aos aspectos microeconômicos na definição das referidas trajetórias (global e/ou nacional).

3ª) Douglass North: se ocupa fundamentalmente com a noção de mudança institucional.

E dessa discussão podemos perceber que o crescimento enquanto processo exige a construção de um ambiente adequado, articulado macro e micro economicamente, associado a uma noção de mudança institucional vinculado à abordagem evolucionária. Esses autores institucionalistas estão em linha de convergência com o campo de pesquisa evolucionário, que avança, conforme referido no estudo de Richard Nelson (2002), na construção de uma ponte entre a incorporação do conceito de instituição e a compreensão do processo de crescimento econômico.

2.1

2.2 ZYSMAN: INSTITUIÇÕES E TRAJETÓRIAS HISTÓRICAS DE CRESCIMENTO

Zysman aborda que as trajetórias de crescimento econômico são criadas historicamente, baseadas em trajetórias institucionais nacionais criadas ou já enraizadas na em sua história, onde existem várias formas de organização econômica com diversos tipos de mercados dependendo das trajetórias escolhidas regionalmente, associando diretamente o institucionalismo a teorias de desenvolvimento econômico, estabelecendo padrões de escolhas individuais, tipos de contrato, etc.

Este argumento permite a conclusão de que as estratégias nacionais históricas influem nos processos competitivos empresarial, como por exemplo a lógica do mercado dependendo do cenário nacional, o caráter da influência de acordos entre nações, possibilitando a expansão de parcerias e expansão empresarial e finalmente no caso de grandes potencias onde suas estratégias de economia internas influenciam o mercado externo.

        

2.3 NORTH E O PAPEL DA MUDANÇA INSTITUCIONAL

Para Douglass North (1990), o fundamental no campo do desenvolvimento econômico é buscar a formulação de uma ainda inexistente “teoria da dinâmica econômica”. E esta reside fundamentalmente na compreensão e sistematização do processo de mudança.

Para North, a mudança econômica de longo prazo é uma “consequência cumulativa” de inúmeras decisões de curto prazo tomadas por políticos e empresários, que, direta ou indiretamente (via efeitos externos), determinam a performance econômica. Entretanto, o grau, através do qual os resultados são consistentes com as intenções, refletirá o grau através do qual os modelos dos empresários são efetivamente “verdadeiros”. Em outros termos, as consequências de políticas específicas não são apenas incertas, mas imprevisíveis.

No respectivo capítulo, denominado The scaffolds humans erect, observa que a mudança institucional segue cinco proposições, que se centram na importância da competitividade, do conhecimento, da estrutura de incentivos e das formas de percepção dos agentes. As proposições de North são:

  1. A interação contínua entre as instituições e organizações da configuração econômica de escassez e, portanto, a concorrência é a chave para o institucional alterar.  
  2. Concorrência obriga as organizações a investir continuamente em habilidades e conhecimento para sobreviver. Os tipos de habilidades e indivíduos de conhecimento e suas organizações adquirem irão moldar evolução percepções sobre oportunidades e daí escolhas que irão gradualmente alteram instituições.
  3. A institucional estruturada fornece os incentivos que ditam os tipos de habilidades e conhecimentos

percebida para ter o máximo pay-off.

  1. As percepções são derivados das construções mentais dos jogadores.
  2. As economias de escopo, complementaridades e externalidades de rede de uma matriz institucional fazer a mudança institucional esmagadoramente incrementais e caminho dependente (North, 2005, p. 59).

  1. A CONTRIBUIÇÃO EVOLUCIONÁRIA DE NELSON

Nelson (2002) alega que os economistas que têm mais contribuindo para desenvolver a teoria de crescimento evolucionária, nos últimos 20 anos, são motivados pela percepção de que a teoria neoclássica de crescimento econômico. Porém considera que tal teoria é incapaz de caracterizar o processo de crescimento econômico ocasionado pela mudança tecnológica. O avanço tecnológico acontece através de um processo evolucionário tem se crescido de forma independente por estudiosos que atuam em diversas disciplinas.

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