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Trabalho Sobre Tipologia

Por:   •  14/9/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.299 Palavras (10 Páginas)  •  240 Visualizações

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A morfologia dos Caracteres

A morfologia dos caracteres examina os elementos dos tipos, para uma análise e descrição de suas forma total, grande partes dos autores fazem uso da terminologia anatômica, entre tanto, uma terminologia morfologia também é muito usada e adequada,

Baer apresenta a morfologia a (do grego morphe/forma – logos/estudo) dos caracteres, como a própria palavra diz, examina os elementos que formam os tipos para fazer análise e descreve sua forma total
os principais componentes dos caracteres são as hastes, e pode se afirmar que sem hastes não haveria caracteres, entre esses elementos foram encontrados uma grande diversidade de nomes: Espaço interno, traçado curvilíneo, traço inferior diagonal, terminais; e as hastes e barra, traços compositivos fundamentais para a estrutura dos tipos.

As linhas que formam essas hastes dos caracteres são apresentadas como:

Retas - encontradas nos caracteres I; L; E; F; H; T & i; 1.

Quebradas – encontradas nos caracteres A; V; W; N; M; L; Y; Z; X & z; x; y; w; k.

Curvas - encontradas nos caracteres O; Q; C; S & c; o; s & 0; 3; 9.

Mistas – encontrada nos caracteres G; D; U; J; P; B; R & j; e; a; g; m; n; u; r; h; d; b; p; q; f & 2; 6; 9; 5.

Podendo essas ates se apresentar:

Uniformes – Quando sua espessura permanece constantes.

Moduladas – Quando sua espessura varia de forma equilibrada e gradual.

Suas hastes horizontais se denominam Barras e as curvas se denominam flexões.

Temos a barriga dos caracteres quando os tipos possuem hastes curvas, como os caracteres p; b; d; a; etc., e temos ganchos que são termos utilizados quando os traços terminais dos caracteres se curvam, formando uma espécie de gancho como os caracteres r; t; f; j.

As serifas dos caracteres de imprensa são uma herança do passado, quando instrumento e técnica aplicadas aos caracteres minúsculos e lapidários geram alguns tipos de acabamento.    [pic 1]

Classificação dos caracteres de acordo com o estilo.

Cada caractere apresenta um conjunto de feição que o caracteriza, com gêneros individuais e coletivo próprios de cada período, que depende exclusivamente da variação da forma das hastes e serifas, Baer apresenta 6 estilos distintos de caracteres (2002, pag. 37) cada um com suas características e épocas.

Romano: Grande Grupo de origens de redescobertas e interpretações renascentistas das inscrições gravadas nos arcos dos triunfos  e nas lapides do Império Romano, tipos mais antigos são conhecidos por terem sidos criados com base nos traços das letras dos escrivães públicos e escritores judeus que escreviam com penas, por isto esses tipos tem uma pequena variação entre trações Grossos e finos, também são caracterizados por possuírem serifa triangular, que tendem  a guiar nossos olhos de uma letra parar a outra dando uma direção e um ritmo à leitura, o que facilita devido a proporcionar boa legibilidade, a classe está subdividida em três sub classes: Romano antigo, Romano da transição e Romano moderno, cada uma com características particulares, com  adição de 2 subclasses consideradas isoladas:

Principais:

Romano Antigo (Humanista ou Veneziana): São fontes baseadas nas inscrições das ruínas Romanas, foram-se desenvolvendo e espalhando ao longo de 200 anos até darem origem às de Transição. As Romanas antigas são fontes com as serifas arredondadas.

(Exemplo: “Garamond” - Glaude Garamond)

[pic 2]

Romana de Transição: Este estilo é uma refinação evoluída das Romanas antigas, e foram possíveis devido à possibilidade de fundir tipos. São letras serifadas sempre que existam hastes, tanto na versão de caixa-alta como em caixa-baixa. A sua principal característica é na junção da haste com a serifa fazer um angulo arredondado. A diferença de espessura entre hastes também é pouco acentuada.

(Exemplo: “Baskerville” - John Baskerville, Meado do século 18)

[pic 3]

Romano moderno: Aparecem a meados do século XVIII, criadas por Didot, refletindo as melhoras da imprensa. Sua característica principal é o acentuado e abrupto contraste de traços e remates retos, o que origina fontes elegantes e ao mesmo tempo frias. Seus caracteres são rígidos e harmoniosos, com remates finos e retos, sempre da mesma grossura, com a haste muito contrastada e com uma marcada e rígida modulação vertical. São imponentes a corpos grandes, porém acusam certa falta de legibilidade ao romper um pouco o caractere, ao se compor a corpos pequenos e em blocos pequenos de texto corrido. Exemplos destacáveis poderiam ser Firmin Didot, Bodoni, Fenice e Modern Nº 20.

(Exemplo: “Didot” - Firmin Didot)

[pic 4]

Isoladas:

Mecânicas: são um grupo isolado que não guarda nenhuma semelhança construtiva com o resto dos tipos romanos com remate, somente o fato de possuir assentamento em seus caracteres. Não têm muita modulação nem contraste. Entre suas fontes podemos destacar Lubalin e Stymie.

(Exemplo: “Lubalin” - Herb Lurbalin)

[pic 5]

Incisos: outro grupo isolado dentro das romanas, assim como as mecânicas, são letras na tradição romana mais antiga, ligeiramente contrastada e de traço afinado pontiagudo. Não se pode falar de remates, porém seus pés afunilados sugerem, tal como ocorre com as serif, uma linha imaginária de leitura. Seu olho grande e seus ascendentes e descendentes finos, fazem dele um tipo que, embora seja extremadamente difícil de digitalizar, é muito legível a qualquer corpo. À pequena escala, pode confundir e parecer de sans-serif ao perder a graça de seu traço. Como exemplos podemos citar as fontes Alinea e Baltra.

(Exemplo: Baltra – Dennis Pasternak)

[pic 6]

Egípcio: São fontes com serifas retangulares bastante evidentes, geralmente da mesma espessura que as hastes. Letras baseadas no estilo das inscrições egípcias (hieróglifos), que eram esculpidos em pedra, contem grossura uniforme e o traço já não sofre os extremos contrastes das romanas classicistas, grossura igual (ou quase igual) para todos os traços e elementos dos glifos o acentuamento das serifas é o elemento distintivo, mesmo quando as serifas não são retangulares, não é tão legível, sendo assim, é pouco recomendada para leitura corrente é elegante porem menos poética.

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