Trabalho sobre Yarima, a Yanomami

Ao longo do documentário sobre a índia Yarima, da tribo dos Yanomamis, vemos que o progresso é relativo a cultura. Na sociedade moderna progredir é tido como algo prioritário e essencial, vemos isso com a importância do avanço tecnológico e o impacto que a tecnologia cada vez mais elaborada tem sobre toda a sociedade moderna. Temos celulares e computadores com novas tecnologias a cada instante, e a cada dia passado mais tecnologias são acrescentadas para os aparelhos. Tudo isso é visto como progresso pelo modelo de sociedade atual. Enquanto isso, para os yanomamis o progresso não é visto como ponto principal para a sobrevivência de sua tribo, eles mantêm o ritmo de vida agradável à eles sem nenhuma ajuda tecnológica e com acessórios vistos por nós como “velhos e ultrapassados”.

Pensar sobre essa questão de valores diferentes nos traz a outro ponto em que o homem moderno não tem espaço na cultura deles, onde mesmo tendo acesso aos rituais da tribo e conhecendo um mundo novo dentro de uma cultura diferente, por ser tão dependente da tecnologia, o homem moderno acabaria por alterar a cultura da tribo dos yanomamis que não adere a nossa modernidade. O máximo que pode acontecer nesse caso é uma miscigenação cultural que acabaria por alterar o modo de viver de todos e traria conflitos entre diferentes ensinamentos. Já o contrário não tem o mesmo resultado. Após a índia Yarima se casar com o antropólogo americano e se mudar para New Jersey, apesar de ainda ter toda a cultura de seu povo guardada para com ela, ela consegue se adaptar com a cultura moderna; porém com a volta de Yarima para a Venezuela, a índia abandona os costumes adquiridos fora de seu habitat natural e regressa aos costumes padrões de seu povo.

O choque causado pela morte também é relatado no documentário, visto que toda a alegria e o encanto (encontrados dentro da segunda realidade) da índia por voltar para sua terra natal é quebrada pela notícia de que sua mãe teria falecido em algum momento durante o tempo que Yarima esteve fora. Dentro dessa volta para a primeira realidade é visto que, apesar de toda a felicidade de estar de volta à tribo (positivo), a morte de um ente causa um impacto ainda maior (negativo), e como a cultura é importante para o preenchimento da morte (vazio) quando ocorre o ritual para a cremação do corpo.

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