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A Anomalia e a emergência das descobertas científicas

Por:   •  20/4/2018  •  Resenha  •  719 Palavras (3 Páginas)  •  927 Visualizações

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Resumo do Capitulo 05: A anomalia e a emergência das descobertas científicas

Para Kuhn a ciência normal além de ser cumulativa ela consiste em resolver quebra-cabeças e no continuo alcance e precisão do conhecimento científico. Ela não tem interesse em novidades em fatos ou teoria, pois quando é bem-sucedida não os encontra. Conforme se ampliam pesquisas dentro do paradigma, as incongruências se tornarão cada vez mais frequentes e aparentes. A consciência ou reconhecimento de uma anomalia irá levar a uma multiplicação das pesquisas nessa área até que a teoria do paradigma seja alterada. Esse processo em si será exposto nos outros capítulos, aqui focamos apenas nos fatos que levam ao início do processo.

A descoberta de algo raramente se resume em um ponto, esta tende a ser um processo gradual, de forma que não podemos afirmar quando exatamente ou quem descobriu a exemplo temos o oxigênio, apenas temos indicação de um momento histórico em que dados pesquisadores contribuíram para a elucidação do mistério. Em segundo lugar precisamos observar quão impactante é uma novidade para a teoria vigente; no caso do oxigênio, Lavoisier já estava criticando a teoria vigente flogista e acabou por descobrir o mecanismo químico da combustão, na descoberta do raio X Roentgen apenas havia visto um brilho curioso em um objeto em seu laboratório ao fazer experimentos com raios catódicos. Nessa época já eram admitidas diversas formas de radiação e a comunidade científica procurava avidamente por novos elementos, porque não simplesmente incluir o fenômeno do brilho em algo já incorporado a um paradigma? Acontece que diversos laboratórios na Europa utilizavam aparelhos de raios catódicos, o que significava que estavam todos produzindo algo sem saber, algo que poderia estar alterando os dados de suas pesquisas ou até sua saúde; uma imensa quantidade de experimentos e trabalhos teria de ser refeitos, pois havia uma nova variável e ela precisaria ser estudada para reparar os danos nos resultados experimentais.

Kuhn utiliza um experimento psicológico para ilustrar como o processo de resistência à mudança de paradigma e surgimento da anomalia acontece, no qual uma série de cartas de baralho, após serem expostos durante períodos curtos e experimentalmente controlados. Muitas das cartas eram normais, mas algumas tinham sido modificadas, como, por exemplo, um seis de espadas vermelho e um quatro de copas preto. Cada sequência experimental consistia em mostrar uma única carta a uma única pessoa, numa série de apresentações cuja duração crescia gradualmente. A sequência terminava após duas identificações corretas sucessivas, mesmo nas exposições mais breves muitos indivíduos identificavam a maioria das cartas. No caso das cartas normais, essas identificações eram geralmente corretas, mas as cartas anômalas eram quase sempre identificada como normais, sem hesitação ou perplexidade aparentes. Sem qualquer consciência da anomalia, ele era imediatamente adaptado a uma das categorias conceituais preparadas pela experiência prévia [do indivíduo].Com uma exposição maior das cartas anômalas, os entrevistados começaram então a hesitar e a demonstrar consciência da anomalia e deu margem a hesitações e confusões ainda maiores, até que, finalmente, algumas vezes de modo repentino, a maioria dos entrevistados passou a fazer a identificação

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