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A Antígona Resumo

Por:   •  29/9/2019  •  Resenha  •  464 Palavras (2 Páginas)  •  247 Visualizações

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Resumo Antígona

Os irmãos de Antígona morrem após brigarem entre si. Creonte, rei de Tebas, proíbe que um deles seja sepultado, acusando-o de traição. Antígona não aceita esse decreto e desafia as ordens do rei, decidindo enterrar seu irmão independente da consequência que essa atitude causaria a sua vida.

O texto inicia-se com diálogo de Antígona e sua irmã Ismene, onde se faz presente o conceito de Alteridade que é a capacidade de se colocar no lugar do outro, tentando entender as diferenças e considerando-as para que o outro indivíduo seja respeitado. Essa atitude se dá porque Antígona se posiciona em favor do sepultamento do seu irmão, pois não fazendo isto estaria sendo desrespeituosa, indo contra sua cultura e suas crenças.

No decorrer do texto nota-se que o que move toda a discussão entre os personagens é choque entre duas posições, as leis humans e divinas, nos levando a refletir sobre conceitos gerais.

As leis divinas são princípios transmitidos pelos familiares, de geração em geração, que abrange a moral, bons costumes, justiça, criando raízes difíceis de serem quebradas. Representada por Antígona, que mesmo ciente do seu final infeliz não volta atrás de sua decisão, respeitando os mortos, não abandonando princípios religiosos.

As leis dos homens, na maioria das vezes, deriva-se de quem a pratica, ou seja, é facilmente corrompida, causando injustiça, não respeitando a fé individual. É representada por Creonte, que procura manter a ordem com base somente no seu poder, sem que permita ser questionado, não considerando o indivíduo, muito menos suas crenças.

Creonte, ao ignorar os princípios religiosos das partes envolvidas, agiu de forma injusta e tendenciosa, sua tirania e ganância predominou no seu julgamento, causando tamanha tragédia na sua família e desconfiança do povo.

Ao refletirmos, conseguimos entender que, de certa forma, pelo lado racional, Creonte agiu de corretamente ao penalizar quem traiu a cidade e honrar que lutou por ela até a morte, porém foi também insensato por não ouvir seu filho nem por abrir um espaço para que os cidadãos expusessem sua opinião ante o decreto, pois obedeciam apenas por medo da opressão de quem governava, mas na verdade ansiava o perdão do rei à Antígona.

E a posição de Antígona nos alerta para o conformismo que nos sujeitamos diariamente. Ela demonstra sua força para ter voz diante a tirania do governo, pois além de ser considerado irracional qualquer pessoa confrontar a autoridade naquelas circunstâncias, as mulheres não tinham direito de se pronunciarem diante às questões sociais, apenas os homens poderiam participar ativamente. E com essa atirude nos faz considerar que nem sempre obedecer é sinônimo de fazer o que é certo perante as morais impostas.

Por fim, deixa em aberto o questionamento  de até que ponto é aceitável que a influência da lei divina reflita na lei do Estado e vice versa.

 

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