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A Bibliografia David Hume

Por:   •  28/3/2022  •  Trabalho acadêmico  •  2.439 Palavras (10 Páginas)  •  146 Visualizações

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Biobibliografia de David Hume

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David Hume foi um filósofo nascido a 7 de maio de 1711, na Escócia, mais especificamente, em Edimburgo, e a sua Filosofia é hoje tida como a mais importante filosofia empírica. Cresceu num ambiente de nobreza, e numa época iluminista, demonstrando desde cedo interesse pela Filosofia. Inicialmente, e desde cedo, David Hume estudou Direito, na Universidade de Edimburgo entre 1724 e 1726, devido à influência familiar, pois o Direito não era a área mais apelativa para o mesmo. Logo, após um determinado período de tempo decide abandonar Direito, e seguir o que realmente «chamava» por ele, Filosofia. De seguida (1734-1737), move-se para França, mais especificamente em La Flèche, e compõe o «Tratado da Natureza Humana», que é mal recebida devido à quantidade de conteúdo ser considerada exagerada. A 1738 volta a Edimburgo, e republica, em 1740, o «Tratado xxxx» dividido e seccionado por temas e por 3 volumes. O primeiro volume possui como tema o Entendimento Humano, o segundo as Paixões (sentimentos do Homem), e o terceiro fala sobre a Moral, sendo que no final possuem os três a finalidade de fundar a ciência do homem em bases experimentais. Em 1748 e 1751, respetivamente, escreve a «Investigação sobre o Entendimento Humano», na qual a maioria dos princípios e raciocínios contidos neste livro foi publicada na obra «Tratado da Natureza Humana», e a «Investigação sobre os Princípios da Moral» nas quais o tema é «Como é que adquirimos Conhecimento?» e como devemos proceder de modo a perceber o Entendimento Humano, isto é, a busca dos fundamentos do comportamento moral das pessoas na vida em sociedade, respetivamente. De seguida, em 1752, decidiu que a vida como filósofo não lhe estava a ser benéfica após ser rejeitado como professor em diversas universidades, logo, decide se tornar diplomata e bibliotecário. Em 1751, Hume foi nomeado diretor da biblioteca da Faculdade de Direito de Edimburgo. Em 1756, Hume foi acusado de heresia e de ateísmo, sendo alvo de um processo mal sucedido de excomunhão. Considerado um herege, os livros de Hume foram condenados pela Igreja Católica, sendo incluídos no “Índice dos Livros Proibidos”.

Em 25 de agosto de 1776, ocorre a sua morte, e pouco depois em 1779 é publicado «Diálogos sobre a Religião Natural», que foi polémico devido a pôr em causa a existência de Deus.

Sendo empirista, Hume tinha como objetivo a rejeição de todos os conceitos e especulações pouco claros que o Homem tinha concebido até então.

Para entender melhor o trabalho de Hume temos de ter em consideração que o mesmo possuía diversos princípios. Hume defendia que não há nada na vida mais importante que o Conhecimento, e que devemos imenso a quem procura o mesmo, pois andar às escuras é tão grave quanto não pensar. Segundo o mesmo, também é importante perceber como funciona o Entendimento Humano para não adquirir informações falsas. E, por fim, o importante é saber pensar e argumentar pois, conseguir pensar e alcançar algum conhecimento é um ótimo sinal.

David Hume apoia-se maioritariamente na experiência quotidiana, logo segundo ele nenhuma Filosofia pode, alguma vez, ignorar as experiências do dia a dia, ou impingir-nos regras de comportamento diferentes daquelas que obtemos por meio da nossa reflexão sobre o quotidiano.

Hume queria regressar à sensibilidade humana original do mundo, ou seja, regressar ao modo como uma criança vê o mundo, antes de ideias e reflexões ocuparem espaço na mente.

Nos seus estudos, Hume chega à conclusão de que o Homem possui tanto impressões como ideias. Por impressão, David Hume entende ser uma sensação (uma experiência através dos nossos sentidos) imediata da realidade. E define que ideias são a recordação dessa sensação. Por exemplo, se me queimar num fogão quente, tenho uma impressão imediata. Mais tarde posso recordar que me queimei, ou seja, tenho uma ideia. A diferença entres as duas é que a impressão é mais impactante, forte viva do que a recordação posterior à impressão. Podemos comparar a ideia ou recordação a uma cópia mais pálida de algo, neste caso da impressão sensível, e a impressão sensível podemos associar ao «algo» original que deu origem à cópia (a ideia). Logo, relativamente ao problema da origem do conhecimento, a tese central de Hume era: A base de todo o conhecimento encontra-se nas nossas impressões, ou seja, os sentidos são a fonte principal das nossas crenças acerca do mundo.

David Hume defende a existência de ideias complexas. Sendo o conceito de ideia complexa o seguinte: Uma ideia complexa é constituída por duas ideias mais simples, provenientes de duas experiências diferentes, que não estão juntas na realidade, porém encontram-se ligadas na nossa fantasia. Ou seja, a ideia é falsa e deve ser rejeitada. Porém mais adiante, Hume sublinha que tanto uma impressão como uma ideia podem ser ou simples ou complexas.

Para Hume, a questão é que, por vezes, podemos juntar coisas sem que exista um objeto composto correspondente na realidade. Assim, surgem ideias falsas de coisas que não existem na natureza. Por exemplo: Na época de Hume, estava muito difundida a ideia de que existem anjos. Por anjo, entendemos uma figura humana com asas. O Homem nunca viu anjos, porém, já observou tanto uma figura humana, como asas, apenas nunca os viu juntos. Nestes exemplos podemos perceber que a nossa mente apenas uniu duas impressões, retirou as asas de uma impressão e a figura humana de outra. Sendo que estes elementos resultam de perceção, são consideradas impressões verdadeiras. Ou seja, a mente “agarrou na tesoura e na cola” e construiu ideias falsas. Hume quer verificar as bases de cada ideia e descobrir se ela é composta de um modo que não encontramos na realidade. Questiona em que impressões tem origem cada ideia. Em primeiro lugar, ele tem que determinar de que ideais simples é composto um conceito. Deste modo, obtém um método crítico para analisar as ideias humanas, e é assim que quer organizar os nossos pensamentos.

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