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A Doxa e Episteme

Por:   •  20/5/2016  •  Artigo  •  366 Palavras (2 Páginas)  •  9.365 Visualizações

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Diferença entre Doxa e Episteme

Doxa é uma palavra grega que geralmente é utilizada para expressar “opinião”, “senso comum”, “empirismo” ou então “verdades populares”. É o lugar do sensível, do engano, da “mera opinião”, capaz de avaliar as coisas, numa analogia à caverna de Platão, apenas como elas se apresentam aos nossos sentidos. Já a episteme pode ser encarada como “ciência”, “conhecimento”. Epistemologia é o lugar do genuíno conhecimento racional, do pensamento puro e verdadeiro, desprovido de tempo e espaço, onde nada muda porque tudo sempre foi o que é, assim como sempre será.

Aprofundando, Doxa pode ser vista como a caverna de Platão, ou seja, onde nos encontraríamos voltados para dentro da mesma vendo refletido em suas paredes sombras daquilo que estaria acontecendo fora dela. Doxa, na visão Platônica, que diverge a alma do corpo, assemelhar-se-ia muito ao corpo, ao humano, ao sensível, à aquilo que se dissolve, ao que jamais pode permanecer idêntico a si próprio. Assim, Doxa estaria muito ligada às verdades populares, por definição e não especializadas; também à opinião, que está num constate processo de mudança do seu ser, que em ultima instância, poderá a não mais ser.

Ao contrário, a episteme na visão de Platão, estaria relacionada à alma, ou seja, ao indissolúvel, ao suprassensível e ao que permanece sempre idêntico a si mesmo. Ela parte do pressuposto de combater o “achismo” e ir além das primeiras impressões da sensibilidade, tenta ver além das aparências e das mudanças, o que não muda, portanto, o que é. Também, pode ser definida como ciência ou especialização, que implica numa visão em profundidade do objeto em análise, entretanto, necessariamente reducionista em extensão, isto é, a tendência da especialização é conhecer cada vez mais de cada vez menos.

Por fim, no aqui e no agora, não poderia haver conhecimento verdadeiro – apenas alhures, quando nos libertarmos da doxa, do conhecimento sensível, para alcançarmos o conhecimento suprassensível, a episteme. No entanto, analogamente, o lado de fora da caverna é uma abstração conveniente, feita para se tentar pensar além das aparências sensíveis, mas de fato não podemos saber se existe ou como existe, a não ser na morte, quando tivermos nos libertados do corpo para pensarmos somente com a alma.

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